17 janeiro 2016

A melhor invenção desde a roda

Que é como quem diz, é para não dizerem que neste blog não se encontra nada que seja útil.

Imaginem que são como o Esquecido (que pode ser uma Esquecida, neste blog não se discrimina). O Esquecido nunca sabe onde deixou as coisas. De cada vez que está para sair de casa perde minutos infindos à procura das chaves. Ou da carteira. Ou do telemóvel. Num dia de sol, contem com uns minutos extra à procura dos óculos de sol. Normalmente consegue encontrar os sapatos, embora por vezes tenha dificuldade em encontar o casaco.
O Esquecido precisa de ajuda. Claro que mais ninguém sabe onde é que ele enfiou as coisas. Alguns de nós metem as chaves na carteira sistematicamente, ou guardam-nas numa taça, ou penduram-nas num prego, por exemplo. O Esquecido não tem método. Se não encontrar o telemóvel pode sempre mandar um toque de outro telefone, mas como fazer para encontrar as chaves. E quanto mais atrasado estiver, mais complicado é encontrar as coisas.
Se vivem com um esquecido, há esperança. Não estou a falar de hipnotismo, de cursos especiais, de nada que obrigue o Esquecido a alguma actividade fora do seu padrão habitual. Sabemos bem que o Esquecido nunca se irá habituar a pousar as chaves num recipiente apropriado quando chegar a casa, por muito que lhe chaguemos a paciência. Hoje em dia há soluções. Na verdade, esta solução existe há cerca de um ano, embora só recentemente tenha saído do estádio de crowdfunding.
Apresento-vos o tile. Na verdade o tile não é a única solução deste tipo, há pelo menos mais duas empresas que fazem algo parecido. Este quadradinho é o que experimentei. Coloca-se no porta-chaves, dentro da carteira ou junta-se ao que quer que seja que queremos encontrar - antes de perder o objecto - instala-se a app no telemóvel (de preferência não no telemóvel do Esquecido), et voilá. Quando não conseguir encontrar a carteira, tem duas opções. Uma é perguntar à app onde é que ela está. A outra é mandar o tile, que está dentro da carteira apitar - esta é a opção mais útil dentro de casa. A vossa vida nunca mais vai ser a mesma.




08 janeiro 2016

Não há resoluções. Nem listas.

Há momentos em que se vão alterando coisas. Em que se começam novos hábitos, novas tradições. Em que se decide, agora vou passar a fazer assim. E por vezes volta-se atrás, muda-se um hábito, troca-se por outro. E talvez, anos depois, se volte a trocar.
Mando um email de Natal. Não há postais para ninguém. Um email, a alguém que tenha mudado a minha vida para melhor ao longo do ano. Não importa se terá resposta ou não. Não vale a pena mandar postais. Este email é a coisa mais lamechas (mas muito curta, que não gosto de lamechices) que faço no ano inteiro.
Não decido passar a fazer desporto. Já faço. Às vezes farto-me por uns tempos, mas voto sempre. Posso é trocar um por outro. E voltar a trocar. Deixar o ginásio e passar a ir ao fitness, e vice-versa.
Não decido fazer dietas. As minhas dietas são forçadas, porque não gosto de muita coisa e recuso-me a comer - e tenho um fraquinho por doces e não tenciono abandoná-los. Recuso-me a comer beringela, courgete, e aipo, que infelizmente aparecem no meu prato frequentemente.
Não me lembro se li algum livro que pudesse recomendar. O último que acabei de ler foi uma enorme desilusão. Não me obrigou a consultar o dicionário uma única vez. Paupérrimo.
Converti-me ao instagram e descobri que a minha cor favorita afinal não é o vermelho, mas deve ser o azul e o amarelo.
O aquecimento central avariou. Esta terra, sem aquecimento, é um gelo que não se pode. Vou voltar para debaixo das mantas.