29 setembro 2007

Oktoberfest - o outro lado

Imaginem que a vossa cidade era invadida por um milhões de pessoas que não arredam pé durante quinze dias. Que deixam atrás de si um milhar de milhão de euros (os biliões anglo-saxónicos não me convencem). Que enchem os comboios de manhã à noite de maneira a que nem se consegue respirar lá dentro, e há quem tenha que sair por falta de ar. E que fazem com que os maquinistas de comboio andem muito mais devagar, por precaução, não esteja algum bêbedo enfiado nas linhas. Que causem engarrafamentos e acidentes que nem se imaginam durante o resto do ano. Que andam bêbedas de manhã à noite e se arriscam a ser atropeladas por nem olharem para os sinais antes de atravessarem a rua. Que proporcionam postos de trabalho temporários, durante os tais quinze dias, em que o trabalho é duro mas a compensação monetária faz com que a competição por esses postos de trabalho seja ainda mais renhida do que para outra coisa qualquer.
Há quem goste disto. Há quem goste durante alguns anos e se farte. Há quem deteste e saia de férias para longe enquanto isto decorre. E há quem adore e meta férias para se juntar à festa todos os dias. Eu só queria que o trânsito (automóvel e comboios) andasse um bocadinho mais depressa.

27 setembro 2007

Estava a ver que era a única

Ao passear pela blogosfera fora, dei-me conta que a opinião generalizada relativamente ao "caso Esmeralda" é contrária ao pai biológico. Aliás, já ontem tinha ouvido o antena aberta e ficado espantada por não ter havido uma única opinião favorável ao pai. Em qualquer história, há sempre (pelo menos) dois lados, mas nesta parece só haver um. Pelo menos só um transpira para a opinião pública. O pai biológico é um malvado, não quer a menina, e os outros, que a têm escondido, raptado, amado, dado tudo (menos a possibilidade de ter contacto com o pai verdadeiro), esses estão a ser injustiçados. Não sei se será bem assim. Pois se o processo de adopção nunca foi terminado, por alguma razão foi. Sabemos que a justiça é lenta, e que para um caso chegar a tribunal pode levar anos e anos. E até há uma decisão de 2004 (quando a criança ainda não tinha 5 anos) em que o tribunal deu razão ao pai biológico. Quem não a entregou não foi obrigado a entregar a miúda (e isso eu não entendo), fugiu com ela, impediu os encontros com o pai, e sabe-se lá que macaquinhos andou a meter na cabeça da miúda para que ela crie um trauma contra o pai biológico.

Dada a morosidade da "justiça" e da parcialidade da comunicação social, sabemos lá desde quando é que o pai biológico está a ser impedido de estar com a filha. A única certeza que tenho é que não nos estão a contar a história toda. O tempo a passar e a miúda a ser impedida de estar com o pai por todos os meios possíveis, é algo que está a ser usado até à exaustão pelos pretendentes a pais adoptivos.

Do que li até agora, só o jumento (e o tribunal!) tem uma opinião favorável ao pai.
[ADENDA:]Mais algumas opiniões concordantes aqui, aqui e aqui.

Dada a lógica usada até agora para se dizer que a Esmeralda devia ficar com que a criou, parece-me justo equacionar, num mero plano de hipóteses, o que é que deveria ter acontecido com aquela miúda que foi raptada do hospital, se a raptora tivesse ficado com ela mais uns 4 anos? Devia a raptora ter ficado com a criança, já que é a única mãe que alguma vez conheceu?

26 setembro 2007

#67

A mãe de um colega morreu. Ele anunciou por email. Eu fiquei à espera que alguém se mexesse e organizasse umas flores, um postal, qualquer coisa. Ninguém disse nada. Este colega é boa pessoa. Um bocado chato - fala demais - um bocado cola - nunca mais se cala - mas simpático e sempre prestes para ajudar. Desde a notícia, encontrei-o uma vez. Podia ter-lhe dado as minhas condolências. Podia ter dito alguma coisa. Em vez disso, tentei animá-lo falando de tudo menos da mãe dele. Tomámos um café e rimo-nos os dois durante um bocado. E quando me fui embora, fiquei com a sensação que, apesar de poder estar em falta, fiz a melhor coisa que sei fazer.

