21 dezembro 2007
20 dezembro 2007
Chocolates
Desde que passo o Natal (depois ou durante) com a minha sogra que detesto oferecer (e receber) bombons no Natal. Isto porque a generosa senhora partilha todos os chocolates que recebe com quem está por perto. Ora, para mim, isto perverte toda a intenção do presente. Quer dizer, do meu ponto de vista. Porque entretanto dá para perceber que há quem dê bombons já com ela fisgada, ou seja, oferecem algo que querem comer. Está mal. Claro que eu, que gosto de ser a má da fita, não partilho os meus bombons com ninguém. Eventualmente poderei dar alguns ao meu mais que tudo - desde que não tenha sido ele a oferecer, mas ele não se metia numa dessas - mas pára aí. Prendas são prendas, e não se devolvem que é feio. Portanto, quem tiver a bela ideia de me oferecer chocolates ou bombons com a intenção de depois comer alguns à minha pala, está lixado. Aliás, eu faço questão que em ocasiões dessas, os presentes fiquem todos com a certeza de que eu não vou partilhar. Nem sequer é por ser egoísta. Eu gosto de partilhar, mas o gesto tem que partir de mim. As segundas intenções irritam-me.
Os bombons são uma prenda fácil. Um gajo vai ao supermercado, escolhe os que tiverem melhor aspecto, e já está. Se tem muitas prendas para despachar, compra uma data de caixas. É mais rápido do que ir a um centro comercial ou à baixa e escolher uma prenda individualizada para cada pessoa. É menos arriscado do que comprar um CD de música para cada um dos familiares. Assumimos que toda a gente gosta de chocolate, mesmo que estejam a fazer dieta. Mesmo que no fim da época festiva haja quem tenha tantas caixas de bombons em casa que passado meio ano deita a maior parte ao lixo, por ter passado a validade. Ah e tal, podíamos ser pessoas generosas, dar a quem não tem. Onde é que está o banco alimentar contra a fome a seguir ao Natal? (principalmente se não se vive em portugal) Onde é que estão as campanhas de ajuda ao próximo? Ora aqui está uma boa ideia, depois da festa feita, podia haver campanhas de recolha de excessos. Que o que sobra do Natal não são bem "sobras", mas sim excessos cometidos por quem nos quer bem (ou nem tanto).
Mas isto sou eu, a bruxa má do oeste. Deve haver imensas pessoas que adoram receber (e comer) os tais bombons. Até eu abro uma excepção, para uns bombons absolutamente deliciosos (de comer e pedir mais) de uma lojinha aqui em Munique, que um amigo uma vez me ofereceu nos anos. E que não se encontram no supermercado (é pena).
O meu problema é que ainda preciso de (só) uma prenda. E estou condenada a ficar em casa, à espera de homens que trazem coisas e nunca dizem a que hora certa vêm. Sinto-me tentada a comprar a tal caixa de chocolates ali do supermercado em baixo. Mas é para a minha mãe. E ela abomina chocolates ainda mais que eu.
Os bombons são uma prenda fácil. Um gajo vai ao supermercado, escolhe os que tiverem melhor aspecto, e já está. Se tem muitas prendas para despachar, compra uma data de caixas. É mais rápido do que ir a um centro comercial ou à baixa e escolher uma prenda individualizada para cada pessoa. É menos arriscado do que comprar um CD de música para cada um dos familiares. Assumimos que toda a gente gosta de chocolate, mesmo que estejam a fazer dieta. Mesmo que no fim da época festiva haja quem tenha tantas caixas de bombons em casa que passado meio ano deita a maior parte ao lixo, por ter passado a validade. Ah e tal, podíamos ser pessoas generosas, dar a quem não tem. Onde é que está o banco alimentar contra a fome a seguir ao Natal? (principalmente se não se vive em portugal) Onde é que estão as campanhas de ajuda ao próximo? Ora aqui está uma boa ideia, depois da festa feita, podia haver campanhas de recolha de excessos. Que o que sobra do Natal não são bem "sobras", mas sim excessos cometidos por quem nos quer bem (ou nem tanto).
Mas isto sou eu, a bruxa má do oeste. Deve haver imensas pessoas que adoram receber (e comer) os tais bombons. Até eu abro uma excepção, para uns bombons absolutamente deliciosos (de comer e pedir mais) de uma lojinha aqui em Munique, que um amigo uma vez me ofereceu nos anos. E que não se encontram no supermercado (é pena).
O meu problema é que ainda preciso de (só) uma prenda. E estou condenada a ficar em casa, à espera de homens que trazem coisas e nunca dizem a que hora certa vêm. Sinto-me tentada a comprar a tal caixa de chocolates ali do supermercado em baixo. Mas é para a minha mãe. E ela abomina chocolates ainda mais que eu.
18 dezembro 2007
Nem a miséria
Da maneira que está o país, nem para os imigrantes ilegais africanos serve. Não fosse o mau tempo, e teriam ido parar a Espanha, esse paraíso. Os marroquinos ficaram tão assarapantados com o destino que lhes calhou, que alguns tentaram fugir a nado. Antes Marrocos que Portugal. Afinal 1500 a 3000 euros (que é o que estes imigrantes pagam para conseguir lugar na embarcação) são 3,5 a 7 salários mínimos portugueses. Não vale a pena. (notícia aqui)
Oportunidade perdida
Durante 15 dias, mais coisa menos coisa, passei ao lado de um mercedes preto. Durante esses 15 dias, o carro estava estacionado numa rua onde eu passava todos os dias. Todo esse tempo pensei tenho que lhe tirar uma foto. Mas não tirei. O que é que o mercedes tinha de especial? Umas letras brancas, do lado do condutor, que diziam "mafia getaway car".
17 dezembro 2007
Ainda estou aqui
Mas a minha cabeça já foi de férias para o sítio do costume - já estou naquela fase em que para além de pensar nas prendas que ainda falta organizar (o puto dá tanto trabalho) só tenho em mente o bacalhau, as ameijoas, as rabanadas, as natas, os eclaires, as lojas abertas depois das 8 da noite, o leite creme, o telemóvel a tocar. Parece que por lá faz frio. Aqui também (o termómetro indica -3,4°C de momento), mas não o sinto. Na minha casa o clima é sempre tropical. Mesmo que seja Natal.
Mais uns dias, e vou então para o outro quentinho. Onde (também) me fazem as vontades todas (ah, as vantagens de se ser adulta e não se morar com os pais) e consigo andar a um ritmo diferente, o meu ritmo de lá. Na calma da casa dos meus pais, e no corropio de tentar ver os amigos que conseguir encaixar no espaço-tempo de que disponho. Está quase quase, e mal posso esperar.
Mais uns dias, e vou então para o outro quentinho. Onde (também) me fazem as vontades todas (ah, as vantagens de se ser adulta e não se morar com os pais) e consigo andar a um ritmo diferente, o meu ritmo de lá. Na calma da casa dos meus pais, e no corropio de tentar ver os amigos que conseguir encaixar no espaço-tempo de que disponho. Está quase quase, e mal posso esperar.
14 dezembro 2007
A qualidade...
...paga-se, dizem eles. É (supostamente) por isso que os produtos de qualidade são mais caros. Custa mais a produzir aquilo que é de qualidade. E nós, pategos, acreditamos que aquelas sapatilhas da n**e feitas na China ou no Vietname são melhores que as outras (mais baratas, feitas no Vietname ou na China) só porque são mais caras. Para nós, consumidores, que quem as fez recebeu meio tostão furado e trabalhou de sol a sol de segunda a domingo. Tal como acreditamos que os sapatos portugueses são dos melhores do mundo (e são), tanto que até são exportados para todo o lado. Pois é.
Parece que a indústria do calçado em Portugal vai de vento em popa. Que a balança importações-exportações nos é favorável, ao contrário, por exemplo, dos outros países da europa. E no entanto, apesar do desemprego galopante, a indústria do calçado revela problemas sérios em contratar gente. Precisam de mais pessoas, pessoas qualificadas, e não as conseguem encontrar. Queixam-se que os candidatos se recusam a trabalhar depois das 6 e meia. Que não sabem o que é que as pessoas querem da vida, para se recusarem a trabalhar (recusarem-se a ser exploradas, diria eu). Pois é, aparentemente o fenómeno é inexplicável. Tal como o fenómeno dos casais empregados que pedem ajuda ao banco alimentar contra a fome, por não conseguirem fazer face às despesas, apesar dos dois empregos. Pergunto eu, aos senhores da indústria do calçado, quanto é que estão a pagar aos tais empregados que querem que fiquem depois das seis e meia? 400 euros? 500? E andam à procura de pessoal qualificado? A pagar salários de miséria deve ser difícil... Mesmo que a procura seja superior à oferta - e pelos vistos nem é esse o caso.
Parece que a indústria do calçado em Portugal vai de vento em popa. Que a balança importações-exportações nos é favorável, ao contrário, por exemplo, dos outros países da europa. E no entanto, apesar do desemprego galopante, a indústria do calçado revela problemas sérios em contratar gente. Precisam de mais pessoas, pessoas qualificadas, e não as conseguem encontrar. Queixam-se que os candidatos se recusam a trabalhar depois das 6 e meia. Que não sabem o que é que as pessoas querem da vida, para se recusarem a trabalhar (recusarem-se a ser exploradas, diria eu). Pois é, aparentemente o fenómeno é inexplicável. Tal como o fenómeno dos casais empregados que pedem ajuda ao banco alimentar contra a fome, por não conseguirem fazer face às despesas, apesar dos dois empregos. Pergunto eu, aos senhores da indústria do calçado, quanto é que estão a pagar aos tais empregados que querem que fiquem depois das seis e meia? 400 euros? 500? E andam à procura de pessoal qualificado? A pagar salários de miséria deve ser difícil... Mesmo que a procura seja superior à oferta - e pelos vistos nem é esse o caso.
Publicidade para quê
Entrei em três lojas H&M à procura de uma peça que tenho visto em cartazes por todas as ruas onde passo. Dava uma prenda gira, e não era cara. Ora eu raramente vou à H&M. Quer dizer, antes de engravidar rarissimamente ia à H&M porque não gosto de 95% das coisas que vendem, mas ia à H&M kids pois para miúdos até têm coisas giras. E nos últimos meses fui lá algumas vezes porque é das poucas lojas que têm secção de grávida (tive uns jeans de lá fabulosos, que infelizmente já não me servem - e o número a seguir fica-me a nadar portanto não o comprei). E também têm coisas giras de bebé - mas isso deve ser porque a maior parte das coisas de bebé são giras, seja onde for.
Entrei em 3 lojas, e nada de encontrar a tal peça. Desisti logo. Deve haver umas 50 lojas da H&M só em Munique, mas não tenho pachorra para andar à procura. Era um bom negócio, e eu adoro um bom negócio, mas não vale este tipo de esforço principalmente agora que me canso rapidamente de andar de um lado para o outro. E depois lembrei-me que estes gajos também vendem na net. E fui ver o site. Lá estava a tal peça. E o único tamanho disponível era o XL. Infelizmente (?) o XL não serve a ninguém da minha lista de presentes. O XL, em número mais "normais" é um 48-50. Sendo que a tal peça era uma camisa de dormir curtíssima (e sem bonecos) desconfio que ninguém que vista 48-50 a use. E uma vez que era uma camisa de dormir, e como tal o perigo de encontrar alguém a usar a mesma roupa em público muito reduzido, porque é que não fizeram o dobro ou o triplo das camisas nos tamanhos da maioria das gajas? Por muita obesidade que possa haver por aí, parece-me que o facto de os números grandes ficarem sempre nas prateleiras muito depois de todos os pequenos terem esgotado devia ser uma indicação clara que estão a fazer números grandes a mais e números pequenos a menos. Ou não?
Entrei em 3 lojas, e nada de encontrar a tal peça. Desisti logo. Deve haver umas 50 lojas da H&M só em Munique, mas não tenho pachorra para andar à procura. Era um bom negócio, e eu adoro um bom negócio, mas não vale este tipo de esforço principalmente agora que me canso rapidamente de andar de um lado para o outro. E depois lembrei-me que estes gajos também vendem na net. E fui ver o site. Lá estava a tal peça. E o único tamanho disponível era o XL. Infelizmente (?) o XL não serve a ninguém da minha lista de presentes. O XL, em número mais "normais" é um 48-50. Sendo que a tal peça era uma camisa de dormir curtíssima (e sem bonecos) desconfio que ninguém que vista 48-50 a use. E uma vez que era uma camisa de dormir, e como tal o perigo de encontrar alguém a usar a mesma roupa em público muito reduzido, porque é que não fizeram o dobro ou o triplo das camisas nos tamanhos da maioria das gajas? Por muita obesidade que possa haver por aí, parece-me que o facto de os números grandes ficarem sempre nas prateleiras muito depois de todos os pequenos terem esgotado devia ser uma indicação clara que estão a fazer números grandes a mais e números pequenos a menos. Ou não?
13 dezembro 2007
O que faz falta
Detesto ouvir o alarme quando não tenho que me levantar. Ao fim de semana, por exemplo. O que eu preciso é de algo que seja uma mistura entre um rádio-alarme (o tal que toca todos os dias) e um telemóvel (que só toca quando o manda, embora a selecção seja limitada). Tem que haver uma coisa dessas em qualquer lado. Mas onde?
(Aqui está um. Feiinho e caro (40 dólares em 2005), e não resolve o problema onde é que se compra isto. Há-de haver alguma coisa mais bem parecida nalgum lado. E de preferência - já agora - que toque mais alguma coisa para além de rádio.)
(Aqui está um. Feiinho e caro (40 dólares em 2005), e não resolve o problema onde é que se compra isto. Há-de haver alguma coisa mais bem parecida nalgum lado. E de preferência - já agora - que toque mais alguma coisa para além de rádio.)
12 dezembro 2007
Gestão
Com o bloglines a aproximar-se perigosamente dos 100 feeds (mas como é que eu tenho tempo para ler isso tudo? não tenho, mas às vezes arranjo), impôs-se uma limpeza. Retirei pelo menos uns 13 blogues da lista. No entanto, isso não significa nada. Os que tirei já não eram actualizados há imenso tempo. Entretanto já voltei a acrescentar novos. Viciada incorrigível, é o que sou. E 99 é um bom número (hei-de lá chegar outra vez).
11 dezembro 2007
Pesadelos
Esta noite, um pesadelo novo, completamente inédito, em estreia para mim (e espero que não se repita). Depois destes anos todos com o meu mais que tudo, ele decidiu que ia passar a ir à missa, e à força, ou quase, que queria que eu fosse com ele. E eu, olha que esta, agora que pensava que te conhecia, agora que vamos ter um floquinho para tomar conta, depois deste tempo todo e de todas as conversas e discussões que tivemos, agora que eu pensava que já não me podias supreender (pela negativa), agora é que te sais com essa? Era só o que me faltava, eu não quero ir à missa e não vou. Felizmente acordei. Nem em sonhos volto a entrar em igrejas.
08 dezembro 2007
Conversas privadas (em público)
Não é que eu seja uma cusca. Um bocadinho, vá lá. Mas num transporte público, qualquer conversa que se tenha em tom audível será necessariamente ouvida pelas pessoas que estejam nas imediações, a não ser que tenham alguma coisa enfiada nos ouvidos.
Nos últimos meses até nem tenho andado muito de transportes públicos. Tanto que começo a pensar que, se continuo assim, não vale a pena renovar o meu bilhete anual (pague 9 meses e meio, ande 12), pessoal e intransmissível, que me permite andar pela cidade inteira durante todo o dia e toda a noite, enquanto houver comboios, metro, autocarro, ou eléctrico. E com o meu nome impresso, para que, caso me esqueça do bilhete em casa e seja fiscalizada (nem me lembro quando foi a última vez, talvez tenha sido há um ano ou mais) pague apenas 5 euros de multa em vez dos normais 40. Uma maravilha, patrocinada pelo pagamento adiantado - eles ficam com os juros, eu posso andar sem grandes sobressaltos mesmo que apareça um batalhão de casaco comprido (e feio) azul, pronto para apanhar os penetras. Apanham sempre alguém.
Dizia eu que nos transportes públicos se ouvem as conversas dos companheiros de viagem, mesmo que não se queira. Da mesma maneira que se sentem os cheiros da comida que o pessoal come - tomara que não me chegassem ao nariz, principalmente quando é cheiro a McDonalds à hora do pequeno almoço. Ou couves cozidas (como é que será que se consegue arranjar cheiro forte a couves cozidas?) às 5 e meia da tarde. Pois há uns dias, vinham uns adolescentes no mesmo metro que eu, literalmente a um metro (se tanto) de mim, na galhofa, armados em bons. Sim, eles são os maiores, todos sabemos. O que não sabem é que é pela boca que morre o peixe, e que por solidariedade com todos os miúdos da idade deles, deviam manter a dita fechada. Ou pelo menos falar mais baixo. É que assim não se denunciavam mutuamente.
