30 setembro 2010

Coisas que me irritam

Pessoas supostamente inteligentes a comparar o incomparável. Assim como maçãs e pêras, ou batatas e cebolas. Ou mais como maçãs e carros, ou batatas e camisolas.

29 setembro 2010

post de gaija ;)

Saí de casa a sentir-me gorda. Isto é raro, eu não sou gorda sou bem proporcionada ;), e costumo sentir-me apenas "normal" ou muito bem". Fantástica, em alguns dias. Mas há uns dias senti-me gorda (foi só um dia, calma). Pus um vestido (ao mesmo tempo que pensava "hmm está um bocadinho justo demais) e botas, que está um bocadinho frio, mais um casaco para usar de manhã e ao fim do dia, e nem pensei mais nisso de estar a sentir fosse o que fosse, que o dia é comprido mas há muito que fazer e pouco tempo para pensar noutras coisas. E no fim do dia, já cansada, a fazer compras com a pequenita pela mão, recebo uns elogios de desconhecidos (de ambos os sexos, genial!). Não é que instantaneamente me tivesse sentido magra, mas esqueci logo o assunto de vez. Estou muito bem, obrigada

27 setembro 2010

Fim

Eu gostava mais do bloglines. Mas acabou-se. Agora vou pelo google reader até encontrar algo melhor.

21 setembro 2010

Mitos urbanos

Eu pensava que era mais rápido ir para o trabalho de mota. E, normalmente, suponho que seja, aí uns 5 minutos mais rápido, e umas 1000 vezes mais divertido que as alternativas. O problema é que estamos em plena Oktoberfest. Quinze dias de trânsito infernal. Não há opção: transportes públicos estão lotados, as estradas congestionadas, e ainda corro o risco, se usar a mota, de levar com algum bêbado ou um automobilista menos atento. Bolas. Ainda agora começou e já estou a contar os dias até que acabe.

(Por outro lado, o pessoal a passar em traje tradicional -  tanto lederhosen e dirndl como os trajes de outros países como a Escócia ;) - tem a sua graça. E aqueles grupos que criam a própria t-shirt com piadas? O máximo.)

11 setembro 2010

Em jeans, sapatilhas e t-shirt 1☺

Na floresta fizeram um parque de escalada. Não é que seja bem escalada aquilo que se faz, é mais andar com um arnês e cordas de segurança a saltar de árvore em árvore. De corda em corda. Agarrada pelas mãos, pelos pés, pelo que calha. A olhar cá para baixo a partir do cimo de uma árvore, a 17 metros de altura. A olhar para o chão, lá tão longe, enquanto se tenta agarrar aquele tubo que nos vai impedir de ficar pendurados pelo arnês, com ar de parvos, enquanto lá em baixo a vigilante observa com ar de "eu bem disse que isso não era para principiantes". Agarrada a um triângulo de metal e a deslizar por uma corda por uma distância interminável, a pensar "carago, que eu peso mais do que as minhas mãos e braços aguentam!". A passar pelo meio de pneus (ah, tão giro), por pontes tipo Indiana Jones, por outras que são constituídas por uma sequência de baloiços. Pondo um pé no meio de uma corda, bem agarrada dos lados, tudo a abanar, e a pensar na Helena o tempo todo ("aimeudeus"). Quase que dizia "no que é que me fui meter", e "como é que eu vou sair daqui", mas lá me safei sem grandes safanões no meu orgulho. ;-) E os skates entre as árvores?? Fantástico! :-) E descer da árvore como se não houvesse cordas nem nada, só a saltar de ramo em ramo, foi tão giro. A cereja no cimo do bolo foi o miúdo ter sido o herói do dia, ao ajudar a mãe e a dar dicas à senhora que ia à frente dele, que ia mesmo aflitinha... Um rapagão. :)
(E sim, estou com as mãos vermelhas, tenho uns cortezitos, uma perna deve ter acertado em qualquer coisa dura porque tenho um inchaço, doem-me os músculos das costas e dos braços, e os pés e as mãos. Mas estou contente como se tivesse 5 anos, e isso é fantástico.)

10 setembro 2010

Mais um primeiro dia.

A miúda voltou para a "escola" esta semana. Creche, não escola. No primeiro dia levou um comboio, e mal chegou agarrou-se logo às outras meninas e meninos para mostrar o brinquedo (que já tinha desde o Natal, mas com as férias passou a ser "novo"). Nem me mandou um beijinho à distância para dizer adeus (mas já tinha dado um antes de entrar na sala, que eu já sei como ela é quando aquela porta se abre). Lágrimas, choro, agarrar-se a uma coisa qualquer e não largar, não são cenas para ela. Mas tem dias em que tenho que ficar um bocadinho mais para a despedida. A minha bonequinha adora a escola. E eu fico muito contente por ela gostar de lá estar.

07 setembro 2010

E o burro é...