24 setembro 2007

Oktoberfest

Este ano aumentou muito a percentagem de lederhosen curtas. Calções tradicionais, portanto. Pela minha parte (eu este ano não vou, mas vejo as hordes passar) agradeço.

22 setembro 2007

A ministra

Mais ninguém reparou que a ministra da educação passou o debate* todo a ler um livro? Só eu é que achei estranho?

*o debate mensal na assembleia da república de ontem

21 setembro 2007

Quem diria

Há uns tempos, um homem (já com alguma idade) passeava-se nos bosques alemães quando foi preso pela polícia. O motivo? Vestia o fato com que nasceu. Sim, estava nu. Foi a tribunal, e o juiz obrigou-o a pagar 800 euros. Recorreu da sentença, e a pena foi reduzida para 500 euros. Quando ouvi esta notícia fiquei chocada. Mas como é que pode ser? Gente nua por aí é mato, passo a expressão. Isto passou-se em Nuremberga. Se tivesse sido em Munique, de certeza que não lhe acontecia nada. O homem podia ainda fazer passeios de bicicleta ou de barco, passear pelo trilho verdejante ao longo do rio,ou até nadar, tudo isto sem vestir uma única peça de roupa, que ainda fazia amigos. Em Munique os naturistas são mais que muitos, e parece que não incomodam ninguém. Muito menos a polícia.

20 setembro 2007

O google é um espectáculo... not

Desta é que eu não estava à espera. Uma pesquisa por "acne gravidez clearasil" (estava à procura de algo que confirmasse se o clearasil faz mal ou nao nesta altura) no google.pt deu-me nas primeiras páginas uma data de páginas que sao péssimas traduções automáticas de artigos em (provavelmente) inglês. Mas que porcaria. Useless. (já agora, a mesma pesquisa no yahoo e no altavista dão a mesma m**** de resultados)
Frases como "Considerando sua idade você pode querer saber se houver uma possibilidade do acne se tornando." dão mesmo vontade de continuar a ler...

Surpresa de verão

Não sou muito de clássicos, prémios Nobel, ou autores consagrados, e tenho tendência a julgar um livro pela sua capa e pelas primeiras páginas. Já cometi algumas vezes o erro de comprar livros estúpidos (por julgar o livro pela capa e contracapa, esquecendo-me de ler as primeiras páginas). Hoje em dia quase só leio quando estou de férias ou quando sai algum livro de algum autor ou colecção que adoro (compro logo, às vezes até em pré-compra, e leio logo que chega). E mesmo assim, leio várias dezenas de livros por ano. Já li mais.
Um dos livros destas férias que me agarrou do princípio ao fim foram os 100 anos de solidão, do Gabriel García Márquez. Tinha-o comprado há dois anos, já tinha sido lido pela minha mana, já tinha sofrido as agruras da praia e um banho de nem sei quê. As folhas estavam um pouco encarquilhadas e duras, havia areia entre as páginas, o livro ocupava um volume maior do que originalmente, e só o comecei a ler (finalmente) porque tinha esgotado a pilha que tinha levado comigo de férias mais o último Harry Potter que comprei mal saiu e li imediatamente (e gostei).
Podia contar a história (é a história de uma família que atravessa várias gerações), podia fazer um resumo, podia dizer do que gostei mais. Podia, mas não o vou fazer. Apenas deixo aqui esta nota para me lembrar que às vezes, um livro que se compra porque alguém disse que era bom e depois se deixa anos a apanhar pó porque na verdade não se acredita muito que o conteúdo seja minimamente interessante pode ser uma agradável surpresa.

(já agora, podem ler um resumo aqui)

Coisas nojentas de gaja

Ando cheia de acne. O médico diz que não posso fazer nada (a não ser daqui a 5 meses ou mais), e que não esprema.
Da última vez que fui ao dermatologista, fizeram-me uma limpeza de pele que incluiu espremer com toda a força todos os centímetros das minhas costas. Doeu que se fartou, e a gaja continuava a espremer. Porque é que ela pode e eu não?
Só queria ter mais um braço e uma mão extra para aquela borbulha enorme, nojenta e dolorosa que se instalou no meu braço direito. É que nas costas ainda vá que não vá. Agora quando se começam a espalhar pelos ombros e descem braço abaixo já é um exagero!

18 setembro 2007

#66

Podiam não pôr açúcar grosso nos bolos...