Vinham os miúdos a explicar como são muito mais inteligentes que os seus próprios pais. Como, em vez de dormir, tinham por hábito esconder o gameboy debaixo dos cobertores quando os pais apareciam para ver se eles estavam a descansar. E eu a pensar cá para comigo, não acredito que os pais destes miúdos não se apercebam. Podem escolher não ver o que se passa, mas serem tão facilmente enganados? Nunca esconderam um livro dos seus próprios pais? Nunca puseram uma toalha a tapar a frincha por baixo da porta enquanto se dedicavam a actividades nocturnas (ler, por exemplo)? Mas, acima de tudo, não estranham os miúdos não estarem 100% acordados (ou 80%, no caso dos mais dorminhocos) de manhã? Eles lá sabem. O meu miúdo é que não achou graça nenhuma quando o apanhei a esconder o jogo na hora em que devia estar a ler. E para o convencer que anda por aí uma conspiração contra ele, contei-lhe da história do metro. Se ele apanha os outros miúdos, estão feitos.
Nos últimos meses até nem tenho andado muito de transportes públicos. Tanto que começo a pensar que, se continuo assim, não vale a pena renovar o meu bilhete anual (pague 9 meses e meio, ande 12), pessoal e intransmissível, que me permite andar pela cidade inteira durante todo o dia e toda a noite, enquanto houver comboios, metro, autocarro, ou eléctrico. E com o meu nome impresso, para que, caso me esqueça do bilhete em casa e seja fiscalizada (nem me lembro quando foi a última vez, talvez tenha sido há um ano ou mais) pague apenas 5 euros de multa em vez dos normais 40. Uma maravilha, patrocinada pelo pagamento adiantado - eles ficam com os juros, eu posso andar sem grandes sobressaltos mesmo que apareça um batalhão de casaco comprido (e feio) azul, pronto para apanhar os penetras. Apanham sempre alguém.
Dizia eu que nos transportes públicos se ouvem as conversas dos companheiros de viagem, mesmo que não se queira. Da mesma maneira que se sentem os cheiros da comida que o pessoal come - tomara que não me chegassem ao nariz, principalmente quando é cheiro a McDonalds à hora do pequeno almoço. Ou couves cozidas (como é que será que se consegue arranjar cheiro forte a couves cozidas?) às 5 e meia da tarde. Pois há uns dias, vinham uns adolescentes no mesmo metro que eu, literalmente a um metro (se tanto) de mim, na galhofa, armados em bons. Sim, eles são os maiores, todos sabemos. O que não sabem é que é pela boca que morre o peixe, e que por solidariedade com todos os miúdos da idade deles, deviam manter a dita fechada. Ou pelo menos falar mais baixo. É que assim não se denunciavam mutuamente.
Vinham os miúdos a explicar como são muito mais inteligentes que os seus próprios pais. Como, em vez de dormir, tinham por hábito esconder o gameboy debaixo dos cobertores quando os pais apareciam para ver se eles estavam a descansar. E eu a pensar cá para comigo, não acredito que os pais destes miúdos não se apercebam. Podem escolher não ver o que se passa, mas serem tão facilmente enganados? Nunca esconderam um livro dos seus próprios pais? Nunca puseram uma toalha a tapar a frincha por baixo da porta enquanto se dedicavam a actividades nocturnas (ler, por exemplo)? Mas, acima de tudo, não estranham os miúdos não estarem 100% acordados (ou 80%, no caso dos mais dorminhocos) de manhã? Eles lá sabem. O meu miúdo é que não achou graça nenhuma quando o apanhei a esconder o jogo na hora em que devia estar a ler. E para o convencer que anda por aí uma conspiração contra ele, contei-lhe da história do metro. Se ele apanha os outros miúdos, estão feitos.
06 dezembro 2007
Sacos, saquinhos e sacões
Uma coisa é pagar o saco, outra coisa, muito diferente, é pagar uma taxa=imposto sobre o tal saco. Numa terra onde já se pagam milhentos impostos por tudo e por nada.
Cá pagam-se os sacos na maioria dos supermercados. Nalguns, há sacos pequenitos que são de borla. Quando se vai ao hiper (ou à coisa mais parecida com um hiper que houver) trazem-se as compras numas caixas de plástico grandes, que podem ser dobradas para não ocupar tanto espaço. E eu - talvez por ser portuguesa - uso os sacos que me dão para o lixo. O mais estranho nisto tudo é que, apesar de comprar poucos sacos (que custam 15 a 25 cêntimos), talvez uns 2 por semana, no máximo, tenho uma colecção enorme em casa. Um sacão cheio de sacos mais pequenos. E a única boa ideia que tive depois desta história toda foi, da próxima vez que mandar as embalagens para reciclar, mandar os sacos juntos. É que mesmo poupando sacos, a verdade é que há sacos a mais na minha casa.
Cá pagam-se os sacos na maioria dos supermercados. Nalguns, há sacos pequenitos que são de borla. Quando se vai ao hiper (ou à coisa mais parecida com um hiper que houver) trazem-se as compras numas caixas de plástico grandes, que podem ser dobradas para não ocupar tanto espaço. E eu - talvez por ser portuguesa - uso os sacos que me dão para o lixo. O mais estranho nisto tudo é que, apesar de comprar poucos sacos (que custam 15 a 25 cêntimos), talvez uns 2 por semana, no máximo, tenho uma colecção enorme em casa. Um sacão cheio de sacos mais pequenos. E a única boa ideia que tive depois desta história toda foi, da próxima vez que mandar as embalagens para reciclar, mandar os sacos juntos. É que mesmo poupando sacos, a verdade é que há sacos a mais na minha casa.
05 dezembro 2007
ASAE
Não querem mandar a ASAE para aqui? É que me mete nojo ver o pessoal a pegar no pão com as mãos nas padarias... blhéc... com as mesmas mãos sujas com que recebem o dinheiro e dão o troco. Para país civilizado (pois...) sairam-me uns grandes recos.
Que delícia
Eu sou muito bem mandada (não perguntem à minha mãe!). Vi aqui (há umas horas apenas), imprimi logo, e fiz logo uns deliciosos muffins... Bem, a autora chamou-lhe bolinhos de chocolate, o meu miúdo chamou-lhes muffins, o meu mais que tudo, chamou-lhes um figo... e eu não lhes chamei nada que não deu tempo, comi logo uma data deles (dos mais pequeninos).
#74
Ainda haverá quem consiga olhar para o Ângelo Correia e não desatar a rir por causa da cena da dentadura que saiu disparada? Eu ontem olhava para a televisão e só pensava, de onde é que eu conheço este senhor... E se não fosse a história da dentadura não só não lhe teria reconhecido a cara, como não me lembraria do nome dele. Lá dizia o outro, there's no such thing as bad publicity...
#73
Já tive um filho. Escrevi um blogue - quer dizer três - e um livro de anedotas para o miúdo (edição limitada a dois exemplares, novas edições ainda possíveis, eventualmente revistas e aumentadas). Plantei couves aos 7 anos - roubei as sementes ao meu pai e pu-las num vaso na varanda. Mais tarde o meu pai mudou-as para o quintal, mas nunca disse uma palavra sobre o assunto. Se contarmos que as couves cresceram mais de um metro, podem contar como árvores. Ainda assim, não sinto que já possa morrer descansada. Não antes dos putos terem 18 anos. E depois logo se vê.
28 novembro 2007
Ai ai ai...
...quem escorrega também cai.
Não, não caí. Ultimamente. Se bem que há umas semanas tive a brilhante ideia de usar saltos e quase que caía das escadas abaixo. Mentira, caí mesmo. Mas de cu, não estraguei nada nem fui para o hospital a seguir. Fiquei só com uma dor no rabo e no orgulho, e andei com muito cuidadinho o resto do dia. Lembrei-me de uma amiga minha, que uma vez caiu na rua - escorregou e caiu para a frente e ficou estatelada no chão - e que quando ela me contou a história, dorida do corpo e de vergonha, fartei-me de rir. Grande amiga que eu sou. Não era capaz de parar, achei a história tão cómica, porque não estava lá, e como tal só podia imaginar o que tinha acontecido. Na minha imaginação tudo é divertidíssimo.
Isto tudo para dizer que está frio. No caminho para o carro (ando muito preguiçosa) tenho tendência a escorregar em qualquer bocadinho de gelo que haja. O vidro do carro congela durante a noite, e de manhã é preciso raspar o gelo. E se isso nunca foi tarefa fácil, agora é ainda mais difícil. A barriguinha não me deixa chegar ao meio do vidro. Preciso de um carro novo. Ou de um vidro que se limpe automaticamente. Ou que alguém me instale um aquecimento automático (que não instalei logo que comprei o carro porque era caríssima - e agora não deve ser mais barato). Ou de um voluntário que limpe o vidro. Soluções não me faltam. A implementação é que está difícil.
Não, não caí. Ultimamente. Se bem que há umas semanas tive a brilhante ideia de usar saltos e quase que caía das escadas abaixo. Mentira, caí mesmo. Mas de cu, não estraguei nada nem fui para o hospital a seguir. Fiquei só com uma dor no rabo e no orgulho, e andei com muito cuidadinho o resto do dia. Lembrei-me de uma amiga minha, que uma vez caiu na rua - escorregou e caiu para a frente e ficou estatelada no chão - e que quando ela me contou a história, dorida do corpo e de vergonha, fartei-me de rir. Grande amiga que eu sou. Não era capaz de parar, achei a história tão cómica, porque não estava lá, e como tal só podia imaginar o que tinha acontecido. Na minha imaginação tudo é divertidíssimo.
Isto tudo para dizer que está frio. No caminho para o carro (ando muito preguiçosa) tenho tendência a escorregar em qualquer bocadinho de gelo que haja. O vidro do carro congela durante a noite, e de manhã é preciso raspar o gelo. E se isso nunca foi tarefa fácil, agora é ainda mais difícil. A barriguinha não me deixa chegar ao meio do vidro. Preciso de um carro novo. Ou de um vidro que se limpe automaticamente. Ou que alguém me instale um aquecimento automático (que não instalei logo que comprei o carro porque era caríssima - e agora não deve ser mais barato). Ou de um voluntário que limpe o vidro. Soluções não me faltam. A implementação é que está difícil.
24 novembro 2007
23 novembro 2007
Coisas boas, mas mesmo boas
Depois de ter visto um amigo a brincar com a sua wii, quer dizer, a utilizar a wii para ir à net, fiquei a pensar se aquilo seria uma boa ideia para mim. (Eu já tinha uma wii, só não estava era ligada à net.) Esqueci o assunto por umas semanas, até que fui forçada a ficar em casa durante tempo indeterminado, e rapidamente cheguei à conclusão que a televisão não me consegue entreter durante o dia todo (demasiadas repetições, além de que não gosto de tudo o que dá, o que suponho que seja normal mesmo para uma viciada em televisão como eu), mas também não posso ficar muito tempo ao computador (o meu outro vício). Podia ler uns livros (se bem que para isso teria de ir às compras, pois todos os que tenho em casa já li e não tenho por hábito ler a mesma coisa duas vezes - nem ver o mesmo filme duas vezes), mas isso é actividade de férias, e não me sinto propriamente em férias. Falta-me o mar, a areia, o sol, essas coisas.
De modo que me lembrei da wii. A ideia não é usá-la para ver o mail, escrever no blogue (escrever o quê? na horizontal não me apetece escrever nada), ou passar o dia no messenger. A intenção é (finalmente) ver aqueles vídeos todos que me estão sempre a mandar num écran gigante (comparado com o do pc). Detesto ver vídeos com mais de 30 segundos no computador. Não me consigo concentrar neles, começo logo a fazer outras coisas ao mesmo tempo e acabo por não perceber as piadas. Assim é muito melhor. Com um braço, o direito ou o esquerdo (para treinar o cérebro ;)) posso ver os vídeos todos que me apetecer. A única desvantagem, face às séries de televisão, é que provavelmente não vou conseguir adormecer a ver vídeos. É que quando acabar o barulho de fundo vou acordar. Por outro lado, sempre é menos violento do que adormecer com aqueles canais de documentários e acordar com um monte de gente aos gritos porque entretanto começou um programa sobre desastres.
Liguei a wii à net num instante. Foi facílimo, e completamente automático porque a rede sem fios já estava a funcionar. Depois gastei uns trocos a comprar pontos para instalar o browser (opera). Mas foi dinheiro bem gasto. Agora é que o sofá vai mesmo ficar com a forma do meu rabo incrustada.
De modo que me lembrei da wii. A ideia não é usá-la para ver o mail, escrever no blogue (escrever o quê? na horizontal não me apetece escrever nada), ou passar o dia no messenger. A intenção é (finalmente) ver aqueles vídeos todos que me estão sempre a mandar num écran gigante (comparado com o do pc). Detesto ver vídeos com mais de 30 segundos no computador. Não me consigo concentrar neles, começo logo a fazer outras coisas ao mesmo tempo e acabo por não perceber as piadas. Assim é muito melhor. Com um braço, o direito ou o esquerdo (para treinar o cérebro ;)) posso ver os vídeos todos que me apetecer. A única desvantagem, face às séries de televisão, é que provavelmente não vou conseguir adormecer a ver vídeos. É que quando acabar o barulho de fundo vou acordar. Por outro lado, sempre é menos violento do que adormecer com aqueles canais de documentários e acordar com um monte de gente aos gritos porque entretanto começou um programa sobre desastres.
Liguei a wii à net num instante. Foi facílimo, e completamente automático porque a rede sem fios já estava a funcionar. Depois gastei uns trocos a comprar pontos para instalar o browser (opera). Mas foi dinheiro bem gasto. Agora é que o sofá vai mesmo ficar com a forma do meu rabo incrustada.
20 novembro 2007
O futebol
Quando estamos a ver, nem todos somos treinadores de bancada, Maradonas, ou Ronaldos. Mas nem todos temos paciência para apanhar secas. Imagino o que pensarao os tipos que pagaram bilhete.
Futebol
Nao se arranja por aí um seleccionador que nao tenha bigode? Ou é um dos requisitos do trabalho?
Já agora, o Rui Caçador parece o avô cantigas (ora vejam nas notícias). O que até nem calha mal.
Já agora, o Rui Caçador parece o avô cantigas (ora vejam nas notícias). O que até nem calha mal.
19 novembro 2007
Continuem a brincar
Se a selecção masculina de futebol (a) continuar a jogar como até agora (ou seja, para o mínimo dos mínimos), na quarta feira jogará para o empate com a Finlândia e ver-se-á afastada do campeonato (segundo a minha teoria de que quando esta selecção joga para o empate - e isso acontece muitas vezes - perde). A única hipótese é aparecer um gajo que não sabe do plano (como o Makulula) que entra a meio do jogo convencido que tem que marcar golos. Na quarta vemos como é. Se tivesse que apostar, apostaria num 1-0 para a Finlândia. Até porque Scolari está de volta, e portanto as probablilidades de um Makulula entrar são mínimas. A não ser que haja um milagre e todas as outras opções sejam inutilizadas por lesão.
Aos comentadores de futebol (deste e do outro): parem lá de dizer, a cada pseudo-remate, que é/era uma oportunidade de marcar. Na realidade todos os remates são é boas oportunidades para falhar. Uma baliza tão grande e o Simão vai acertar na trave??? Era mais fácil acertar no guarda-redes...
Aos comentadores de futebol (deste e do outro): parem lá de dizer, a cada pseudo-remate, que é/era uma oportunidade de marcar. Na realidade todos os remates são é boas oportunidades para falhar. Uma baliza tão grande e o Simão vai acertar na trave??? Era mais fácil acertar no guarda-redes...
16 novembro 2007
Desporto de Inverno
Confesso que não lhe tinha saudades nenhumas... Hoje fui fazer um favor ao miúdo, de carro, e lá tive que limpar a neve antes de sair. Tinha uns 7-8 cm de neve acumulada, o que deu uns 10 minutos de trabalho a tirar. É que é preciso limpar as janelas mas também o tejadilho, a mala e o capot, para não mandar a avalanche para cima dos outros condutores. Talvez tenha demorado um bocadinho menos, já que fiz batota e pus o carro a trabalhar enquanto fazia a limpeza, com o ar quente ligado lá dentro para me ajudar. Isto é coisa para pôr um alemão que passe aos berros para mim, onde é que já se viu ter o carro a gastar gasolina e a mandar poluentes para o ar sem sequer sair do sítio?
O mais estranho é que estavam -3°C e eu de t-shirt, casaco de malha aberto, e casaco de antes do inverno aberto, não tinha frio nenhum... A diferença que faz o sol brilhar...
O mais estranho é que estavam -3°C e eu de t-shirt, casaco de malha aberto, e casaco de antes do inverno aberto, não tinha frio nenhum... A diferença que faz o sol brilhar...
Não fumador
Parece que por causa da UE a partir de Janeiro os restaurantes (pelo menos) vão passar a ser livres de fumo. E as salas de fumadores têm que estar separadas por paredes (pelo menos) das de não fumadores. Depois de tantos anos a fugir de restaurantes por causa do fumo, só acredito quando vir. Principalmente neste país, onde há cartazes enormes na rua a publicitar cigarros. E onde há anúncios a tabaco no cinema. No entanto, verdade seja dita, alguns restaurantes já se adaptaram, retirando cinzeiros e proibindo o fumo no seu interior. Devagar, devagarinho, o ar vai começar a desanuviar.
