03 setembro 2010

Silly

Isto agora é sapatos, roupa, revistas de moda ao quilo. Já sei tudo o que está in, já percebi que há coisas que nem que estivessem em saldo com 90% de desconto eu compraria (por ainda serem demasiado caras), que há um mundo que até agora estava por descobrir, por falta de interesse. Provavelmente o que me faltou até agora foi amigas com quem ir às compras frequentemente, que me dessem conselhos sobre maquilhagem e quais as carteiras que combinam com os vestidos. E que me pintassem as unhas, que a minha tentativa anual sai sempre frustrada, já que metade do verniz vai parar ao dedo, e o resultado é eu limpar aquilo tudo e ficar com manchas...
As saias de couro são giríssimas, mas não faço ideia com o que é que se usam sem ficar com ar de quem vai desatar à pancada com quem se atravessar no meu caminho. Os casacos de pele (falsa) são giros, e estupidamente caros, e pergunto-me se aguentarão com uma carga de água em cima. As saias à anos 50 podem ser muito bonitas e ficar muito bem e tal, mas nada me fará vestir como a minha avó. A roupa inspirada nos anos 70 só me faz lembrar as fotos de quando os meus pais eram novos e tudo era castanho (a roupa, as fotos, tudo). Não sei como é que se pode usar uma saia xadrez sem parecer uma miúda do liceu, e os calções de lã com meias compridas e botas são giríssimos, sim, mas eu lembro-me de já ter usado isso há milhões de anos atrás, o que provavelmente quer dizer que é para esquecer. Já vi dezenas de vestidos lindíssimos que nunca teria oportunidade de usar - e isto recorda-me aquele site que aluga roupa de griffe - e carteiras giras e feias que valeriam mais (antes de sair da loja) do que qualquer coisa que alguma vez metesse lá dentro. Não faço ideia como se combinam padrões, e tenho horror a andar de manga comprida mesmo no Inverno. Preciso de um casaco quente, mas "camel" só me faz lembrar camelos e isso não é nada bom. Ainda para mais, tigres e leopardos na cidade chamam mais atenção do que eu estou disposta a receber.
Mais um dia e acaba-se o estado vegetativo e a parvalheira temporária e posso voltar a dedicar-me àquilo que realmente me faz palpitar. Em jeans, sapatilhas e t-shirt.

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