O cabo da paciência

Qual é o interesse de ter uma centena de canais, se cada um deles se repete a si próprio à exaustão, e as séries de jeito se repetem de um canal para o outro?
Até no canal "fantastic life", que mostra os diversos canais do pacote em sistema rotativo (um mês um, outro mês outro) se apanham repetições a dar com um pau... E anda um gajo a pagar para isto (e a apanhar com publicidade infindável por cima)... E já agora, qual é a ideia de ter canais que passam publicidade durante 20 minutos seguidos? E ainda para mais repetem a publicidade, porque não têm nada com que encher os 20 minutos...
A mim chegava-me um canal só com séries estrangeiras, sem publicidade, e sem repetições. 24 horas por dia. O resto é lixo.

13 setembro 2007

A caixa

Há quem ache o máximo que se pense fora da caixa ("think outside of the box"). Eu, que vivo num mundo à parte, pergunto "caixa? que caixa?".

#65

Isto só a mim... adormeci a meio do jogo (algures entre o fim da primeira parte e o início da segunda), e nem sequer posso dar a desculpa que foi porque aquilo estava a ser uma seca (é sempre, qualquer jogo de futebol com menos de 4 golos é uma seca), eu é que estava cansada, que a minha vida não é passada no sofá a ver televisão. E não é que logo desta vez que adormeci - não é costume adormecer a ver o futebol - parece que aconteceu alguma coisa? Tipo o Scolari andar à porrada (ou quase). E nem sequer sei como é que ficou. Seja como for, gravei o jogo para o puto. Logo vemos tudo juntos. Entretanto vou ver se percebo o que é que aconteceu.

08 setembro 2007

O livro que marcou a diferença

Há uns dias que o tema recorrente da blogoesfera sao os livros que não mudaram as vidas de quem os leu. Eu pensava que nenhum livro mudou a minha vida, mas vendo melhor não é bem assim. Um dos livros que realmente mudou a minha vida foi "A Queda de um Anjo", de Camilo Castelo Branco. Ofereceram-mo quando fiz 15 ou 16 anos, já não me lembro bem, e li cerca de oitenta páginas. E foi precisamente isso que mudou a minha vida. Por essa altura já eu teria lido muitas centenas de livros do princípio ao fim, por muito que a bibliotecária da única biblioteca da minha terra não acreditasse que os livros que eu todos os dias levava para casa e no dia seguinte trocava por outros tinham sido realmente lidos por mim (esses e os que as minhas irmãs também levavam todos os dias, e elas também liam os meus). A queda de um anjo foi o primeiro livro, de muito poucos, que eu não li até ao fim. Achei chato, maçudo, aborrecido até mais não poder. Demasiado descritivo de paisagens, com pouca ou nenhuma acção naquelas oitenta páginas. Talvez para a frente melhorasse. Mas eu não aguentei mais. Pela primeira vez na vida desisti de terminar alguma coisa. Tive pena, ainda tenho. E ao mesmo tempo, ainda bem que o fiz, porque se me custou muito não ter acabado esse livro, já não me custou tanto não terminar a leitura de mais um ou dois livros que comecei a ler, anos depois. A vida é demasiado curta para nos torturarmos com coisa que no fundo nem sequer nos trazem nenhuma mais valia. Eu não li "A Queda de um Anjo" e isso mudou a minha vida. Li muitos outros livros de que realmente gostei e deixei a meio outros de que não gostei.

Big brother is watching...

Estive a ver as estatísticas do blogue, coisa que até faço raramente, e descobri uma coisa interessante. Em todos os blogues há sempre gente que vai lá parar por pesquisas estranhas e que não têm nada a ver. Mas este foi para além de estranho. Alguém da Secretaria geral da Presidência da República veio cá parar através de uma pesquisa no technorati por "Cavaco". Aliás, "cavaco", assim, com letra pequena e aspas. Uma ideia, para esses senhores: devido à enorme quantidade de ruído causado por essa pesquisa, devido uma certa Kylie Cavaco que pelos visto se encontra envolvida numa polémica com Britney Spears (parece que alguém colou o corpo da Kylie à cara da Britney), o melhor é para a próxima fazerem a pesquisa com a seguinte expressão (mantenham as aspas):
"cavaco" -"kylie cavaco"

Já agora fica a informação de que este pessoal trabalha até tarde, já passava da hora do jantar quando recebi a tal visita. Para que não digam que andam a gastar os nossos impostos à balda.