14 novembro 2007
Caldo verde
(ou mais uma das minhas ideias brilhantes)
Será que aquelas maquinetas que servem para cortar papel em tirinhas também cortam folhas de couve para o caldo verde?
11 novembro 2007
O duche mais rápido do mundo
O puto mete-se debaixo do chuveiro, aparece molhado e a dizer que já tomou banho. E uma pessoa acredita que ele acaba de tomar o duche mais rápido do mundo. E só porque ia dar-lhe um jeito no cabelo é que me apercebi da verdade. Ao sentir o cabelo meio seco por baixo vi a luz: o tipo meteu-se debaixo do chuveiro e saiu logo a seguir. Sacanita.
10 novembro 2007
Estúpido é...
Apanhar um elevador (em PT, where else), onde uma velha (mais de espírito que de outra coisa, provavelmente) leva consigo um cigarro aceso. No aeroporto, onde só se pode fumar "em áreas designadas". Mandar vir com a velha. E a velha justificar-se que vinha a "esconder o cigarro" (fiquei parva com esta, mas a velha pensa que tem 5 anos ou quê?), e que vinha do café e que lá se pode fumar. Pois é, mas um elevador é um espaço fechado, e vai ali mais gente. A velha está-se a cagar, a viagem era curta, os outros que se lixem. P**a que pariu a velha. A minha vontade era esganá-la. No mínimo.
08 novembro 2007
3 horas
18h00 - queria fazer um bolo
18h20 - dei a volta aos livros todos, e decidi fazer dois: pão de ló e torta de pinhões
18h45 - faço a lista de ingredientes para os dois bolos e verifico o que é que faz falta. A manteiga está em risco de não chegar (é preciso untar pelo menos duas formas, talvez três, porque um dos bolos tem tendência a precisar de uma segunda forma). O supermercado fecha às oito.
19h00 - vou às compras. Além da manteiga, trago pinhões (não quero ficar a zero), hóstias (vinham numa receita de biscoitos que me pode apetecer fazer um dia destes e nunca antes tinha visto à venda) e couve (no supermercado apeteceu-me sopa).
19h15 - penso nos bolos, e começo a fazer o jantar. Ao mesmo tempo faço um telefonema demorado. Cozinhar com o telefone encostado a uma orelha e ao ombro não é nada fácil.
20h00 - a sopa ainda vai a meio e ainda não fiz o prato principal.
20h30 - finalmente sento-me a comer. O jantar está uma delícia. É pena ter-me esquecido de ferver legumes cortados em pedacinhos à parte, acrescentei-os depois de desfazer a primeira parte da sopa em puré, e assim demorou mais tempo. Detesto deixar a sopa para o fim.
20h50 - acabo de comer, e de dar a sobremesa ao puto (laranja às rodelas).
21h00 - esqueço os bolos. Já passei demasiado tempo na cozinha hoje, e a louça ainda está por arrumar. Ainda para mais sujei o fogão todo.
18h20 - dei a volta aos livros todos, e decidi fazer dois: pão de ló e torta de pinhões
18h45 - faço a lista de ingredientes para os dois bolos e verifico o que é que faz falta. A manteiga está em risco de não chegar (é preciso untar pelo menos duas formas, talvez três, porque um dos bolos tem tendência a precisar de uma segunda forma). O supermercado fecha às oito.
19h00 - vou às compras. Além da manteiga, trago pinhões (não quero ficar a zero), hóstias (vinham numa receita de biscoitos que me pode apetecer fazer um dia destes e nunca antes tinha visto à venda) e couve (no supermercado apeteceu-me sopa).
19h15 - penso nos bolos, e começo a fazer o jantar. Ao mesmo tempo faço um telefonema demorado. Cozinhar com o telefone encostado a uma orelha e ao ombro não é nada fácil.
20h00 - a sopa ainda vai a meio e ainda não fiz o prato principal.
20h30 - finalmente sento-me a comer. O jantar está uma delícia. É pena ter-me esquecido de ferver legumes cortados em pedacinhos à parte, acrescentei-os depois de desfazer a primeira parte da sopa em puré, e assim demorou mais tempo. Detesto deixar a sopa para o fim.
20h50 - acabo de comer, e de dar a sobremesa ao puto (laranja às rodelas).
21h00 - esqueço os bolos. Já passei demasiado tempo na cozinha hoje, e a louça ainda está por arrumar. Ainda para mais sujei o fogão todo.
07 novembro 2007
Raisparta
Ainda não consegui perceber porque é que certos blogues desactivam a função do botão direito do rato. Com certeza que não é para que não lhes copiem os textos, porque isso consegue-se (por exemplo) com o botão esquerdo e ctrl-C. Ao desactivar as funções do botão direito perde-se a possibilidade de abrir um link noutra janela (dá jeito, principalmente se se querem seguir dois ou mais links a partir da mesma página) - que é o uso que eu lhe dou, porque a maioria das pessoas nem sequer sabe como fazer isto automaticamente (é fácil!). Só consigo lembrar-me de uma de duas utilidades: 1- irritar-me; 2- descobrir qual o atalho para os links abrirem automaticamente noutra janela.
E agora, que já resmunguei, vou estudar a segunda opção.
E agora, que já resmunguei, vou estudar a segunda opção.
31 outubro 2007
Salganhada
Pet peeve. Nunca ouvi (até há bem pouco tempo) esta palavra. Salgalhada, é o que se diz na minha terra. Salganhada soa-me mal, não gosto, irrita-me. Mas hoje em dia é prato do dia em tudo quanto é palavra escrita (e talvez falada, mas eu não ouço tanto). No google, salganhada bate salgalhada aos pontos. Não é justo.
salgalhada
de *salgalho < salgar
s. f., pop.,
confusão;
trapalhada.
salgalhada
de *salgalho < salgar
s. f., pop.,
confusão;
trapalhada.
Coisas que também faço
...é ou não é irritante, quando se está a escrever num programa de mensagens (messenger, google talk, ou outros) e de cada vez que alguém comete um erro ortográfico, o corrige na linha seguinte? Só o erro. Que facilmente se perceberia e subsituiria (no nosso cérebro, para aqueles que ainda o têm) pela palavra correcta. Síndroma da escola primária, talvez?
(agora meninos toca a corrigir os erros, 5 vezes cada um)
(agora meninos toca a corrigir os erros, 5 vezes cada um)
30 outubro 2007
#72
Faltam menos de dois meses para o Natal. Para variar, não só ainda não comprei nada como não tenho ideias nenhumas. Esta semana as lojas estiveram cheias (das duas vezes que tive que ir ao "shopping" tive mais dificuldade em estacionar do que o que é costume ao fim de semana, quer dizer, sábado). Hoje, para entrar numa loja, pedir o que queria (e já sabia exactamente o que era), pagar e sair, demorei 20 minutos. Normalmente, demoraria menos de 5 minutos (compras expresso é comigo, desde que as lojas colaborem). Parece-me que este ano vou comprar tudo na net. Não há pachorra para multidões.
27 outubro 2007
Sopa
Sou péssima cozinheira (eu sou engenheira, não sou cozinheira!). Sei fazer meia dúzia de coisas, e só cozinho com gosto quando estou com vontade de comer alguma coisa em especial - o que é raro. Desde que vim para a Alemanha acabo por cozinhar mais coisas porque tenho saudades de certos pratos - arroz de pato, batatas a murro (com seja o que for) e sobremesas. Aquilo que não cozinho (refeições) sai compensado pelas sobremesas que faço e adoro - gelados, bolos, mousse, enfim, é para onde me der (por falar em sobremesas, tenho que pedir à minha mãe a receita do leite creme). Além do mais tenho dificuldade em encontrar carne de jeito - onde eu moro só há um supermercado à mão, e para encontrar grandes variedades tinha que ir ao centro da cidade, o que demora bastante tempo e não tenho pachorra - o que acaba por ser uma desculpa para não fazer determinadas comidas. Ah, claro, e o facto de sermos três em casa e termos todos gostos diferentes também não ajuda nada.
Chegamos à sopa. Eu não sei fazer sopa. Ponho água numa panela, cebola ou alho francês, os legumes que encontrar - repolho, cenoura e abóbora, se houver - desfaço tudo com a varinha mágica, e no fim junto cenoura e feijão (por exemplo) cortados em bocadinhos cozidos à parte. Em vez do feijão podem ser espinafres. E às vezes junto uma batata. E, quando me lembro massinhas, ou à falta delas (cá não encontrei) massa chinesa partida em pedacinhos. A verdade é que, faça a sopa como fizer, cá em casa há sempre protestos. O puto é ignorado (e tem que comer) porque é pequeno e tem que comer os legumes de alguma forma. Agora o meu mais que tudo é um problema. Foi habituado a nunca comer sopa e nunca comer feijão, seja de que tipo for. De modos que torce o nariz seja o que for que esteja na mesa. Se passo a sopa (porque o miúdo não come nada que esteja a flutuar, a não ser que sejam massinhas) queixa-se que fica espessa. Se não passo, o miúdo não come, e por isso tenho optado pela solução intermédia. E não há maneira de lhe agradar - afinal, o homem não gosta de sopa, punkt. O mais estranho nisto tudo é que eu gosto de todas as sopas que eu faço, seja de que maneira for. Sabem-me sempre bem. Fico sempre com vontade de mais. Portanto, desisti de tentar agradar aos machos cá de casa. A sopa é boa. E toda a gente tem que comer.
Chegamos à sopa. Eu não sei fazer sopa. Ponho água numa panela, cebola ou alho francês, os legumes que encontrar - repolho, cenoura e abóbora, se houver - desfaço tudo com a varinha mágica, e no fim junto cenoura e feijão (por exemplo) cortados em bocadinhos cozidos à parte. Em vez do feijão podem ser espinafres. E às vezes junto uma batata. E, quando me lembro massinhas, ou à falta delas (cá não encontrei) massa chinesa partida em pedacinhos. A verdade é que, faça a sopa como fizer, cá em casa há sempre protestos. O puto é ignorado (e tem que comer) porque é pequeno e tem que comer os legumes de alguma forma. Agora o meu mais que tudo é um problema. Foi habituado a nunca comer sopa e nunca comer feijão, seja de que tipo for. De modos que torce o nariz seja o que for que esteja na mesa. Se passo a sopa (porque o miúdo não come nada que esteja a flutuar, a não ser que sejam massinhas) queixa-se que fica espessa. Se não passo, o miúdo não come, e por isso tenho optado pela solução intermédia. E não há maneira de lhe agradar - afinal, o homem não gosta de sopa, punkt. O mais estranho nisto tudo é que eu gosto de todas as sopas que eu faço, seja de que maneira for. Sabem-me sempre bem. Fico sempre com vontade de mais. Portanto, desisti de tentar agradar aos machos cá de casa. A sopa é boa. E toda a gente tem que comer.
25 outubro 2007
Alto e pára o baile
As gravações de jogos de futebol acabam de ser limitadas aos jogos da selecção e do FCP (e só se o puto souber de antemão que o Porto joga). É que não há tempo para tanto futebol (na tv, na escola, no clube), outros desportos, e ainda para a escola e os trabalhos de casa. E ainda se queixa que não tem tempo para ver televisão. O puto revolta-se contra os TPCs (quem é que nunca se revoltou?) e mais ainda porque os adultos não têm trabalhos de casa. Pois não (não? então e fazer refeições, lavar roupa, lavar louça, manter a casa arrumada, fazer as compras, isso não conta?). Já tivemos. E lembramo-lo que ele tem mais férias que os adultos. Vida de criança é injusta.
21 outubro 2007
O aquecimento global
Ora depois de segunda ter andado de t-shirt na rua porque não aguentava com o calor, agora olho lá para fora e vejo neve. Viva o aquecimento central.
Já agora, se apanho o gajo que anda para aí a prometer aquecimento global, ele nem sabe o que lhe acontece.
Já agora, se apanho o gajo que anda para aí a prometer aquecimento global, ele nem sabe o que lhe acontece.
20 outubro 2007
#71
Nunca se sabe o que pode acontecer quando se vai às compras com um gajo pela primeira vez. Deixei o meu amigo búlgaro ir a uma loja de delicatessen enquanto eu ia à casinha, e combinei encontrar-me com ele a seguir. Enquanto ele pagava, fiquei a olhar para um pacote de bolachas "bread cookies", e a pensar, se calhar até são boas, mas 11 euros por um pacote de bolachas parece-me um exagero, principalmente se não sei se valem o dinheiro. Quando ele se despachou, comentei as bolachas caras com ele. E não é que ele levava no saco dois pacotes para a namorada???
12 outubro 2007
Raispartaowindows
Se apanho o gajo que se lembrou que depois de um update que precisa de restart para realmente actualizar o sistema havia de aparecer uma caixa a perguntar se queremos realmente reiniciar, e que, se dissermos "para já não", nos volta a chatear dali a 5 minutos, isto até desistirmos ou irmos à casa de banho e quando chegarmos percebermos que o que estávamos a fazer foi à vida, eu nem sei que lhe faço. Ou melhor, sei bem, mas não vou dizer aqui. Sacana.
11 outubro 2007
O verdadeiro amigo
É aquele gajo que toma a vacina da gripe (repare-se bem que eu não escrevi contra a gripe), fica de cama uma semana, e ainda tem que ouvir piadinhas sobre andar a injectar-se. E continua a ser amigo. É que se não nos pudermos rir dos nossos amigos (e eles de nós) - pelo menos enquanto não têm nada de grave - vamo-nos rir de quem? Isto de ser amigos não pode ser só para lhes fazermos uns jeitos de vez em quando...
10 outubro 2007
Mais vale tarde que nunca
Recebi este prémio da Ynkognitta, uma leitora com um blogue que eu ainda não tinha descoberto. Muito obrigada.
Para castigo, por ter demorado tanto a terminar este post (já estava em draft há séculos) não vou passar a ninguém. Os meus blogues favoritos estão na barra lateral, e para eles todos o meu bem hajam.
Para castigo, por ter demorado tanto a terminar este post (já estava em draft há séculos) não vou passar a ninguém. Os meus blogues favoritos estão na barra lateral, e para eles todos o meu bem hajam.
09 outubro 2007
Rugby
Não percebo nada de rugby. Não vejo os jogos, não sei as regras. Li algumas crónicas durante o mundial e só agora - parece que já está quase no fim - é que uma coisa fez clique na minha cabeça. Parece que os neo-zelandezes fazem uma espécie de dança com gritos de guerra antes do início de cada jogo. E apesar de nunca ter visto um jogo de rugby, eu já vi isto. Muitas vezes. E até achei piada. Onde é que teria sido? A única coisa que me vem à mente são uns tipos de saia...
Foi isto:
Foi isto:
Como vai o país
O que vale é que (eu sei que) a televisão não mostra um retrato fiel do país. Fica por uma foto, um instante no tempo, num certo enquadramento, com uma certa intenção por parte de quem a tira. Então não é que alguém se lembrou de fazer um programa daqueles em que o pessoal telefone a dar a sua opinião, por mais idiota que seja, sobre a extrema direita em portugal. Até aqui tudo bem. Só que quem só ouvisse este programa ficaria a pensar que a maioria da população portuguesa é da extrema direita, tal a desproporção dos telespectadores que tiveram direito ao tal tempo de antena. E a cereja em cima do bolo veio mesmo no fim. O "inquérito telefónico" com resultados possíveis A ou B (aqui não se contabilizam as não respostas) deu um resultado curiosíssimo: 69% para o A, 41% para o B. E a jornalista de serviço nem pestanejou enquanto lia aqueles resultados absurdos. No "noticiário" que deu a seguir, onde a mesma jornalista estava presente, ninguém se deu ao trabalho de corrigir os resultados do "inquérito". E isto, mais do que os tempos de antena, ou o número de apoiantes da extrema direita, diz muito sobre o país.
08 outubro 2007
#69
Ah, segunda feira de manhã, essas horas míticas. Ao menos acabou a Oktoberfest e a cidade regressa à normalidade. Um ponto positivo. De resto, que é que se pode dizer de uma segunda feira de manhã... eu só queria dormir mais um bocadinho.
05 outubro 2007
Coisas com piada
Parece que a economia portuguesa está má. E a bolsa anda pelas ruas da amargura. Tanto que as "notícias" se apressaram a informar publicitar que os bancos andam a oferecer taxas de juro nos depósitos a prazo de 8%, 10% ou até - uns doidos! - 12%. Bem espremidas, estas taxas de juro são temporárias e traduzem-se em taxas anuais inferiores às dos certificados de aforro. Ou ainda, inferiores às taxas das contas à ordem alemãs. Ah, os bancos portugueses, uns mãos largas...
CDs, paletes de CDs... onde está o CD?
