08 setembro 2007
O livro que marcou a diferença
Há uns dias que o tema recorrente da blogoesfera sao os livros que não mudaram as vidas de quem os leu. Eu pensava que nenhum livro mudou a minha vida, mas vendo melhor não é bem assim. Um dos livros que realmente mudou a minha vida foi "A Queda de um Anjo", de Camilo Castelo Branco. Ofereceram-mo quando fiz 15 ou 16 anos, já não me lembro bem, e li cerca de oitenta páginas. E foi precisamente isso que mudou a minha vida. Por essa altura já eu teria lido muitas centenas de livros do princípio ao fim, por muito que a bibliotecária da única biblioteca da minha terra não acreditasse que os livros que eu todos os dias levava para casa e no dia seguinte trocava por outros tinham sido realmente lidos por mim (esses e os que as minhas irmãs também levavam todos os dias, e elas também liam os meus). A queda de um anjo foi o primeiro livro, de muito poucos, que eu não li até ao fim. Achei chato, maçudo, aborrecido até mais não poder. Demasiado descritivo de paisagens, com pouca ou nenhuma acção naquelas oitenta páginas. Talvez para a frente melhorasse. Mas eu não aguentei mais. Pela primeira vez na vida desisti de terminar alguma coisa. Tive pena, ainda tenho. E ao mesmo tempo, ainda bem que o fiz, porque se me custou muito não ter acabado esse livro, já não me custou tanto não terminar a leitura de mais um ou dois livros que comecei a ler, anos depois. A vida é demasiado curta para nos torturarmos com coisa que no fundo nem sequer nos trazem nenhuma mais valia. Eu não li "A Queda de um Anjo" e isso mudou a minha vida. Li muitos outros livros de que realmente gostei e deixei a meio outros de que não gostei.
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Oh, gostei tanto e ri-me tanto com esse livro...salvou-me Camilo depois de o ter enterradosem perspectivas por causa daquela novela de cordel que tivemos de ler na escola....eu também não acabo nada que não interesse, mas esse livro é mesmo giro....
ResponderEliminarTambém li o livro e gostei. A decriçao do contexto politico e social da época é "únique", aliada à história em si,ao personagem Calisto Eloi de Barbuda(se não estou em erro)e a passagens hilariantes na narrativa, tornam na minha modesta opiniao o livro imperdivel.
ResponderEliminarPor curiosidade, gostou do "Os Maias "?
Os Maias não cheguei a ler. Não fui obrigada na escola, e nunca me deu vontade. Pode ser que um dia lhe chegue a vez, porque tenho o livro em casa, mas não garanto.
ResponderEliminarok!Inimigas na mesma...
ResponderEliminarCumprimentos, gabi.