07 setembro 2007

#64

Há alturas sérias em que me dá vontade de rir. Uma grande vontade de rir, sob risco de ser trucidada por quem estiver por perto. Uma das piores aconteceu há muitos anos, no funeral de um rapaz da minha turma que tinha sido atropelado. A igreja estava tão cheia, que me lembrei de uma carta de um amigo, em que ele dissertava sobre uma ida à Queima (ele era mais velho) e dizia que aquilo estava tão cheio que se levantasse os dois pés do chão não só não cairia, como seria arrastado pelas multidões. Claro que a ideia dava vontade de rir, mesmo num funeral (eu só conhecia o rapaz há quinze dias).
Ontem, com a morte do Pavarotti, foi parecido, com a diferença que lá em casa ninguém ficou com vontade de me bater ou de me mandar para a rua. Gostam de mim, perdoam-me estes ataques de loucura. O que eu não percebo é como é que jornalistas atrás de jornalistas foram capazes de falar de uma "enorme perda", da "pesada herança" do "peso da contribuição" e outros epítetos parecidos, uns atrás dos outros, e nem sequer esboçar um sorriso. Ou sou eu que sou parva - é bem possível - ou eles não perceberam a piada, ou então fizeram de propósito e são bons actores.

Se não consegues vencê-los...

Não é que me orgulhe, mas dei cabo das burocracias com umas lágrimas. Nada como um gajo jeitoso como (única) assistência. Provavelmente as hormonas ajudaram (às lágrimas) já que não era caso para tanto, mas o mais importante é que consegui o que queria. E não há testemunhas (uma testemunha que diz "não conte ao meu chefe" não é testemunha). Para o gajo bom guardo um grande sorriso para todas as vezes que o voltar a ver.

06 setembro 2007

#63

Raios para os burocratas. É assim porque tem que ser assim, porque agora as regras são assim e não lhes interessa se é mais complicado e não traz nada de novo ou de melhor ou de mais eficiente, é uma pura perda de tempo e de dinheiro. Vou ignorá-los por uns tempos, que é para se irritarem um bocado também. Totós.

05 setembro 2007

#62

Pela primeira vez desde há muito, muito tempo, gostei de ouvir o Cavaco. Foi só uns instantes, que não mostraram mais, e na verdade nem era o discurso o mais importante. É que desde que o seu ex-ministro dos negócios estrangeiros (custa-me dizer o nome, e não quero insultá-lo aqui) foi para a UE que andava à espera que alguém falasse português para os europeus - nem que esses europeus sejam só os deputados do PE. Os tradutores estão lá porque temos uma língua diferente da dos outros. Dêem-lhes que fazer.

04 setembro 2007

Chuva

Chuva, muita chuva. Ontem, hoje, e pelo menos até ao fim da semana. Mas de onde é que vem esta água toda? Não posso ouvir falar em poupar água, dá-me uma vontade de rir... Poupar o quê? Segurem a água da chuva, um dia chega para abastecer a família durante o ano inteiro.

02 setembro 2007

Já que estou para aqui virada

Detesto o cheiro a terra molhada. Aliás, detesto terra molhada. Detesto sair depois de uma chuvada. Não gosto do cheiro e custa-me a respirar. Molhada para mim, só a água do mar, dos rios, dos lagos, da torneira. Pingas de águas espalhadas por aí não me agradam.

7 factos aleatórios da minha vida

Em resposta ao desafio da Rita. Não sei bem se devia por isto aqui ou no blogue do floquinho, mas afinal os factos aleatórios são sobre mim, e a minha vida não se resume aos últimos três meses, que é o enfoque do blogue do floquinho.

1 - Sei centenas, senão milhares, de letras de músicas de cor. Do princípio ao fim, e se forem gravadas ao vivo também sei exactamente as coisas que vão sendo ditas pelo meio, e quando (desde que se entendam). Quando gosto de uma música começo a decorá-la logo da primeira vez que a ouço - e começo pelo coro, claro, que é o mais fácil. Tanto que já me aconteceu ir a concertos da mesma banda (em sítios diferentes, e datas muito próximas) em que da segunda vez já cantava os coros das músicas novas - e achava estranhíssimo que mais ninguém cantasse.