Há dias que ando com umas músicas na cabeça. E a panca é tal que só me vai passar quando ouvir o CD de uma ponta à outra. Num dos momentos mais críticos, em que a música ia tocando na minha cabeça e eu até estava em casa sem nada que fazer, decidi acabar com a tortura. Não consegui. Dei a volta aos CDs que estão perto do leitor do quarto. Nada. Procurei na estante do quarto. Nada. Dei a volta às gavetas onde os CDs deviam estar (e estão) arrumados por ordem alfabética - sim, que eu sou um bocado desarrumada mas as minhas gavetas estão sempre impecáveis, só o que está à vista é que está à balda. Dei a volta aos CDs da estante da sala, que estão à espera que os copie para o leitor de mp3 e guarde nas gavetas. Nada. Entrei em pânico. Voltei para o quarto e reparei que havia mais uns CDs em cima da estante, onde eu quase não chego. Também não estava lá. O problema não é eu ter centenas de CDs. Se eu só fizesse downloads da net isto não me acontecia. Quem é que terá sumido com o CD, pá? (Alguém com bom gosto, só pode.)
*Para os interessados, era (é) o álbum "O Fogo" dos Sétima Legião. Eu até tenho os best ofs deles e tudo, mas queria mesmo era ouvir este CD de uma ponta à outra. Bolas. É que já nem consigo dormir direito.
[Actualização: Já encontrei, estava no meio dos jogos, num sítio pouco iluminado de noite. Já posso seguir em frente.]
*Para os interessados, era (é) o álbum "O Fogo" dos Sétima Legião. Eu até tenho os best ofs deles e tudo, mas queria mesmo era ouvir este CD de uma ponta à outra. Bolas. É que já nem consigo dormir direito.
[Actualização: Já encontrei, estava no meio dos jogos, num sítio pouco iluminado de noite. Já posso seguir em frente.]
03 outubro 2007
Está um calor do catano
Ninguém percebe este tempo. Tivemos uma semana de Outono, uma semana e meia, vá lá, e depois o verão regressou em força. E não, não me estou a queixar. Antes um calor do catano do que uns dias de chuva.
As saudades a apertar
Isto (pôr fotos de doces portugueses nos blogues) não se faz. Devia ser proibido. Apesar de estar na terra das bolas de berlim, aqui o recheio pode ser de tudo e mais alguma coisa, excepto creme de (gema de) ovo (este pessoal não deve ter problemas de colesterol). E eu não sei fazer bolas de berlim e detesto fritar seja o que for. De qualquer forma tive uma ideia. Deve haver por aí bolas de berlim sem recheio (o meu mais que tudo diz que sim). E se houver, comprá-las e acrescentar o recheio deve resultar. Mal posso esperar por amanhã. (Hoje está tudo fechado.)
02 outubro 2007
Diz que amanhã é feriado
Viva a reunificação alemã. Estou mesmo a precisar de dormir mais umas horitas.
#68
De tanta área disponível, como é que o único mosquito que andava a passear pela minha casa se decidiu (e conseguiu) morder-me no calcanhar?! É por isto que eu sempre que vejo ou ouço um mosquito não descanso enquanto não o mato. Uma pessoa dá-lhes o benefício a dúvida uma vez, e pimba, está lixada.
30 setembro 2007
29 setembro 2007
Oktoberfest - o outro lado
Imaginem que a vossa cidade era invadida por um milhões de pessoas que não arredam pé durante quinze dias. Que deixam atrás de si um milhar de milhão de euros (os biliões anglo-saxónicos não me convencem). Que enchem os comboios de manhã à noite de maneira a que nem se consegue respirar lá dentro, e há quem tenha que sair por falta de ar. E que fazem com que os maquinistas de comboio andem muito mais devagar, por precaução, não esteja algum bêbedo enfiado nas linhas. Que causem engarrafamentos e acidentes que nem se imaginam durante o resto do ano. Que andam bêbedas de manhã à noite e se arriscam a ser atropeladas por nem olharem para os sinais antes de atravessarem a rua. Que proporcionam postos de trabalho temporários, durante os tais quinze dias, em que o trabalho é duro mas a compensação monetária faz com que a competição por esses postos de trabalho seja ainda mais renhida do que para outra coisa qualquer.
Há quem goste disto. Há quem goste durante alguns anos e se farte. Há quem deteste e saia de férias para longe enquanto isto decorre. E há quem adore e meta férias para se juntar à festa todos os dias. Eu só queria que o trânsito (automóvel e comboios) andasse um bocadinho mais depressa.
Há quem goste disto. Há quem goste durante alguns anos e se farte. Há quem deteste e saia de férias para longe enquanto isto decorre. E há quem adore e meta férias para se juntar à festa todos os dias. Eu só queria que o trânsito (automóvel e comboios) andasse um bocadinho mais depressa.
27 setembro 2007
Estava a ver que era a única
Ao passear pela blogosfera fora, dei-me conta que a opinião generalizada relativamente ao "caso Esmeralda" é contrária ao pai biológico. Aliás, já ontem tinha ouvido o antena aberta e ficado espantada por não ter havido uma única opinião favorável ao pai. Em qualquer história, há sempre (pelo menos) dois lados, mas nesta parece só haver um. Pelo menos só um transpira para a opinião pública. O pai biológico é um malvado, não quer a menina, e os outros, que a têm escondido, raptado, amado, dado tudo (menos a possibilidade de ter contacto com o pai verdadeiro), esses estão a ser injustiçados. Não sei se será bem assim. Pois se o processo de adopção nunca foi terminado, por alguma razão foi. Sabemos que a justiça é lenta, e que para um caso chegar a tribunal pode levar anos e anos. E até há uma decisão de 2004 (quando a criança ainda não tinha 5 anos) em que o tribunal deu razão ao pai biológico. Quem não a entregou não foi obrigado a entregar a miúda (e isso eu não entendo), fugiu com ela, impediu os encontros com o pai, e sabe-se lá que macaquinhos andou a meter na cabeça da miúda para que ela crie um trauma contra o pai biológico.
Dada a morosidade da "justiça" e da parcialidade da comunicação social, sabemos lá desde quando é que o pai biológico está a ser impedido de estar com a filha. A única certeza que tenho é que não nos estão a contar a história toda. O tempo a passar e a miúda a ser impedida de estar com o pai por todos os meios possíveis, é algo que está a ser usado até à exaustão pelos pretendentes a pais adoptivos.
Do que li até agora, só o jumento (e o tribunal!) tem uma opinião favorável ao pai.
[ADENDA:]Mais algumas opiniões concordantes aqui, aqui e aqui.
Dada a lógica usada até agora para se dizer que a Esmeralda devia ficar com que a criou, parece-me justo equacionar, num mero plano de hipóteses, o que é que deveria ter acontecido com aquela miúda que foi raptada do hospital, se a raptora tivesse ficado com ela mais uns 4 anos? Devia a raptora ter ficado com a criança, já que é a única mãe que alguma vez conheceu?
Dada a morosidade da "justiça" e da parcialidade da comunicação social, sabemos lá desde quando é que o pai biológico está a ser impedido de estar com a filha. A única certeza que tenho é que não nos estão a contar a história toda. O tempo a passar e a miúda a ser impedida de estar com o pai por todos os meios possíveis, é algo que está a ser usado até à exaustão pelos pretendentes a pais adoptivos.
Do que li até agora, só o jumento (e o tribunal!) tem uma opinião favorável ao pai.
[ADENDA:]Mais algumas opiniões concordantes aqui, aqui e aqui.
Dada a lógica usada até agora para se dizer que a Esmeralda devia ficar com que a criou, parece-me justo equacionar, num mero plano de hipóteses, o que é que deveria ter acontecido com aquela miúda que foi raptada do hospital, se a raptora tivesse ficado com ela mais uns 4 anos? Devia a raptora ter ficado com a criança, já que é a única mãe que alguma vez conheceu?
26 setembro 2007
#67
A mãe de um colega morreu. Ele anunciou por email. Eu fiquei à espera que alguém se mexesse e organizasse umas flores, um postal, qualquer coisa. Ninguém disse nada. Este colega é boa pessoa. Um bocado chato - fala demais - um bocado cola - nunca mais se cala - mas simpático e sempre prestes para ajudar. Desde a notícia, encontrei-o uma vez. Podia ter-lhe dado as minhas condolências. Podia ter dito alguma coisa. Em vez disso, tentei animá-lo falando de tudo menos da mãe dele. Tomámos um café e rimo-nos os dois durante um bocado. E quando me fui embora, fiquei com a sensação que, apesar de poder estar em falta, fiz a melhor coisa que sei fazer.
24 setembro 2007
Oktoberfest
Este ano aumentou muito a percentagem de lederhosen curtas. Calções tradicionais, portanto. Pela minha parte (eu este ano não vou, mas vejo as hordes passar) agradeço.
22 setembro 2007
A ministra
Mais ninguém reparou que a ministra da educação passou o debate* todo a ler um livro? Só eu é que achei estranho?
*o debate mensal na assembleia da república de ontem
*o debate mensal na assembleia da república de ontem
21 setembro 2007
Quem diria
Há uns tempos, um homem (já com alguma idade) passeava-se nos bosques alemães quando foi preso pela polícia. O motivo? Vestia o fato com que nasceu. Sim, estava nu. Foi a tribunal, e o juiz obrigou-o a pagar 800 euros. Recorreu da sentença, e a pena foi reduzida para 500 euros. Quando ouvi esta notícia fiquei chocada. Mas como é que pode ser? Gente nua por aí é mato, passo a expressão. Isto passou-se em Nuremberga. Se tivesse sido em Munique, de certeza que não lhe acontecia nada. O homem podia ainda fazer passeios de bicicleta ou de barco, passear pelo trilho verdejante ao longo do rio,ou até nadar, tudo isto sem vestir uma única peça de roupa, que ainda fazia amigos. Em Munique os naturistas são mais que muitos, e parece que não incomodam ninguém. Muito menos a polícia.
20 setembro 2007
O google é um espectáculo... not
Desta é que eu não estava à espera. Uma pesquisa por "acne gravidez clearasil" (estava à procura de algo que confirmasse se o clearasil faz mal ou nao nesta altura) no google.pt deu-me nas primeiras páginas uma data de páginas que sao péssimas traduções automáticas de artigos em (provavelmente) inglês. Mas que porcaria. Useless. (já agora, a mesma pesquisa no yahoo e no altavista dão a mesma m**** de resultados)
Frases como "Considerando sua idade você pode querer saber se houver uma possibilidade do acne se tornando." dão mesmo vontade de continuar a ler...
Frases como "Considerando sua idade você pode querer saber se houver uma possibilidade do acne se tornando." dão mesmo vontade de continuar a ler...
Surpresa de verão
Não sou muito de clássicos, prémios Nobel, ou autores consagrados, e tenho tendência a julgar um livro pela sua capa e pelas primeiras páginas. Já cometi algumas vezes o erro de comprar livros estúpidos (por julgar o livro pela capa e contracapa, esquecendo-me de ler as primeiras páginas). Hoje em dia quase só leio quando estou de férias ou quando sai algum livro de algum autor ou colecção que adoro (compro logo, às vezes até em pré-compra, e leio logo que chega). E mesmo assim, leio várias dezenas de livros por ano. Já li mais.
Um dos livros destas férias que me agarrou do princípio ao fim foram os 100 anos de solidão, do Gabriel García Márquez. Tinha-o comprado há dois anos, já tinha sido lido pela minha mana, já tinha sofrido as agruras da praia e um banho de nem sei quê. As folhas estavam um pouco encarquilhadas e duras, havia areia entre as páginas, o livro ocupava um volume maior do que originalmente, e só o comecei a ler (finalmente) porque tinha esgotado a pilha que tinha levado comigo de férias mais o último Harry Potter que comprei mal saiu e li imediatamente (e gostei).
Podia contar a história (é a história de uma família que atravessa várias gerações), podia fazer um resumo, podia dizer do que gostei mais. Podia, mas não o vou fazer. Apenas deixo aqui esta nota para me lembrar que às vezes, um livro que se compra porque alguém disse que era bom e depois se deixa anos a apanhar pó porque na verdade não se acredita muito que o conteúdo seja minimamente interessante pode ser uma agradável surpresa.
(já agora, podem ler um resumo aqui)
Um dos livros destas férias que me agarrou do princípio ao fim foram os 100 anos de solidão, do Gabriel García Márquez. Tinha-o comprado há dois anos, já tinha sido lido pela minha mana, já tinha sofrido as agruras da praia e um banho de nem sei quê. As folhas estavam um pouco encarquilhadas e duras, havia areia entre as páginas, o livro ocupava um volume maior do que originalmente, e só o comecei a ler (finalmente) porque tinha esgotado a pilha que tinha levado comigo de férias mais o último Harry Potter que comprei mal saiu e li imediatamente (e gostei).
Podia contar a história (é a história de uma família que atravessa várias gerações), podia fazer um resumo, podia dizer do que gostei mais. Podia, mas não o vou fazer. Apenas deixo aqui esta nota para me lembrar que às vezes, um livro que se compra porque alguém disse que era bom e depois se deixa anos a apanhar pó porque na verdade não se acredita muito que o conteúdo seja minimamente interessante pode ser uma agradável surpresa.
(já agora, podem ler um resumo aqui)
Coisas nojentas de gaja
Ando cheia de acne. O médico diz que não posso fazer nada (a não ser daqui a 5 meses ou mais), e que não esprema.
Da última vez que fui ao dermatologista, fizeram-me uma limpeza de pele que incluiu espremer com toda a força todos os centímetros das minhas costas. Doeu que se fartou, e a gaja continuava a espremer. Porque é que ela pode e eu não?
Só queria ter mais um braço e uma mão extra para aquela borbulha enorme, nojenta e dolorosa que se instalou no meu braço direito. É que nas costas ainda vá que não vá. Agora quando se começam a espalhar pelos ombros e descem braço abaixo já é um exagero!
Da última vez que fui ao dermatologista, fizeram-me uma limpeza de pele que incluiu espremer com toda a força todos os centímetros das minhas costas. Doeu que se fartou, e a gaja continuava a espremer. Porque é que ela pode e eu não?
Só queria ter mais um braço e uma mão extra para aquela borbulha enorme, nojenta e dolorosa que se instalou no meu braço direito. É que nas costas ainda vá que não vá. Agora quando se começam a espalhar pelos ombros e descem braço abaixo já é um exagero!
18 setembro 2007
O cabo da paciência
Qual é o interesse de ter uma centena de canais, se cada um deles se repete a si próprio à exaustão, e as séries de jeito se repetem de um canal para o outro?
Até no canal "fantastic life", que mostra os diversos canais do pacote em sistema rotativo (um mês um, outro mês outro) se apanham repetições a dar com um pau... E anda um gajo a pagar para isto (e a apanhar com publicidade infindável por cima)... E já agora, qual é a ideia de ter canais que passam publicidade durante 20 minutos seguidos? E ainda para mais repetem a publicidade, porque não têm nada com que encher os 20 minutos...
A mim chegava-me um canal só com séries estrangeiras, sem publicidade, e sem repetições. 24 horas por dia. O resto é lixo.
Até no canal "fantastic life", que mostra os diversos canais do pacote em sistema rotativo (um mês um, outro mês outro) se apanham repetições a dar com um pau... E anda um gajo a pagar para isto (e a apanhar com publicidade infindável por cima)... E já agora, qual é a ideia de ter canais que passam publicidade durante 20 minutos seguidos? E ainda para mais repetem a publicidade, porque não têm nada com que encher os 20 minutos...
A mim chegava-me um canal só com séries estrangeiras, sem publicidade, e sem repetições. 24 horas por dia. O resto é lixo.
13 setembro 2007
A caixa
Há quem ache o máximo que se pense fora da caixa ("think outside of the box"). Eu, que vivo num mundo à parte, pergunto "caixa? que caixa?".
#65
Isto só a mim... adormeci a meio do jogo (algures entre o fim da primeira parte e o início da segunda), e nem sequer posso dar a desculpa que foi porque aquilo estava a ser uma seca (é sempre, qualquer jogo de futebol com menos de 4 golos é uma seca), eu é que estava cansada, que a minha vida não é passada no sofá a ver televisão. E não é que logo desta vez que adormeci - não é costume adormecer a ver o futebol - parece que aconteceu alguma coisa? Tipo o Scolari andar à porrada (ou quase). E nem sequer sei como é que ficou. Seja como for, gravei o jogo para o puto. Logo vemos tudo juntos. Entretanto vou ver se percebo o que é que aconteceu.
08 setembro 2007
O livro que marcou a diferença
Há uns dias que o tema recorrente da blogoesfera sao os livros que não mudaram as vidas de quem os leu. Eu pensava que nenhum livro mudou a minha vida, mas vendo melhor não é bem assim. Um dos livros que realmente mudou a minha vida foi "A Queda de um Anjo", de Camilo Castelo Branco. Ofereceram-mo quando fiz 15 ou 16 anos, já não me lembro bem, e li cerca de oitenta páginas. E foi precisamente isso que mudou a minha vida. Por essa altura já eu teria lido muitas centenas de livros do princípio ao fim, por muito que a bibliotecária da única biblioteca da minha terra não acreditasse que os livros que eu todos os dias levava para casa e no dia seguinte trocava por outros tinham sido realmente lidos por mim (esses e os que as minhas irmãs também levavam todos os dias, e elas também liam os meus). A queda de um anjo foi o primeiro livro, de muito poucos, que eu não li até ao fim. Achei chato, maçudo, aborrecido até mais não poder. Demasiado descritivo de paisagens, com pouca ou nenhuma acção naquelas oitenta páginas. Talvez para a frente melhorasse. Mas eu não aguentei mais. Pela primeira vez na vida desisti de terminar alguma coisa. Tive pena, ainda tenho. E ao mesmo tempo, ainda bem que o fiz, porque se me custou muito não ter acabado esse livro, já não me custou tanto não terminar a leitura de mais um ou dois livros que comecei a ler, anos depois. A vida é demasiado curta para nos torturarmos com coisa que no fundo nem sequer nos trazem nenhuma mais valia. Eu não li "A Queda de um Anjo" e isso mudou a minha vida. Li muitos outros livros de que realmente gostei e deixei a meio outros de que não gostei.