Para o que me havia de dar. Prometer um burro de peluche à miúda. Porquê, mas porquê?
Depois de procurar em diversas lojas (e nada), lá fui à Meca dos brinquedos em Munique, a loja de Karlsplatz da Obletter. É fantástica, têm tudo e mais alguma coisa, incluindo burros de peluche (ainda fiquei lá um bocado, fascinada com os fantoches de todos os tamanhos, e até um conde de contar tamanho gigante). Burros que não parecem burros, o burro do Shrek que não é nada fofinho e por isso não pode servir de almofada, burros com focinho de vaca, burros que parecem machos, burros com ar de cavalos cinzentos... Enfim. Lá encontrei um burro com ar de burro para a miúda, e fui à minha vida, não antes de perguntar se se pode trocar no caso de a miúda "já ter", que é um eufemismo para "não gostar".
O burro é um animal muito ignorado, deixem que vos diga, está aqui uma oportunidade de alguém o adoptar como mascote e vender rios de burros numa manobra genial de marketing que deveria ter ocorrido aquando do famoso "e o burro sou eu?". Mas pronto, eu acho que ainda dá. Para além de que há uns tempos corri as lojas todas duma terreola onde até alugavam burros para dar uma voltinha*, tudo porque achei que um amigo meu, que é um casmurro de primeira, devia receber um burro teimoso de presente, a ver se percebia a piada, mas nada, não encontrei nenhum burro. Havia tartarugas, girafas, hipopótamos, elefantes, tudo e mais alguma coisa, mas burros, só vivos, num pasto ali à beira. Um desperdício, que belo souvenir que dava, junto com um daqueles moinhos que se vendem em todo o lado... (por falar em moinhos, para quando um gerador eólico em tamanho pequeno, para levar para casa?)

*(isto pode soar um bocadinho esquisito, mas eu já tive um burro na família - o animal, não um familiar dotado de pouca inteligência - e sim, às vezes íamos dar uma voltinha no burro. Poucas vezes, que não se pode abusar dos animais, principalmente quando eles são assalariados, daqueles que recebem em géneros - fardos de palha, no caso, e só da boa que a palha seca o burro deixava-a para o dono)

03 setembro 2010

(em processo de limpezas)

É nas férias que uma pessoa finalmente se apercebe de que não precisa mesmo de nada. Ou de muito pouca coisa. Se podemos empacotar o necessário e mais algumas coisas numa mala, e não sentimos grande falta de tudo o que ficou para trás, é porque não precisamos disso.
Uns amigos foram para a Austrália por 6 meses. Deixaram quase tudo. Cada membro da família levou uma mochila. Está bem que não era uma mochila pequenina, mas... se o necessário para 6 meses cabe numa mochila, precisaremos mesmo de tanta tralha?

Silly

Isto agora é sapatos, roupa, revistas de moda ao quilo. Já sei tudo o que está in, já percebi que há coisas que nem que estivessem em saldo com 90% de desconto eu compraria (por ainda serem demasiado caras), que há um mundo que até agora estava por descobrir, por falta de interesse. Provavelmente o que me faltou até agora foi amigas com quem ir às compras frequentemente, que me dessem conselhos sobre maquilhagem e quais as carteiras que combinam com os vestidos. E que me pintassem as unhas, que a minha tentativa anual sai sempre frustrada, já que metade do verniz vai parar ao dedo, e o resultado é eu limpar aquilo tudo e ficar com manchas...
As saias de couro são giríssimas, mas não faço ideia com o que é que se usam sem ficar com ar de quem vai desatar à pancada com quem se atravessar no meu caminho. Os casacos de pele (falsa) são giros, e estupidamente caros, e pergunto-me se aguentarão com uma carga de água em cima. As saias à anos 50 podem ser muito bonitas e ficar muito bem e tal, mas nada me fará vestir como a minha avó. A roupa inspirada nos anos 70 só me faz lembrar as fotos de quando os meus pais eram novos e tudo era castanho (a roupa, as fotos, tudo). Não sei como é que se pode usar uma saia xadrez sem parecer uma miúda do liceu, e os calções de lã com meias compridas e botas são giríssimos, sim, mas eu lembro-me de já ter usado isso há milhões de anos atrás, o que provavelmente quer dizer que é para esquecer. Já vi dezenas de vestidos lindíssimos que nunca teria oportunidade de usar - e isto recorda-me aquele site que aluga roupa de griffe - e carteiras giras e feias que valeriam mais (antes de sair da loja) do que qualquer coisa que alguma vez metesse lá dentro. Não faço ideia como se combinam padrões, e tenho horror a andar de manga comprida mesmo no Inverno. Preciso de um casaco quente, mas "camel" só me faz lembrar camelos e isso não é nada bom. Ainda para mais, tigres e leopardos na cidade chamam mais atenção do que eu estou disposta a receber.
Mais um dia e acaba-se o estado vegetativo e a parvalheira temporária e posso voltar a dedicar-me àquilo que realmente me faz palpitar. Em jeans, sapatilhas e t-shirt.