2 - Passo muito tempo no computador. Trabalho o dia todo em frente a um, e quando chego a casa, a primeira coisa (ou quase) que faço é ligar o meu. Sou viciada na net, em blogues, alguns fóruns, no google (que é onde vou quando quero saber alguma coisa), e adoro jogos, embora quase não tenha tempo para eles (ah se eu não trabalhasse). E no mail, claro, o meu melhor amigo electrónico desde há, deixa ver, 13 anos. Sou tão viciada em mail que já cheguei a ter dificuldades em contactar pessoas porque não estavam disponíveis electronicamente num determinado momento... felizmente, ainda há pessoas cujo cérebro não excluiu a informação de que há telefones e telemóveis...

3 - Quando era miúda detestava saias. Tanto que se a minha mãe me obrigasse a ir de saia para a escola, eu levava uns calções por baixo (mesmo que fosse inverno), e tirava a saia logo que chegava à escola, em frente a toda a gente. A professora era porreira, e nunca disse nada à minha mãe. No fim da escola secundária, passou-me. Hoje em dia adoro andar de mini-saia (nada de saias abaixo do joelho, que fazem-me imensa impressão), mas só se estiver calor suficiente. Sou capaz de andar o verão inteirinho de mini-saia, e vestir calças o resto do ano.

4 - Fartei-me de filmes, principalmente filmes americanos (em geral). Vou pouco ao cinema, se estiver a dar um filme na televisão mudo de canal, e mesmo em DVD tenho uma colecção de filmes que me ofereceram e que não sei se algum dia verei. Costumava gostar de comédias, mas hoje em dia parecem-me todas iguais, recorrendo apenas às piadas fáceis, previsíveis, e porcas. Nada contra, mas isso não me faz rir e portanto passo. Prefiro uma boa série, de preferência em DVD, para devorar episódios atrás de episódios, de uma ponta à outra no mínimo tempo possível.

5 - Não gosto de leite. Adoro leite com chocolate, e leite com café, desde que seja bom café. Odeio natas, em quaisquer circunstâncias, chantily, e afins. Detesto queijo (em geral), quanto mais mole pior, quanto mais branco pior, quanto mais forte pior. Adoro queijo "batata", que é o que a minha mãe - que adora quase tudo quanto é queijo, senão mesmo tudo - chama ao queijo que, segundo ela, "não sabe a nada". Por cá, o meu preferido é um Gouda da "du darfst" (tipo "Linea") que só tem 17% de gordura. Uma fatia deste queijo com pão e doce é uma delícia. (Nunca fui de marmelada, mas compotas de frutos vermelhos - morango, framboesa, cereja, frutos silvestres... - marcha sempre.) Em Portugal, gosto de um queijo redondo da Agros e do Mimosa m.

6 - Embirro com as pessoas que dizem que fulano é boa pessoa porque "é amigo dos seus amigos". Mas que raio de definição é essa? Estranho era se fosse inimigo dos seus amigos, ou se se entretesse a dar facadas nas costas aos amigos, que até pode haver gente assim, mas esses não se podem considerar amigos. As pessoas "normais" são amigas dos seus amigos. Ser amigo dos inimigos já seria qualquer coisa de extraordinário (estúpido até) e fazer a vida negra aos falsos amigos é algo que não se censura a ninguém.

7 - Confio nas minhas primeiras impressões sobre as pessoas, pela única razão de que nunca uma primeira impressão me enganou. Já cheguei a dar o benefício da dúvida a pessoas que me causaram uma má primeira impressão para mais tarde concluir que não valia a pena. Hoje em dia, se não gosto de uma pessoa à primeira, sei que não vale a pena sequer tentar. É tempo perdido. E evito ao máximo as pessoas de quem não gosto.

E mais uma, de bónus.

8 - Não faço fretes. Se não quero fazer uma coisa porque não gosto ou não me apetece, ou acho que vai ser uma grande seca, não a faço só para alguém ficar mais contente. Portanto se eu faço alguma coisa ou vou algum lado, não é para fazer o jeito a ninguém, faço-o com todo o prazer. Caso contrário, estava quieta. A vida é demasiado curta para se perder tempo com coisas que não trazem nada de positivo.