Há alturas sérias em que me dá vontade de rir. Uma grande vontade de rir, sob risco de ser trucidada por quem estiver por perto. Uma das piores aconteceu há muitos anos, no funeral de um rapaz da minha turma que tinha sido atropelado. A igreja estava tão cheia, que me lembrei de uma carta de um amigo, em que ele dissertava sobre uma ida à Queima (ele era mais velho) e dizia que aquilo estava tão cheio que se levantasse os dois pés do chão não só não cairia, como seria arrastado pelas multidões. Claro que a ideia dava vontade de rir, mesmo num funeral (eu só conhecia o rapaz há quinze dias).
Ontem, com a morte do Pavarotti, foi parecido, com a diferença que lá em casa ninguém ficou com vontade de me bater ou de me mandar para a rua. Gostam de mim, perdoam-me estes ataques de loucura. O que eu não percebo é como é que jornalistas atrás de jornalistas foram capazes de falar de uma "enorme perda", da "pesada herança" do "peso da contribuição" e outros epítetos parecidos, uns atrás dos outros, e nem sequer esboçar um sorriso. Ou sou eu que sou parva - é bem possível - ou eles não perceberam a piada, ou então fizeram de propósito e são bons actores.
Pior foi ter-me dado vontade de rir na missa de corpo presente da minha mãe, Deus me perdoe! O padre tinha uma maneira de falar esquisita e só dizia coisas sem sentido, eu nem me atrevia a olhar para a minha irmã, que percebi estar no mesmo estado de nervos que eu. Felizmente conseguimos controlar, teria sido um lindo espectáculo! Nunca me custou tanto controlar um ataque de riso.
ResponderEliminarpoxa...isso realmente é horrivel de se dzr..lolol
ResponderEliminarEm determinadas situações mesmo de dor a parvoíce de um ataque de riso acontece.
ResponderEliminarAliás até é bem mais comum do que parece.
Quanto à alusão ao peso do Sr. Pavarotti nas expressões usadas pelos jornalistas, estou em crer que nunca foram propositadas... e que apenas surgiram na tua cabeça Snowgaze LOL ...
Deixa lá... não é grave... podia ser bem pior hehehe :P
Cumps.
Angélika