Big brother is watching...
Estive a ver as estatísticas do blogue, coisa que até faço raramente, e descobri uma coisa interessante. Em todos os blogues há sempre gente que vai lá parar por pesquisas estranhas e que não têm nada a ver. Mas este foi para além de estranho. Alguém da Secretaria geral da Presidência da República veio cá parar através de uma pesquisa no technorati por "Cavaco". Aliás, "cavaco", assim, com letra pequena e aspas. Uma ideia, para esses senhores: devido à enorme quantidade de ruído causado por essa pesquisa, devido uma certa Kylie Cavaco que pelos visto se encontra envolvida numa polémica com Britney Spears (parece que alguém colou o corpo da Kylie à cara da Britney), o melhor é para a próxima fazerem a pesquisa com a seguinte expressão (mantenham as aspas):
"cavaco" -"kylie cavaco"
Já agora fica a informação de que este pessoal trabalha até tarde, já passava da hora do jantar quando recebi a tal visita. Para que não digam que andam a gastar os nossos impostos à balda.
"cavaco" -"kylie cavaco"
Já agora fica a informação de que este pessoal trabalha até tarde, já passava da hora do jantar quando recebi a tal visita. Para que não digam que andam a gastar os nossos impostos à balda.
07 setembro 2007
#64
Há alturas sérias em que me dá vontade de rir. Uma grande vontade de rir, sob risco de ser trucidada por quem estiver por perto. Uma das piores aconteceu há muitos anos, no funeral de um rapaz da minha turma que tinha sido atropelado. A igreja estava tão cheia, que me lembrei de uma carta de um amigo, em que ele dissertava sobre uma ida à Queima (ele era mais velho) e dizia que aquilo estava tão cheio que se levantasse os dois pés do chão não só não cairia, como seria arrastado pelas multidões. Claro que a ideia dava vontade de rir, mesmo num funeral (eu só conhecia o rapaz há quinze dias).
Ontem, com a morte do Pavarotti, foi parecido, com a diferença que lá em casa ninguém ficou com vontade de me bater ou de me mandar para a rua. Gostam de mim, perdoam-me estes ataques de loucura. O que eu não percebo é como é que jornalistas atrás de jornalistas foram capazes de falar de uma "enorme perda", da "pesada herança" do "peso da contribuição" e outros epítetos parecidos, uns atrás dos outros, e nem sequer esboçar um sorriso. Ou sou eu que sou parva - é bem possível - ou eles não perceberam a piada, ou então fizeram de propósito e são bons actores.
Ontem, com a morte do Pavarotti, foi parecido, com a diferença que lá em casa ninguém ficou com vontade de me bater ou de me mandar para a rua. Gostam de mim, perdoam-me estes ataques de loucura. O que eu não percebo é como é que jornalistas atrás de jornalistas foram capazes de falar de uma "enorme perda", da "pesada herança" do "peso da contribuição" e outros epítetos parecidos, uns atrás dos outros, e nem sequer esboçar um sorriso. Ou sou eu que sou parva - é bem possível - ou eles não perceberam a piada, ou então fizeram de propósito e são bons actores.
Se não consegues vencê-los...
Não é que me orgulhe, mas dei cabo das burocracias com umas lágrimas. Nada como um gajo jeitoso como (única) assistência. Provavelmente as hormonas ajudaram (às lágrimas) já que não era caso para tanto, mas o mais importante é que consegui o que queria. E não há testemunhas (uma testemunha que diz "não conte ao meu chefe" não é testemunha). Para o gajo bom guardo um grande sorriso para todas as vezes que o voltar a ver.
06 setembro 2007
#63
Raios para os burocratas. É assim porque tem que ser assim, porque agora as regras são assim e não lhes interessa se é mais complicado e não traz nada de novo ou de melhor ou de mais eficiente, é uma pura perda de tempo e de dinheiro. Vou ignorá-los por uns tempos, que é para se irritarem um bocado também. Totós.
05 setembro 2007
#62
Pela primeira vez desde há muito, muito tempo, gostei de ouvir o Cavaco. Foi só uns instantes, que não mostraram mais, e na verdade nem era o discurso o mais importante. É que desde que o seu ex-ministro dos negócios estrangeiros (custa-me dizer o nome, e não quero insultá-lo aqui) foi para a UE que andava à espera que alguém falasse português para os europeus - nem que esses europeus sejam só os deputados do PE. Os tradutores estão lá porque temos uma língua diferente da dos outros. Dêem-lhes que fazer.
04 setembro 2007
Chuva
Chuva, muita chuva. Ontem, hoje, e pelo menos até ao fim da semana. Mas de onde é que vem esta água toda? Não posso ouvir falar em poupar água, dá-me uma vontade de rir... Poupar o quê? Segurem a água da chuva, um dia chega para abastecer a família durante o ano inteiro.
02 setembro 2007
Já que estou para aqui virada
Detesto o cheiro a terra molhada. Aliás, detesto terra molhada. Detesto sair depois de uma chuvada. Não gosto do cheiro e custa-me a respirar. Molhada para mim, só a água do mar, dos rios, dos lagos, da torneira. Pingas de águas espalhadas por aí não me agradam.
7 factos aleatórios da minha vida
Em resposta ao desafio da Rita. Não sei bem se devia por isto aqui ou no blogue do floquinho, mas afinal os factos aleatórios são sobre mim, e a minha vida não se resume aos últimos três meses, que é o enfoque do blogue do floquinho.
1 - Sei centenas, senão milhares, de letras de músicas de cor. Do princípio ao fim, e se forem gravadas ao vivo também sei exactamente as coisas que vão sendo ditas pelo meio, e quando (desde que se entendam). Quando gosto de uma música começo a decorá-la logo da primeira vez que a ouço - e começo pelo coro, claro, que é o mais fácil. Tanto que já me aconteceu ir a concertos da mesma banda (em sítios diferentes, e datas muito próximas) em que da segunda vez já cantava os coros das músicas novas - e achava estranhíssimo que mais ninguém cantasse.
2 - Passo muito tempo no computador. Trabalho o dia todo em frente a um, e quando chego a casa, a primeira coisa (ou quase) que faço é ligar o meu. Sou viciada na net, em blogues, alguns fóruns, no google (que é onde vou quando quero saber alguma coisa), e adoro jogos, embora quase não tenha tempo para eles (ah se eu não trabalhasse). E no mail, claro, o meu melhor amigo electrónico desde há, deixa ver, 13 anos. Sou tão viciada em mail que já cheguei a ter dificuldades em contactar pessoas porque não estavam disponíveis electronicamente num determinado momento... felizmente, ainda há pessoas cujo cérebro não excluiu a informação de que há telefones e telemóveis...
3 - Quando era miúda detestava saias. Tanto que se a minha mãe me obrigasse a ir de saia para a escola, eu levava uns calções por baixo (mesmo que fosse inverno), e tirava a saia logo que chegava à escola, em frente a toda a gente. A professora era porreira, e nunca disse nada à minha mãe. No fim da escola secundária, passou-me. Hoje em dia adoro andar de mini-saia (nada de saias abaixo do joelho, que fazem-me imensa impressão), mas só se estiver calor suficiente. Sou capaz de andar o verão inteirinho de mini-saia, e vestir calças o resto do ano.
4 - Fartei-me de filmes, principalmente filmes americanos (em geral). Vou pouco ao cinema, se estiver a dar um filme na televisão mudo de canal, e mesmo em DVD tenho uma colecção de filmes que me ofereceram e que não sei se algum dia verei. Costumava gostar de comédias, mas hoje em dia parecem-me todas iguais, recorrendo apenas às piadas fáceis, previsíveis, e porcas. Nada contra, mas isso não me faz rir e portanto passo. Prefiro uma boa série, de preferência em DVD, para devorar episódios atrás de episódios, de uma ponta à outra no mínimo tempo possível.
5 - Não gosto de leite. Adoro leite com chocolate, e leite com café, desde que seja bom café. Odeio natas, em quaisquer circunstâncias, chantily, e afins. Detesto queijo (em geral), quanto mais mole pior, quanto mais branco pior, quanto mais forte pior. Adoro queijo "batata", que é o que a minha mãe - que adora quase tudo quanto é queijo, senão mesmo tudo - chama ao queijo que, segundo ela, "não sabe a nada". Por cá, o meu preferido é um Gouda da "du darfst" (tipo "Linea") que só tem 17% de gordura. Uma fatia deste queijo com pão e doce é uma delícia. (Nunca fui de marmelada, mas compotas de frutos vermelhos - morango, framboesa, cereja, frutos silvestres... - marcha sempre.) Em Portugal, gosto de um queijo redondo da Agros e do Mimosa m.
6 - Embirro com as pessoas que dizem que fulano é boa pessoa porque "é amigo dos seus amigos". Mas que raio de definição é essa? Estranho era se fosse inimigo dos seus amigos, ou se se entretesse a dar facadas nas costas aos amigos, que até pode haver gente assim, mas esses não se podem considerar amigos. As pessoas "normais" são amigas dos seus amigos. Ser amigo dos inimigos já seria qualquer coisa de extraordinário (estúpido até) e fazer a vida negra aos falsos amigos é algo que não se censura a ninguém.
7 - Confio nas minhas primeiras impressões sobre as pessoas, pela única razão de que nunca uma primeira impressão me enganou. Já cheguei a dar o benefício da dúvida a pessoas que me causaram uma má primeira impressão para mais tarde concluir que não valia a pena. Hoje em dia, se não gosto de uma pessoa à primeira, sei que não vale a pena sequer tentar. É tempo perdido. E evito ao máximo as pessoas de quem não gosto.
E mais uma, de bónus.
8 - Não faço fretes. Se não quero fazer uma coisa porque não gosto ou não me apetece, ou acho que vai ser uma grande seca, não a faço só para alguém ficar mais contente. Portanto se eu faço alguma coisa ou vou algum lado, não é para fazer o jeito a ninguém, faço-o com todo o prazer. Caso contrário, estava quieta. A vida é demasiado curta para se perder tempo com coisas que não trazem nada de positivo.
1 - Sei centenas, senão milhares, de letras de músicas de cor. Do princípio ao fim, e se forem gravadas ao vivo também sei exactamente as coisas que vão sendo ditas pelo meio, e quando (desde que se entendam). Quando gosto de uma música começo a decorá-la logo da primeira vez que a ouço - e começo pelo coro, claro, que é o mais fácil. Tanto que já me aconteceu ir a concertos da mesma banda (em sítios diferentes, e datas muito próximas) em que da segunda vez já cantava os coros das músicas novas - e achava estranhíssimo que mais ninguém cantasse.
2 - Passo muito tempo no computador. Trabalho o dia todo em frente a um, e quando chego a casa, a primeira coisa (ou quase) que faço é ligar o meu. Sou viciada na net, em blogues, alguns fóruns, no google (que é onde vou quando quero saber alguma coisa), e adoro jogos, embora quase não tenha tempo para eles (ah se eu não trabalhasse). E no mail, claro, o meu melhor amigo electrónico desde há, deixa ver, 13 anos. Sou tão viciada em mail que já cheguei a ter dificuldades em contactar pessoas porque não estavam disponíveis electronicamente num determinado momento... felizmente, ainda há pessoas cujo cérebro não excluiu a informação de que há telefones e telemóveis...
3 - Quando era miúda detestava saias. Tanto que se a minha mãe me obrigasse a ir de saia para a escola, eu levava uns calções por baixo (mesmo que fosse inverno), e tirava a saia logo que chegava à escola, em frente a toda a gente. A professora era porreira, e nunca disse nada à minha mãe. No fim da escola secundária, passou-me. Hoje em dia adoro andar de mini-saia (nada de saias abaixo do joelho, que fazem-me imensa impressão), mas só se estiver calor suficiente. Sou capaz de andar o verão inteirinho de mini-saia, e vestir calças o resto do ano.
4 - Fartei-me de filmes, principalmente filmes americanos (em geral). Vou pouco ao cinema, se estiver a dar um filme na televisão mudo de canal, e mesmo em DVD tenho uma colecção de filmes que me ofereceram e que não sei se algum dia verei. Costumava gostar de comédias, mas hoje em dia parecem-me todas iguais, recorrendo apenas às piadas fáceis, previsíveis, e porcas. Nada contra, mas isso não me faz rir e portanto passo. Prefiro uma boa série, de preferência em DVD, para devorar episódios atrás de episódios, de uma ponta à outra no mínimo tempo possível.
5 - Não gosto de leite. Adoro leite com chocolate, e leite com café, desde que seja bom café. Odeio natas, em quaisquer circunstâncias, chantily, e afins. Detesto queijo (em geral), quanto mais mole pior, quanto mais branco pior, quanto mais forte pior. Adoro queijo "batata", que é o que a minha mãe - que adora quase tudo quanto é queijo, senão mesmo tudo - chama ao queijo que, segundo ela, "não sabe a nada". Por cá, o meu preferido é um Gouda da "du darfst" (tipo "Linea") que só tem 17% de gordura. Uma fatia deste queijo com pão e doce é uma delícia. (Nunca fui de marmelada, mas compotas de frutos vermelhos - morango, framboesa, cereja, frutos silvestres... - marcha sempre.) Em Portugal, gosto de um queijo redondo da Agros e do Mimosa m.
6 - Embirro com as pessoas que dizem que fulano é boa pessoa porque "é amigo dos seus amigos". Mas que raio de definição é essa? Estranho era se fosse inimigo dos seus amigos, ou se se entretesse a dar facadas nas costas aos amigos, que até pode haver gente assim, mas esses não se podem considerar amigos. As pessoas "normais" são amigas dos seus amigos. Ser amigo dos inimigos já seria qualquer coisa de extraordinário (estúpido até) e fazer a vida negra aos falsos amigos é algo que não se censura a ninguém.
7 - Confio nas minhas primeiras impressões sobre as pessoas, pela única razão de que nunca uma primeira impressão me enganou. Já cheguei a dar o benefício da dúvida a pessoas que me causaram uma má primeira impressão para mais tarde concluir que não valia a pena. Hoje em dia, se não gosto de uma pessoa à primeira, sei que não vale a pena sequer tentar. É tempo perdido. E evito ao máximo as pessoas de quem não gosto.
E mais uma, de bónus.
8 - Não faço fretes. Se não quero fazer uma coisa porque não gosto ou não me apetece, ou acho que vai ser uma grande seca, não a faço só para alguém ficar mais contente. Portanto se eu faço alguma coisa ou vou algum lado, não é para fazer o jeito a ninguém, faço-o com todo o prazer. Caso contrário, estava quieta. A vida é demasiado curta para se perder tempo com coisas que não trazem nada de positivo.
29 agosto 2007
Meme
Mais vale tarde do que nunca, e portanto aqui vai, tarde, a resposta ao desafio do naked sniper.
Já ando há uns tempos a seguir esta coisa dos memes, mas ainda não consegui perceber bem do que é que se trata ou em que é que consistem, e mesmo depois de pesquisar na net, nada. Deve ser algo que me transcende. De qualquer forma, aqui ficam uns "memes", ou pelo menos, o meu entendimento do que deve ser um meme. Já agora, acrescento que muitas destas coisas dão para se ver pelos meus textos, pelo que digo, pelo que faço, e como vivo. Claro que nem todas estas coisas estão acessíveis a toda a gente, e muito menos ao mesmo tempo.
* não vivo cada dia como se fosse o último. Mas aproveito todas as oportunidades de fazer o que gosto logo que possa. Tive um amigo que dizia que a vida era para desfrutar. Só tenho pena de não ter desfrutado mais ainda, tanto a vida como a companhia dele.
* detesto esperar. "Não vá, telefone" é um lema que utilizo muitas vezes para resolver problemas. O meu pai ensinou-me que a melhor maneira de não ter que esperar numa fila era telefonar, e a verdade é que tem razão. Não é que resulte sempre (ainda hoje estive 10 minutos à espera que me atendessem, mas neste caso não havia outra hipótese e felizmente o meu telefone tem alta-voz, pelo que enquanto esperava continuei a minha vida). Por outro lado, fico fula quando estou num balcão e o telefone toca e @ funcionári@ esquece-se que estava a falar comigo e fica tempos infindos na conversa. Há sempre dois lados numa moeda.
* a minha lei de murphy favorita é "se acha que as coisas não podem piorar, é porque não tem imaginação suficiente". Mas também tenho presente que as coisas podem sempre melhorar, por muito boas que sejam.
