26 janeiro 2015

05 janeiro 2015

É grave, doutor?

Devo estar doente, só pode. Lá fora esta um frio do catano, há neve, vejo um pouco de azul do céu por uma janela, por outra, branco, tudo branco, nuvens sem fim. Por email, recebo a notícia: está aí a primavera. Afinal estamos em fins de Março, mas só a H&M* é que sabe.

*se calhar só a alemã. Mas em Munique, está mais Inverno que em Portugal.


02 janeiro 2015

Nunca mais aprendo (ou a angústia de empacotar a tralha)

Na minha mala devia haver, sempre, uma segunda mala. Quando saio de casa, mala grande meia vazia, devia sempre levar uma segunda mala, vazia, para o regresso. E esta segunda mala devia fazer parte integral da primeira, encaixar na tampa ou em baixo, como aqueles sacos de compras que se dobram até parecer que apenas temos um pacote de lenços de papel extra na carteira. Não sei bem o que acontece durante as férias, mas o milagre da multiplicação ocorre sempre nesta altura: ao fazer a mala para o regresso, parece-me sempre que as minhas coisas triplicaram. A mala que veio vazia está agora a abarrotar, procuro um saco/mochila/mala que possa levar emprestado, e, mais uma vez, pergunto-me, como é que eu não me lembrei que isto me acontece sempre? Todas as vezes. Mal aterro em Portugal, é como se o conteúdo da minha mala expandisse, e de repente, fico sem um espacinho que seja para mais uma coisinha. Nem comprei nada para levar (lá se vai o meu plano de meter umas bolachas maria, um pacote de pensal chocolate, e um ou dois chouriços da minha terra), e já não cabe nem mais um alfinete. A minha mala vai é cheia de saudades, deve ser isso que me ocupa todo o espaço lá dentro.