E quem quiser fazer (segundo a filosofia do passa a outro e não ao mesmo) esteja à vontade!
Já ando há uns tempos a seguir esta coisa dos memes, mas ainda não consegui perceber bem do que é que se trata ou em que é que consistem, e mesmo depois de pesquisar na net, nada. Deve ser algo que me transcende. De qualquer forma, aqui ficam uns "memes", ou pelo menos, o meu entendimento do que deve ser um meme. Já agora, acrescento que muitas destas coisas dão para se ver pelos meus textos, pelo que digo, pelo que faço, e como vivo. Claro que nem todas estas coisas estão acessíveis a toda a gente, e muito menos ao mesmo tempo.
* não vivo cada dia como se fosse o último. Mas aproveito todas as oportunidades de fazer o que gosto logo que possa. Tive um amigo que dizia que a vida era para desfrutar. Só tenho pena de não ter desfrutado mais ainda, tanto a vida como a companhia dele.
* detesto esperar. "Não vá, telefone" é um lema que utilizo muitas vezes para resolver problemas. O meu pai ensinou-me que a melhor maneira de não ter que esperar numa fila era telefonar, e a verdade é que tem razão. Não é que resulte sempre (ainda hoje estive 10 minutos à espera que me atendessem, mas neste caso não havia outra hipótese e felizmente o meu telefone tem alta-voz, pelo que enquanto esperava continuei a minha vida). Por outro lado, fico fula quando estou num balcão e o telefone toca e @ funcionári@ esquece-se que estava a falar comigo e fica tempos infindos na conversa. Há sempre dois lados numa moeda.
* a minha lei de murphy favorita é "se acha que as coisas não podem piorar, é porque não tem imaginação suficiente". Mas também tenho presente que as coisas podem sempre melhorar, por muito boas que sejam.
E quem quiser fazer (segundo a filosofia do passa a outro e não ao mesmo) esteja à vontade!
24 agosto 2007
#61
Quando era miúda, fui de férias com uma amiga para o Algarve. Normalmente íamos para o Alentejo, e nesse ano, a meio das férias, mudámos de ideias e de poiso, a minha família, e a dela.
Quando chegámos ao destino nós (as miúdas) ficámos maravilhadas com a quantidade de coisas novas que havia para experimentarmos durante o que nos ainda restava de férias, e que seriam ainda uns quinze dias, mais coisa menos coisa. Nos primeiros dias demos a volta a tudo, mas não fizemos nada, porque não queríamos "gastar" as diversões e depois eventualmente ficar sem nada para fazer. A minha amiga é que teve essa ideia brilhante, de conhecer o terreno, observar todas as brincadeiras que seriam possíveis durante algum tempo, para depois começarmos a desfrutá-las, uma por uma. Pode soar como uma ideia muito sensata, adulta, enfim, uma belíssima ideia, mas a verdade é que me estragou as férias. Pois após esses primeiros dias de reconhecimento, apanhei uma otite que não me deixou andar ao vento ou na água até ao fim das férias (e depois também não foi fácil). Desde aí nunca mais esperei para desfrutar as coisas boas da vida. Aproveito o momento quando ele se apresenta, e não faço planos a longo prazo. Quem sabe se amanha não sou atropelada por um autocarro. Quando morrer não quero ficar a pensar nas mil e uma coisas que planeei fazer mais tarde. Agora é que estou viva, e quero aproveitar, sempre.
Quando chegámos ao destino nós (as miúdas) ficámos maravilhadas com a quantidade de coisas novas que havia para experimentarmos durante o que nos ainda restava de férias, e que seriam ainda uns quinze dias, mais coisa menos coisa. Nos primeiros dias demos a volta a tudo, mas não fizemos nada, porque não queríamos "gastar" as diversões e depois eventualmente ficar sem nada para fazer. A minha amiga é que teve essa ideia brilhante, de conhecer o terreno, observar todas as brincadeiras que seriam possíveis durante algum tempo, para depois começarmos a desfrutá-las, uma por uma. Pode soar como uma ideia muito sensata, adulta, enfim, uma belíssima ideia, mas a verdade é que me estragou as férias. Pois após esses primeiros dias de reconhecimento, apanhei uma otite que não me deixou andar ao vento ou na água até ao fim das férias (e depois também não foi fácil). Desde aí nunca mais esperei para desfrutar as coisas boas da vida. Aproveito o momento quando ele se apresenta, e não faço planos a longo prazo. Quem sabe se amanha não sou atropelada por um autocarro. Quando morrer não quero ficar a pensar nas mil e uma coisas que planeei fazer mais tarde. Agora é que estou viva, e quero aproveitar, sempre.
22 agosto 2007
#60
Tenho um amigo que começa as refeições pela sobremesa. Diz ele que a vida é curta, e se tiver que morrer antes de acabar, ao menos não lhe fica a faltar a melhor parte.
21 agosto 2007
16 agosto 2007
#58
Realmente há coisas estranhas. Há tanto tempo que vivo em Munique e ainda não me tinha passado pela cabeça que o Isar é um rio calmo e como tal, deve ser aproveitado. Felizmente tenho uns amigos com ideias brilhantes (e outras estúpidas, mas isso é outra conversa), como a de descer o Isar em barcos de borracha. Bem, podíamos tê-lo feito de canoa de madeira, como muitas outras pessoas, incluido umas que viraram e perderam as garrafas de água, chinelos, sapatilhas, e até bonés. Perderam mesmo, pois com a corrente não há maneira de os recuperar. Alguns de nós, os que vinham mais atrás, ainda apanharam algumas dessas coisas, mas os tipos da canoa virada é que nunca mais nos encontraram. (Alguém quer comprar uns ténis Nike, número 42? E chinelos adidas número 39?) Mas os barquinhos de borracha não sao nada maus, tem é que se ter cuidado para não furar, pois a viagem dura 8 horas (com duas paragens nos Biergarten que ficam pelo caminho) e nem sempre há meios de transporte nas redondezas. O meu barquito deve ter começado logo com um furo (um furinho bem pequeno) na dobra, mas lá se aguentou até ao fim sem ir ao fundo. Outras pessoas não tiveram tanta sorte, e pudemos testemunhar vários cadáveres de barcos pelo caminho (que ainda sao uns 32 km, mais coisa menos coisa). E o mais fantástico de tudo é que o rio é na sua grande parte baixinho (sao poucas as zonas onde não se tem pé), e às vezes só se vêem outros malucos de barco. E natureza, muita natureza. Nas prainhas mais escondidas (quer dizer...), aquelas de mais difícil acesso por outros meios que não o fluvial, encontra-se uma data de gente a fazer naturismo. Nunca tinha visto tantos rabos nús (e não só) numa só tarde.
13 agosto 2007
#57
Pois uma gaja passa o dia todo a trabalhar arduamente (hmm), e nem se atreve a postar as coisas que lhe passam pela cabeça enquanto está no trabalho, e de vez em quando vai escrevendo uns mails para si própria no gmail (que ficam gravados em draft)... (no fundo é a mesma coisa que escrever postes, mas em os publicar logo), e quando dá por ela, em vez de carregar no botão para gravar ou enviar, carrega no "discard". Big mistake, não dá para desfazer, e lá vão os pensamentos de um dia de trabalho (uns mais inúteis que outros) ao ar. E agora, lembro-me lá do que é que tinha escrito, não há postes para ninguém. Azarito.
Donde se prova que não há nada como um bloco de notas ou post-its. Ao menos esses mesmo que vão para o lixo ainda se podem recuperar.
Donde se prova que não há nada como um bloco de notas ou post-its. Ao menos esses mesmo que vão para o lixo ainda se podem recuperar.
12 agosto 2007
#56
Os senhores que vendem bebidas em lata e que gostam de fazer publicidade disfarçada em programas televisivos (que é como quem diz, por a malta das novelas a mostrar que bebem dessas bebidas) já pensaram (claro que não pensaram) que é muito pouco natural alguém beber de uma lata com a mão torta? Tipo até deve doer estar uns segundos a tentar equilibrar a lata na mão de maneira a que a câmara foque bem o nome do produto e tentar beber então não deve ser nada fácil. Eu até pensava que os actores deviam ser burros precisar de treino especial para pegarem nas latas daquela maneira, mas depois fiz eu própria a experiência, e não há mesmo forma de pegar numa lata para beber e mostrar ao mesmo tempo a marca.
Assim sendo, fico com a impressão que quem se lembrou de fazer publicidade desta maneira esqueceu-se que por as pessoas a beber de uma lata de forma tão pouco natural pode dar a impressão de que quem beber muitas vezes daquelas bebidas vai ficar com as mãos tortas. O que não é nada bom.
E como eu sou uma pessoa construtiva, que não só faz críticas mas propõe soluções, vejo três maneiras de resolver este problema.
A primeira, mais simples, em vez de os actores beberem mesmo, esvaziem primeiro a lata e depois façam de conta. Deve dar para pegar de maneira mais natural, e de qualquer maneira ninguém acredita que aquela gente magríssima beba seja o que for que leve mais que 0,00000001gr de açúcar.
A segunda, dá um bocado mais trabalho, é fazerem as latas de maneira a que a abertura para beber calhe num sítio onde, a pegar de forma natural na lata (ou seja, da maneira que toda a gente pega), a marca se fique a ver bem. Esta solução pode ser a mais complicada, mas pelo menos funciona na televisão, nos vídeos caseiros, e em qualquer esplanada. Publicidade alargada e parte dela gratuita, e feita pelas pessoas que têm maior confiança por parte dos consumidores - eles próprios, a família, amigos e conhecidos (e @ gaj@ ao lado que diz "quero o que a pessoa daquela mesa está a beber", só porque está sem ideias ou quer experimentar algo novo).
Terceira solução, simples e barata: ponham o pessoal a beber de palhinhas. Fácil, prático, higiénico, e com algum engenho podem até criar situações em que os actores nem sequer tenham que pegar na lata para beber.
Quem é amiga, quem é?
Assim sendo, fico com a impressão que quem se lembrou de fazer publicidade desta maneira esqueceu-se que por as pessoas a beber de uma lata de forma tão pouco natural pode dar a impressão de que quem beber muitas vezes daquelas bebidas vai ficar com as mãos tortas. O que não é nada bom.
E como eu sou uma pessoa construtiva, que não só faz críticas mas propõe soluções, vejo três maneiras de resolver este problema.
A primeira, mais simples, em vez de os actores beberem mesmo, esvaziem primeiro a lata e depois façam de conta. Deve dar para pegar de maneira mais natural, e de qualquer maneira ninguém acredita que aquela gente magríssima beba seja o que for que leve mais que 0,00000001gr de açúcar.
A segunda, dá um bocado mais trabalho, é fazerem as latas de maneira a que a abertura para beber calhe num sítio onde, a pegar de forma natural na lata (ou seja, da maneira que toda a gente pega), a marca se fique a ver bem. Esta solução pode ser a mais complicada, mas pelo menos funciona na televisão, nos vídeos caseiros, e em qualquer esplanada. Publicidade alargada e parte dela gratuita, e feita pelas pessoas que têm maior confiança por parte dos consumidores - eles próprios, a família, amigos e conhecidos (e @ gaj@ ao lado que diz "quero o que a pessoa daquela mesa está a beber", só porque está sem ideias ou quer experimentar algo novo).
Terceira solução, simples e barata: ponham o pessoal a beber de palhinhas. Fácil, prático, higiénico, e com algum engenho podem até criar situações em que os actores nem sequer tenham que pegar na lata para beber.
Quem é amiga, quem é?
11 agosto 2007
#55
O cheiro das Brezen (a que eu antes chamava pretzel até que me fartei de dizer as coisas de maneira diferente da dos bávaros, não que eles notassem) a fazer no forno espalha-se pela casa. Cheira bem. Venha o queijo e temos (tenho) lanchinho. nham nham.
Diz que estou grávida
Mas não vai ser aqui que vou falar disso. Para os fãs de babyblogues, tudo (quer dizer...) sobre o meu floco de neve, no blogue snowgaze & snowflake.
09 agosto 2007
Novidades
Vou ter que fazer outro blogue. Só me apetece escrever sobre parasitas (estive a ver o House ontem). Assuntos que não são para aqui chamados.
#53
Há um sítio em França que se chama Lapalisse. Assim mesmo, tudo junto. Passei por lá, e estive-me a rir do nome uns 5 minutos. Ainda assim, em Portugal há sítios com nomes melhores. Por exemplo, "Azia", "João Roupeiro" e "Maria Vinagre". Assim só para citar 3 num raio de 5km (ou menos).
Managing the workload
Ora aí está um tópico na moda. É empilhar o trabalho (mais rápido que fazer uma lista) e fazê-lo. Em caso de dificuldades, desligar a ligação à net.
07 agosto 2007
#52
As férias de verão servem para poucas coisas, mas de grande valor. Uma é para apanhar sol à fartazana. Outra, para molhar os pés (pelo menos) no Atlântico. E outra ainda, é para ler os livros todos que conseguir enfiar naquela meia dúzia de dias que sabem sempre a pouco (os dias, os livros, depende). Ora este ano, depois de uma pilha considerável, de alguns livros brilhantes, outros assim assim, outros que não valiam nada e um que nem me dei ao trabalho de acabar de ler porque estava a engonhar demais para o meu gosto (li cerca de 200 páginas de um total de 500, mais coisa menos coisa), ficou um ensinamento. Há para aí muitos livros que pretendem ser traduções de originais em inglês. No entanto, para traduções para português de Portugal deixam muito a desejar. Assim sendo, e porque as más traduções me irritam, vou deixar de ler livros em português quando o original seja em inglês. Não finjo ser mais entendida em inglês português do que alguns tradutores. Sou mesmo.
06 agosto 2007
13 julho 2007
#50
Durante anos passei defronte daquele café com bom aspecto. Via as velhotas, a meio da tarde, a tomarem o seu cafezinho acompanhado de fatias de bolos. As janelas enormes, os empregados fardados, as mesas completamente cheias. De gente velha, pois os velhos é que têm tempo para as coisas boas da vida.
Andava eu a queixar-me de que em Munique não há bolos de jeito. Que não há uma cultura "de café" ou melhor,de "ir ao café", de "lanchar". Afinal há, mas está reservada aos que sabem onde ir, e têm tempo para isso. Lição aprendida, de hoje em diante eu vou é onde as velhotas estiverem.
Andava eu a queixar-me de que em Munique não há bolos de jeito. Que não há uma cultura "de café" ou melhor,de "ir ao café", de "lanchar". Afinal há, mas está reservada aos que sabem onde ir, e têm tempo para isso. Lição aprendida, de hoje em diante eu vou é onde as velhotas estiverem.
12 julho 2007
Doidos
Podia comprar o Harry Potter online. Tê-lo na minha porta no dia em que sai. E sairia barato. A chatice é que no dia em que o último livro do feiticeiro e companhia sair, eu não vou estar em casa. Vou estar de férias. E não posso esperar. Portanto, e arriscando-me (é quase certo) a pagar o triplo do que pagaria se comprasse o livro na net, vou arranjar o livro em Portugal, quando ele sair. E deliciar-me na praia a ler o capítulo final, enquanto tenho tempo para isso. Sim, que quando as férias acabarem acaba-se-me o tempo (e a paciência, mais que o tempo) para ler livros.
Sei que não estou só. Os meus amigos que vão de férias e gostam do Harry também deixaram a compra para o lugar onde estiverem no dia 21. Somos todos doidos. Mas somos felizes assim.
Sei que não estou só. Os meus amigos que vão de férias e gostam do Harry também deixaram a compra para o lugar onde estiverem no dia 21. Somos todos doidos. Mas somos felizes assim.
#49
Falo pelos cotovelos, mas descobri uma maneira de estar calada. Apanhei uma constipação que me deixou completamente rouca. É que nem vale a pena tentar dizer mais que duas frases seguidas. E falar alto ou mandar um berro está completamente fora de questão. É o resultado do "verão" de Munique.
11 julho 2007
#48
O tipo mais feminista que eu conheço é um homem extraordinário. Tem um trabalho de responsabilidade, é chefe, contrata todas as mulheres que pode (o que na área em que trabalha não é nada fácil) e dá-lhes oportunidades de se realizarem profissionalmente. Tem mais de 50 anos, e defende em público aquilo que acredita - que as mulheres têm imensas capacidades para cargos de gestão, particularmente depois de fazerem o que por aqui se chama de "baby-pause" - ficarem em casa durante uns anos enquanto os miúdos são muito pequenos.
Fala e pratica aquilo em que acredita. Eu conheço este homem há relativamente pouco tempo, por isso não sei se ele foi sempre assim ou se a vida o tornou num feminista ferrenho. De qualquer forma, ter um filho e quatro filhas só pode ter ajudado.
Fala e pratica aquilo em que acredita. Eu conheço este homem há relativamente pouco tempo, por isso não sei se ele foi sempre assim ou se a vida o tornou num feminista ferrenho. De qualquer forma, ter um filho e quatro filhas só pode ter ajudado.
10 julho 2007
#47
Os moleskines (e suas variações) são giros. Lindos. Dão vontade de escrever. Mas têm um problema grave. De tão especiais, parece que ali não há lugar para a escrita de todos os dias. Ninguém se lembraria de conspurcar uma daquelas páginas com uma lista de compras. Ao olhar para aquelas capas lindíssimas espera-se que o conteúdo seja digno daquela encadernação. E parece impossível corresponder a tão altas expectativas.
Há umas semanas vi uns cadernos assim, lindos. Desses onde só se deveriam escrever coisas importantes. Com letra bonita e ilustrações a condizer. Achei que não tinha nada assim tão importante que merecesse ser escrito num caderno tão bonito (e caro). Passados quinze dias mudei de ideias. Alguém tem que escrever uma lista de compras naquele caderno um dia - e vou ser eu. Depois de destruir a mítica do caderno, vou recriá-la.
Há umas semanas vi uns cadernos assim, lindos. Desses onde só se deveriam escrever coisas importantes. Com letra bonita e ilustrações a condizer. Achei que não tinha nada assim tão importante que merecesse ser escrito num caderno tão bonito (e caro). Passados quinze dias mudei de ideias. Alguém tem que escrever uma lista de compras naquele caderno um dia - e vou ser eu. Depois de destruir a mítica do caderno, vou recriá-la.
09 julho 2007
#46
Quando dou por mim a cantarolar uma música qualquer, gosto de a pôr a tocar. A prova de que tenho CDs a mais é que dou por mim a procurar na net mp3s de músicas que tenho em CD. Só falta mandar para o leitor de mp3. Que é como quem diz, digitalizar e copiar para o leitor. E lembrar-me daquilo que tenho. Ai a minha cabeça.
08 julho 2007
#45
O gajo mais convencido que conheço comprou o domínio da internet com o nome dele. A página está praticamente em branco. O tipo continua sem nada para escrever. Será que está à espera que lhe aconteça alguma coisa (tipo ser-lhe oferecido um grande cargo político) para depois não ter tempo de escrever?
07 julho 2007
#44
Para não me chatear e evitar mal entendidos, passei a tratar o meu namorado por meu Mann (marido, homem). Nas lojas, hotéis, e dia a dia é bastante mais prático tratarmo-nos por "o meu homem" e "a minha mulher". Ao mesmo tempo, para não me chatear e evitar mal entendidos, continuo a dizer que não há Frau X lá em casa. Dá um jeitaço quando as empresas de marketing telefonam a perguntar pelo senhor que teve a brilhante ideia de colocar o seu número de telefone na lista. Ele não está. E a mulher dele também não.
06 julho 2007
#43
Há por aí quem se dispa para protestar. Tirar a roupa é muito bonito, chama a atenção e tal, mas não vai ajudar a mudar situação nenhuma. A não ser que ponham gente muito feia (e é preciso lembrar que a fealdade, tal como a beleza, é relativa) a despir-se em público. Tão feia (velha, gorda, enrugada, estropiada, sei lá, se até os trolls são bonitos é difícil pôr por palavras o que é que é feio) que ninguém volte a querer ver aquela gente nua.
Agora se é só para fazer de conta, tirem a roupa para protestar contra tudo e mais alguma coisa. A favor da liberdade de expressão. Contra o governo. Contra as juntas médicas. Contra a extinção dos burros (os de quatro patas, que os outros parece que se multiplicam mais rapidamente que coelhos). Contra a feijoada à hora do jantar. you name it.
Agora se é só para fazer de conta, tirem a roupa para protestar contra tudo e mais alguma coisa. A favor da liberdade de expressão. Contra o governo. Contra as juntas médicas. Contra a extinção dos burros (os de quatro patas, que os outros parece que se multiplicam mais rapidamente que coelhos). Contra a feijoada à hora do jantar. you name it.
05 julho 2007
#42
Agora que chegou o Inverno* só consigo pensar nas férias de verão. Daqui a pouco. Em Portugal.
*frio e chuva, o costume para esta altura do ano
*frio e chuva, o costume para esta altura do ano
03 julho 2007
#41
Algumas pessoas só dão problemas. Outras apenas têm soluções para problemas que não existem. As primeiras chateiam, as segundas irritam.
02 julho 2007
#40
Para evitar trabalhar, basta fazer com que os outros trabalhem. Ter a iniciativa de mandar delegar, pedir opiniões aos outros (qual é o problema? e já agora, qual é a solução), é uma arte que traz recompensas.
29 junho 2007
#39
Vai uma pessoa ao shopping, que isto por aqui é muito moderno até há uns shoppings e tudo, em versão miniatura, mas enfim, e claro que como por aqui não há grandes escolha quanto a shoppings, aquilo estava a abarrotar e não havia quase lugar onde pôr o carro. Vai daí, olho para a imensa fila reservada aos deficientes, quase cheia de carros sem nenhum ar de pertencerem a deficientes (só se fossem deficientes mentais, mas adiante), e começo logo a pensar, mas porque é que de todos os shoppings que por aqui existem (todos os dois) eu tinha que vir a este, o único que não tem lugares reservados para mulheres desacompanhadas ou acompanhadas de bebés (que não tenho, mas ainda há a cadeirinha no banco de trás, por isso disfarçava). Decidi estacionar quase no fim da tal fila, pensando de mim para comigo que se algum deficiente aparecesse ele iria reclamar primeiro os lugares perto da porta, bem longe de onde eu enfiei o meu carrito. Saio da viatura, fecho a porta, olho para o carro lado, e vejo uma cena que me ficará gravada na memória por muito tempo. À beira disto, os pais da Maddie sao os melhores pais do mundo, de uma preocupação extrema com os filhos, responsáveis e merecedores de uma medalha ou duas. E só acredito nisto porque vi com os meus próprios olhos, e fiquei a olhar durante alguns minutos como se estivesse à espera que fosse uma miragem e a qualquer momento a minha visão retomasse a normalidade. No entanto os meus olhos estavam a ver muito bem. E a verdade, a cena que se desenrolava perante mim, era a de um automóvel fechado, com uma criança a dormir lá dentro. Na cadeirinha de bebé. Sozinha. Sabe-se lá há quanto tempo. A mais de 50 metros da porta, e a mais ainda da loja onde os paizinhos se entretinham.
Pelos vistos os raptos de crianças não impressionam toda a gente.
Pelos vistos os raptos de crianças não impressionam toda a gente.
28 junho 2007
27 junho 2007
#37
Há quem esteja pior que tu.
Pois há, mas também há quem esteja melhor, e eu não vou nivelar a minha vida por baixo.
Pois há, mas também há quem esteja melhor, e eu não vou nivelar a minha vida por baixo.
26 junho 2007
Livros
A pedido do João, aqui vai a lista de alguns dos livros que li ultimamente. A verdade é que leio mais quando estou de férias, principalmente no verão, e durante o ano as minhas leituras resumem-se a trabalho, e já não é pouco. Assim sendo, dos 20-30 livros (?) que leio por ano, mais de metade são devorados junto ao mar. E a minha dose deste ano ainda está para vir.
Aqui estão então, os livros que eu li nos últimos tempos (pelo menos os que me lembro):
A Ilha das Trevas, de José Rodrigues dos Santos. Li-o num fim de semana, era uma prenda de anos - deste ano - da minha mana (obrigada, obrigada). Conta a história, ou as histórias, de Timor, e o longo caminho até à independência. Gostei muito, principalmente porque apesar de ser um romance (um bocado trágico demais para romance, mas enfim) a história é baseada em factos reais.
Blue shoes and happiness, de Alexander McCall Smith. Gosto dos livros deste homem, e gosto particularmente dos livros desta colecção. Se há livros que me dão vontade de sublinhar, este é um deles. São histórias simples e cativantes, que nos levam para outro país e outra cultura, outro sol, e outro ritmo de vida.
Mortadelo e Filemón - não é bem um livro, é mais banda desenhada, e em espanhol porque é assim que me faz rir. Gosto dos desenhos, das tropelias, da violência, e das palavras que noutras línguas seriam proibidas.
Ainda ando a ler um livro electrónico, "Unleashing the ideavirus", de Seth Goodin. Vou a meio. Gosto de livros de marketing desde há uns anos, e de marketing e publicidade, acho que dizem muito sobre as pessoas apesar de muitas empresas ignorarem este tipo de conhecimento. E também sorrio para mim própria quando apanho um vendedor a utilizar boas técnicas de marketing. Não é todos os dias.
Outro que ando a ler há muito mais tempo, é o denso "A short story of nearly everything", de Bill Bryson. Emprestado por um amigo (péssima ideia), já li umas duzentas páginas e não consegui voltar a pegar-lhe. É um livro muito interessante, que fala de quase tudo, por exemplo temperaturas máximas e mínimas do universo, como se chegou à medida da Terra, e coisas assim, pelo menos, mas lê-lo é um bocado como estudar. Dá muito trabalho. Da última vez que fui a Portugal vi uma tradução para português na FNAC.
E é isto. Vindo o verão, tenho na pilha os 100 anos de solidão, que ando para ler há séculos, "o pequeno amigo" (um livro bem pesado), e alguns livros da Agatha Christie. E tenciono comprar (e ler) o Harry Potter logo que saia, esteja eu onde estiver.
Não vou passar a lista a ninguém. Quem quiser, que use a caixa de comentários par deixar a sua lista de livros.
Aqui estão então, os livros que eu li nos últimos tempos (pelo menos os que me lembro):
A Ilha das Trevas, de José Rodrigues dos Santos. Li-o num fim de semana, era uma prenda de anos - deste ano - da minha mana (obrigada, obrigada). Conta a história, ou as histórias, de Timor, e o longo caminho até à independência. Gostei muito, principalmente porque apesar de ser um romance (um bocado trágico demais para romance, mas enfim) a história é baseada em factos reais.
Blue shoes and happiness, de Alexander McCall Smith. Gosto dos livros deste homem, e gosto particularmente dos livros desta colecção. Se há livros que me dão vontade de sublinhar, este é um deles. São histórias simples e cativantes, que nos levam para outro país e outra cultura, outro sol, e outro ritmo de vida.
Mortadelo e Filemón - não é bem um livro, é mais banda desenhada, e em espanhol porque é assim que me faz rir. Gosto dos desenhos, das tropelias, da violência, e das palavras que noutras línguas seriam proibidas.
Ainda ando a ler um livro electrónico, "Unleashing the ideavirus", de Seth Goodin. Vou a meio. Gosto de livros de marketing desde há uns anos, e de marketing e publicidade, acho que dizem muito sobre as pessoas apesar de muitas empresas ignorarem este tipo de conhecimento. E também sorrio para mim própria quando apanho um vendedor a utilizar boas técnicas de marketing. Não é todos os dias.
Outro que ando a ler há muito mais tempo, é o denso "A short story of nearly everything", de Bill Bryson. Emprestado por um amigo (péssima ideia), já li umas duzentas páginas e não consegui voltar a pegar-lhe. É um livro muito interessante, que fala de quase tudo, por exemplo temperaturas máximas e mínimas do universo, como se chegou à medida da Terra, e coisas assim, pelo menos, mas lê-lo é um bocado como estudar. Dá muito trabalho. Da última vez que fui a Portugal vi uma tradução para português na FNAC.
E é isto. Vindo o verão, tenho na pilha os 100 anos de solidão, que ando para ler há séculos, "o pequeno amigo" (um livro bem pesado), e alguns livros da Agatha Christie. E tenciono comprar (e ler) o Harry Potter logo que saia, esteja eu onde estiver.
Não vou passar a lista a ninguém. Quem quiser, que use a caixa de comentários par deixar a sua lista de livros.
#36
Está uma gaja sozinha em casa, sossegadita, a preparar um lanchinho num dia de sol e a pensar no próximo projecto (pintar uma moldura para depois emoldurar um postal giro que comprei nas "férias"), e claro que com a boa disposição, as mãos ocupadas, e a aparelhagem desligada, alguém tinha que providenciar a banda sonora. Desatei a cantar (o stand by me, se é que alguém precisa de saber). Claro que a meio da canção, e logo na parte em que cantava mais alto, me entra uma data de gente casa adentro. Não, não era a polícia, era mesmo a família alargada. E o avô a entrar pela porta e a perguntar se eu tinha posto a música aos berros. Não, era mesmo eu.
25 junho 2007
#35
Um gajo vai ao dermatologista queixar-se de que um sinal fez comichão. O médico analisa, diz que não é nada, mas já agora, tira-se e manda-se analisar. Em 5 minutos o gajo corta, limpa, e manda o paciente (sim, é preciso paciência para estas coisas) embora. Não doeu nada.
23 junho 2007
#33
Para conquistar o público de 30 anos (mais 5, menos 5) é falar-lhes das coisas da sua infância e adolescência. É tiro e queda, ficam logo para ali a sonhar, a falar uns com os outros como se tivessem acabado os desenhos animados e estivesse na hora de discutir as partes boas.
22 junho 2007
#32
Chamo aos meus dedos dos pés "fingers" (e sei bem que são "toes"), e quem é que se ri de mim, quem é? Certas e determinadas pessoas, que chamam às luvas sapatos para as mãos ("Handschuhe").
21 junho 2007
#31
Sentados num banco, cheios de sono, no centro de uma cidade europeia a abarrotar de turistas (mas de onde é que vem tanta gente?), à hora da sesta, esperámos que os outros ocupantes se sentissem intimidados e fossem à vida deles. Depois - ahahah o banco é nosso! - deitámo-nos cada um de seu lado, a fazer lembrar um sem-abrigo, que naquele momento era o que éramos, sem tecto e sem quarto por umas horas e a precisar tanto de dormir que mesmo ali, ao lado de carros, motas, e autocarros que passavam, adormecemos. Acordámos passados uns bons quinze minutos - eu bem que podia ter dormido mais um bocado - porque uns vendedores ambulantes se tinham instalado mesmo ao nosso lado. E ficámos a observá-los durante mais de uma hora, pelo canto do olho, como quem está ainda meio a dormir e não quer saber daquilo para nada. Os rapazes vendiam malas de senhora. Dolce e Gabana e Prada, diziam eles. A 20 euros as mais pequenas, 30 as grandes, 20 se o cliente fosse duro de roer. O negócio estava fraquito, mas ainda assim conseguiram vender umas 5 ou 6 durante aquela hora em que os espiámos. E os clientes, surpresa das surpresas, eram na maioria homens.
A parte mais interessante disto tudo era a maneira como o sistema estava montado. O rapaz usava calças com uma data de bolsos, e em cada um havia uma surpresa. Num deles, sacos do Lidl, para enfiar as malas vendidas. O dinheiro que recebia, guardava na dobra das meias. Quando vendia uma mala, tirava outra de um saquito que tinha às costas, daqueles de desporto que os miúdos da primária usam. Podia vender uma mala por 30 euros sob o argumento de ser "única", ou talvez "a única", e minutos depois tirar outra, igualizinha, do saquito que trazia às costas. A área de exposição consistia num pano que teria pouco mais de um metro quadrado, cujas pontas estavam atadas a uma corda. Enquanto o rapaz tentava fazer negócio e atrair clientes, segurava as cordas o tempo todo, pronto para agarrar na trouxa e se por a fugir dali para fora enquanto o diabo começa a esfregar o olho. E o outro rapaz, ao lado do primeiro, fazia o mesmo. De vez em quando um dos rapazes concentrava-se mais no negócio, e o outro então observava a rua, acima e abaixo com atenção, à espera de um sinal de alerta.
O que eu queria ver era o que aconteceria se a polícia aparecesse. Mas não tive sorte. Lá nos fartámos de ali estar e fomos passear mais um bocado. Rua acima mais rapazes, o mesmo esquema, os mesmos panos, as mesmas cordas. Às tantas estavam organizados. E não, não comprei nada.
A parte mais interessante disto tudo era a maneira como o sistema estava montado. O rapaz usava calças com uma data de bolsos, e em cada um havia uma surpresa. Num deles, sacos do Lidl, para enfiar as malas vendidas. O dinheiro que recebia, guardava na dobra das meias. Quando vendia uma mala, tirava outra de um saquito que tinha às costas, daqueles de desporto que os miúdos da primária usam. Podia vender uma mala por 30 euros sob o argumento de ser "única", ou talvez "a única", e minutos depois tirar outra, igualizinha, do saquito que trazia às costas. A área de exposição consistia num pano que teria pouco mais de um metro quadrado, cujas pontas estavam atadas a uma corda. Enquanto o rapaz tentava fazer negócio e atrair clientes, segurava as cordas o tempo todo, pronto para agarrar na trouxa e se por a fugir dali para fora enquanto o diabo começa a esfregar o olho. E o outro rapaz, ao lado do primeiro, fazia o mesmo. De vez em quando um dos rapazes concentrava-se mais no negócio, e o outro então observava a rua, acima e abaixo com atenção, à espera de um sinal de alerta.
O que eu queria ver era o que aconteceria se a polícia aparecesse. Mas não tive sorte. Lá nos fartámos de ali estar e fomos passear mais um bocado. Rua acima mais rapazes, o mesmo esquema, os mesmos panos, as mesmas cordas. Às tantas estavam organizados. E não, não comprei nada.
20 junho 2007
#30
há coisas que me intrigam
Há quem trabalhe muito e se queixe de que ninguém se apercebe disso. Será que essas pessoas já experimentaram trabalhar pouco a ver se alguém notava?
19 junho 2007
18 junho 2007
#28
E quando eu for uma velha muito velha, mas uma velhota hard-core daquelas cujo desporto favorito é passar o dia em frente ao computador a surfar a net e a jogar jogos para maiores de 18 (já que se é velha, é aproveitar), será que também vou meter o dinheiro debaixo do colchão e andar na rua com as moedinhas todas enfiadas num saquinho de plástico da farmácia?
De uma coisa tenho a certeza: vou ser uma velha muito chata, daquelas que só fazem o que lhes apetece e dizem o que lhes vai na cabeçamesmo que principalmente quando os outros não gostam de ouvir. E vou passar rasteiras com a bengala a quem me chatear.
De uma coisa tenho a certeza: vou ser uma velha muito chata, daquelas que só fazem o que lhes apetece e dizem o que lhes vai na cabeça
17 junho 2007
#27
O barulho ininterrupto de carros e de um mar de gente a acompanhá-los (e buzinas, e motas, e autocarros), tanto que nem se ouvem os aviões a passar por cima de nós. Já não tem piada. Mesmo com coisas deliciosas a acompanhar.
O barulho dos pássaros, isso é que é.
O barulho dos pássaros, isso é que é.
16 junho 2007
#26
Almoço à beira mar. Ou um café. À beira rio. Em frente a um monumento que, se não é património mundial, podia ser.
Momentos assim não precisam de mais nada para serem perfeitos.
Momentos assim não precisam de mais nada para serem perfeitos.
12 junho 2007
#25
Quem era a miúda que lá estava (não sei). Como se chamava (não sei). Tinha cabelo curto ou comprido (não sei). Cabelo castanho ou loiro (não sei). Era alta ou normal (não sei). Então quem era, pá? Não sei, mas tinha uma camisa da Mango daquele tecido muito macio, castanha e aos quadrados pequenos pretos.
11 junho 2007
10 junho 2007
#23
A vantagem de trabalhar em dias de descanso é que não há ninguém a vigiar. Trabalha-se à hora que se quer, para-se as vezes que apetecer, e pelo meio vão-se fazendo outras coisas. Ainda assim, prefiro não ter que fazer nenhum (vulgo coçar os tomates).
09 junho 2007
#22
Uma grande vantagem de se ser/estar emigrado é que passamos a apreciar o dobro das coisas. Mais até. Pois se antes me sabia bem uma bola de Berlim (a sério, das que têm creme de ovo), ou melhor, qualquer bolo com creme de ovo, agora aprecio muito mais estas delícias sempre que lhes ponho a vista em cima (e o dente!). Se por um lado se aprecia aquilo que não se pode ter tão frequentemente, por outro passa-se a gostar de coisas novas. Apfelstrudel com molho de baunilha quente, por exemplo. Os morangos apanhados por nós nos campos. Morangos silvestres, tão pequeninos, com o sabor concentrado. Nunca antes disto tinha verdadeiramente apreciado comida.
08 junho 2007
#21
Transformar um dever num prazer pode não ser fácil. Transformar um prazer num dever é uma arte. E faz com que a vida seja ainda mais agradável.
07 junho 2007
#20
Não posso ter medo de fazer as coisas. Nem tenho razão para isso. Tenho tendência para me esquecer que me posso comportar como sempre fiz e sair-me bem. Quero (e vou) é voltar a ser como sou. E ainda bem que me lembrei disto - foi mesmo a tempo.
06 junho 2007
isto não é um poste (nem um post)
A Micas, que é uma querida, ofereceu a este tasco o prémio "thinking blogger award", que a gerência agradece. Não sei onde isto começou, e desconfio que só vai acabar quando der a volta a toda a blogosfera, mas é uma ideia gira, por isso, aqui vão as minhas nomeações (isto sim, é que me fez pensar!).
Três blogues que me fazem rir, e para rir é preciso pensar primeiro:
o blogue da Florença
o blogue do Tiago na Suécia
E o blogue da Bad girl
Mais o blogue que me faz pensar que nunca na vida vou conseguir acertar com a gramática alemã, o TAGL do PQz
Um blogue que me faz rir, apesar de ser um bocadinho triste, que me faz pensar que todas as vidas têm os seus momentos maus, que vistos a uma distância suficiente, também nos podem fazer sorrir: a casa da sogra.
#19
Há alguém que ainda veja anúncios? Que não responda instintivamente à subida repentina e sem aviso do som do televisor com a súbita mudança de canal, ou a pressão imediata sobre o botão "mute"? Se calhar sou só eu. É que se antigamente eu punha o som mais alto para que, enquanto ia à casa de banho ou à cozinha, fosse imediatamente avisada assim que o intervalo acabasse, essa função hoje em dia foi totalmente dizimada. Pois se é fácil apercebermo-nos de que o som aumenta quando começa a publicidade, enquanto um gajo está na casa de banho não se apercebe que o som baixou, e como tal, o programa que se estava a ver recomeçou. Para além disto, como o som dos anúncios sobe exponencialmente, não há maneira de deixar a televisão naquelas alturas, não vão os vizinhos mandar-me de volta para a pátria. Resumindo, os anúncios perderam a sua função de avisadores de início e fim de intervalo e consequentemente, de balizas do tempo que se podia dedicar a outras actividades sem correr o risco de perder o nosso programa favorito.
Claro que há duas versões (pelo menos) desta história. Pois se a função histórica do intervalo (pelo menos, na história da minha vida, acredito que a função inicial dos intervalos publicitários fosse outra, porventura a de informar as pessoas sobre os produtos que lhes facilitariam a vida) foi eliminada, outra utilidade para os ditos se revelou. Isto para quem a quis aproveitar. Ora vejamos, a malta dos computadores (assim dito de um modo muito geral) apercebeu-se que isto era uma oportunidade fantástica, nomeadamente para eliminar os anúncios quando o programa é gravado. Criaram então uns gravadores de DVD (maravilha das maravilhas) fantásticos, que têm um filtro que faz o seguinte: ao detectar que o som subiu bastante e subitamente, reconhecem que chegou o intervalo publicitário, e param de gravar*. Genial não?
Isto é o que já foi feito. Eu tenho outra ideia. Toda a gente recebe, por email, messenger, chat, and so on, vídeos de publicidade. Publicidade divertida, com piada, inteligente, em suma, anúncios que vale a pena ver. E as pessoas vêem essa publicidade de boa vontade, sem irem a correr para a casa de banho, ou irem ao frigorífico buscar uma cerveja, ou fugirem para a cozinha para fazer umas pipocas. Ou uma piza. O cúmulo dos cúmulos é haver pessoas que se dispõem a pagar bilhetes para passarem horas a ver publicidade (já ouviram falar na "noite da publicidade"?)
Então porque é que não esquecem os anúncios chatos, deprimentes, irritantes, e limitam-se a passar anúncios dos bons nos intervalos da televisão? Até podiam por um site na net com os anúncios para as pessoas verem e mostrarem aos amigos, e escolhiam só os melhores para passar na televisão. Já imaginaram uma televisão em que as pessoas aproveitassem os programas/filmes/séries para tratarem de coisas urgentes como ir à casa de banho, mas ficassem sentadinhas a apreciar a publicidade?
*para funcionar, o filtro não pode ser assim tão simples, senão iria cortar também os picos de som de um filme, por exemplo. mas a ideia básica, é esta
Claro que há duas versões (pelo menos) desta história. Pois se a função histórica do intervalo (pelo menos, na história da minha vida, acredito que a função inicial dos intervalos publicitários fosse outra, porventura a de informar as pessoas sobre os produtos que lhes facilitariam a vida) foi eliminada, outra utilidade para os ditos se revelou. Isto para quem a quis aproveitar. Ora vejamos, a malta dos computadores (assim dito de um modo muito geral) apercebeu-se que isto era uma oportunidade fantástica, nomeadamente para eliminar os anúncios quando o programa é gravado. Criaram então uns gravadores de DVD (maravilha das maravilhas) fantásticos, que têm um filtro que faz o seguinte: ao detectar que o som subiu bastante e subitamente, reconhecem que chegou o intervalo publicitário, e param de gravar*. Genial não?
Isto é o que já foi feito. Eu tenho outra ideia. Toda a gente recebe, por email, messenger, chat, and so on, vídeos de publicidade. Publicidade divertida, com piada, inteligente, em suma, anúncios que vale a pena ver. E as pessoas vêem essa publicidade de boa vontade, sem irem a correr para a casa de banho, ou irem ao frigorífico buscar uma cerveja, ou fugirem para a cozinha para fazer umas pipocas. Ou uma piza. O cúmulo dos cúmulos é haver pessoas que se dispõem a pagar bilhetes para passarem horas a ver publicidade (já ouviram falar na "noite da publicidade"?)
Então porque é que não esquecem os anúncios chatos, deprimentes, irritantes, e limitam-se a passar anúncios dos bons nos intervalos da televisão? Até podiam por um site na net com os anúncios para as pessoas verem e mostrarem aos amigos, e escolhiam só os melhores para passar na televisão. Já imaginaram uma televisão em que as pessoas aproveitassem os programas/filmes/séries para tratarem de coisas urgentes como ir à casa de banho, mas ficassem sentadinhas a apreciar a publicidade?
*para funcionar, o filtro não pode ser assim tão simples, senão iria cortar também os picos de som de um filme, por exemplo. mas a ideia básica, é esta
05 junho 2007
#18
Há dias em que descubro que não sei nada. Nem sequer sobre as coisas que julgava que sabia o suficiente. Só sei que nem nada sei. É o que dá passar demasiado tempo na net.
04 junho 2007
#17
Os gajos que vendem/produzem/criam DVDs (chamem-lhes o que quiserem) são uns chatos. É que até tiram a vontade de continuar a comprar seja o que for que eles façam. Um gajo compra um DVD. Quer ver o DVD, mete-o no leitor de DVDs. Carrega no play, e o filme (a série, os desenhos animados, a peça de teatro, o videoclip,...) começa. Quer dizer. Era bom que começasse. O que se inicia é mas é uma seca de um minuto ou dois a dar uma grande lição de moral, que copiar DVDs é pecado, e que quem anda para aí a fazer downloads ilegais vai para o inferno, quer dizer, para a cadeia. E se começassem a meter esse aviso num sítio que eu cá sei? ... Por exemplo, nos vídeos que andam efectivamente a ser descarregados da net. É que nos DVDs que vêm das lojas não vale a pena. Eu já comprei o DVD, está pago, estão para aí a ameaçar de quê? Têm medo que o devolva? A loja não aceita. E se a minha ideia fosse copiá-lo para o distribuir pelos milhões de utilizadores da internet (avé) com certeza que não era esse minuto inicial de qualquer DVD que me ia dissuadir. Senhores da indústria dos DVDs, têm poucas hipóteses (três, pelas minhas contas): ou criam um software que realmente impeça a cópia (e aí dão cabo da indústria dos gravadores de DVDs e da indústria que produz os DVDs virgens), ou passam a vender o material a um preço tão baixo que compense o trabalho que dá procurar o mesmo conteúdo na net (com o youtube e outros serviços, está cada vez mais fácil, caso não tenham reparado). Ou então, acrescentem alguma coisa ao DVD que não dê para obter por outros meios. Autógrafos, posters, livros, vales para o cinema, ou outra coisa qualquer. Sejam criativos. E já agora, não esqueçam que o mais provável é que os DVDs sejam artigo de oferta. Tornem-no atractivo no mercado em que ele realmente está. E deixem de irritar o pessoal com o filmezinho ameaçador. Os filmes descarregados da net não ameaçam nem chateiam ninguém. Se alguém ainda compra os vossos DVDs é porque há ali alguma mais valia. Descubram qual é e aproveitem-na.
03 junho 2007
#16
Quilómetros e quilómetros de autoestrada atravessam este país imenso. Sem portagens. Com zonas sem limite de velocidade. Há duas consequências imediatas: toda a gente que não pode comprar um porsche, aluga um assim que tem oportunidade, e vai testá-lo na Autobahn. A outra é que as informações de trânsito ignoram o que se passa na cidade, e resumem-se aos "Stau" (engarrafamentos) nas autoestradas. Quilómetros e quilómetros de estrada sem limites de velocidade onde os carros ficam parados. A qualquer hora do dia ou da noite.
02 junho 2007
#15
Se comermos sempre primeiro o pão de ontem, para que não se estrague, a probabilidade de comer pão fresco diminui drasticamente. A vida é demasiado curta para comer pão duro.
01 junho 2007
#14
No mundo da publicidade, já nada me espanta. Aliás, só fico surpreendida se não me prometerem este mundo, o outro, o que há-de vir, e juntarem ainda tudo o que já foi. Por exemplo, se antes estavam na moda os dois em um, depois substituídos pelos três em um e os quatro em um, agora a promessa é o "tudo em um". Se as lâminas das giletes (seja qual for a marca, uma gilete é uma gilete) têm aumentado progressivamente de número por máquina (mas se aquilo é manual como é que se lhe pode chamar máquina? e se tem mais que uma lâmina também não se lhe pode chamar "lâmina"? o melhor é ficar mesmo pela gilete, assim escrito por forma a não descriminar as outras marcas, se bem que se elas não sabem, já deviam saber que esta corrida já a perderam há muito tempo. sim, o marketing é lixado.) espero o dia em que cada gilete terá 10 lâminas ou mais ainda, até que se lembrem de inventar outra coisa qualquer. E quanto à banda larga na net, meus amigos, qualquer empresa que ofereça menos que "velocidade até ao infinito", para mim, não vale nada. Afinal de contas, se o que anunciam é sempre o limite máximo, e não o mínimo ou o que normalmente é prestado, porque é que se hão-de ficar pela meia dúzia de megabytes? Sejamos realistas, o céu - que é como quem diz o infinito, o ilimitado - é o limite.
31 maio 2007
#13
OK, vemo-nos então no sítio tal, à hora tal, mas como é que eu sei que és tu?
Fácil, sou a gaja morena, alta, e gira. E se com isto não me identificares, também não vale a pena encontrarmo-nos.
Fácil, sou a gaja morena, alta, e gira. E se com isto não me identificares, também não vale a pena encontrarmo-nos.
30 maio 2007
29 maio 2007
#11
Podia falar do periodo, mas apetece-me é falar de mamas. Coisas de gajas, portanto.
Há uns anos tinha uns amigos que se entretinham durante horas a tentar perceber como é que as estrelas pop variavam o tamanho do busto dia sim, dia não. Havia (ainda deve haver) sítios na net dedicados a comparar fotos das tais estrelas em dias diferentes, com roupas diferentes, e onde se atribuíam diversos tamanhos/copas aos seios da dita estrela. Ora aumentava, ora diminuía, pelo que não podia ser uma questão de plásticas. Naquela altura eu não percebia como é que aquilo podia ser um passatempo tão fascinante. Podia pensar em várias razões para o peito mudar de tamanho, e em diversas maneiras de fazer parecer que o peito muda de tamanho sem engordar/emagrecer ou recorrer a cirurgia. Alguns anos mais tarde perdi a vergonha, e divirto-me a usar decotes e a utilizar soutiens que, bom, dão outro aspecto às meninas. Não ando a enganar ninguém - quem tem o direito de saber o que ali se esconde sabe muito bem o que se passa - e não tenho culpa se há quem não perceba o que se passa. De vez em quando apanho um amigo meu a olhar para mim (quer dizer...) com um ar baralhado. E por mais que eu lhe explique que são truques, ele, de umas vezes para as outras, esquece-se e volta a perguntar-me o que é que fiz.
Com soutien, sem soutien, com wonderbra ou outras coisas. As mamas são minhas, e faço com elas o que me apetecer.
Há uns anos tinha uns amigos que se entretinham durante horas a tentar perceber como é que as estrelas pop variavam o tamanho do busto dia sim, dia não. Havia (ainda deve haver) sítios na net dedicados a comparar fotos das tais estrelas em dias diferentes, com roupas diferentes, e onde se atribuíam diversos tamanhos/copas aos seios da dita estrela. Ora aumentava, ora diminuía, pelo que não podia ser uma questão de plásticas. Naquela altura eu não percebia como é que aquilo podia ser um passatempo tão fascinante. Podia pensar em várias razões para o peito mudar de tamanho, e em diversas maneiras de fazer parecer que o peito muda de tamanho sem engordar/emagrecer ou recorrer a cirurgia. Alguns anos mais tarde perdi a vergonha, e divirto-me a usar decotes e a utilizar soutiens que, bom, dão outro aspecto às meninas. Não ando a enganar ninguém - quem tem o direito de saber o que ali se esconde sabe muito bem o que se passa - e não tenho culpa se há quem não perceba o que se passa. De vez em quando apanho um amigo meu a olhar para mim (quer dizer...) com um ar baralhado. E por mais que eu lhe explique que são truques, ele, de umas vezes para as outras, esquece-se e volta a perguntar-me o que é que fiz.
Com soutien, sem soutien, com wonderbra ou outras coisas. As mamas são minhas, e faço com elas o que me apetecer.
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