31 outubro 2014

O problema das ideias mesmo boas

(daquelas ideias de engenharia)
O problema daquelas ideias tão boas, e tão inovadoras, que por mais pesquisas que faças no google, não há nada que te ajude a concretizar, é que no momento de chamar a cavalaria, isto é, pedir ajuda aos amigos, tens que abdicar do factor surpresa. Não se pode ter tudo, dizem, mas caramba, há que tentar.
(as coisas que eu faço por uma boa gargalhada)

Só posso contar que envolve coisas a espalhar-se para o ar. E o problema é como tornar atirar coisas para o ar uma coisa elegante. Já pensei em todo o tipo de artefactos, incluindo coisas com ar comprimido. Há-de haver melhor que isso.

22 outubro 2014

Um dia, os deuses saem do Olimpo

E vêem visitar os mortais.
No meu caso, a o dono da mão que escreve textos que me fazem cócegas no cérebro, objectos da minha paixão assolapada (os textos, não o dono). O perigo de encontrar um senhor assim, descobrir que ele é de carne e osso, é esse mesmo, pois de carne e osso somos todos. Mas, caramba. Inteligência, sentido de humor, capacidade de análise, cultura... um mero mortal sente-se assim, pequenino. E depois, descobrimos que o autor da nossa paixão platónica até sabe que existimos, e até já leu alguma coisa nossa, e isso lhe suscita elogios. Aí crescemos meio milímetro, continuamos a sentir-nos pequenos, mas muito felizes.
Há homens inteligentes que não usam barba. Embora possam ser indefinidos no resto - nem bonitos nem feios, nem altos nem baixos, nem gordos nem magros. A minha parte favorita não se vê, está enfiada dentro da caixa craniana. E é absolutamente fabulosa, e inspiradora. Quando for grande quero ser assim.

21 outubro 2014

O meu reino por um fotógrafo

Um dia uma amiga dá-nos a conhecer um fotógrafo como o Carlos Delicado. Uns dias depois, estamos apaixonadas pelo trabalho do fotógrafo (a sério, espreitem o facebook deste senhor, é de derreter o coração mais empedernido, como o meu), e a desesperar por não conseguir encontrar igual... ou parecido.  Mais tarde, o pânico total, o parecido está tão disponível quanto o original - ou seja, não está.
Vou ali chorar para um canto. É capaz de demorar um bocadinho.

15 outubro 2014

A parte má dos ratos sem fio...

...é quando ficamos sem pilhas. Experimentem fazer mais do que ligar e desligar o computador sem rato. Eu só sei alt+F4 e depois usar as setas. É quase mais difícil fazer seja o que for no computador sem rato - não estou a falar de portáteis - do que encontrar pilhas novas em casa.

08 outubro 2014

Não é para qualquer um

Uma coisa é adormecer  ver um filme. Acontece a qualquer um, mais tarde ou mais cedo. Eu costumo adormecer a ver DVDs. É tiro e queda. Mal ponho o filme, eu sei que vou adormecer. Não importa a hora do dia. Manhã, tarde ou noite, a combinação sofá mais filme, dá uma bela soneca. Isto é tão frequente que desenvolvi uma técnica para não ter que ver sempre apenas o início do filme. Quando começo a fechar o olho, reparo em que parte do filme está (o leitor indica há quantas horas e minutos o filme começou). Na vez seguinte é só recomeçar a ver a partir do meu marcador mental.
Ultimamente este problema agudizou-se. Eu só costumava adormecer a ver filmes. Ou documentários. Programas longos, digamos. Mas agora até a ver séries adormeço. Mesmo aquelas em que os episódios duram vinte minutos. Mesmo a lembrar-me em que sítio adormeci e a recomeçar a partir daí, já adormeci três vezes a ver o mesmo episódio da teoria do Big Bang. E não são micro sestas, eu adormeço a ver isto a seguir ao jantar e quando acordo vou para a cama. Vamos lá ver se é hoje que acabo aquele episódio que já ando a ver desde o início da semana...

03 outubro 2014

D'oh!

Uma pessoa compra uns vestidos giros, não por futilidade, mas porque andar na rua sem roupa é proibido, e afinal até estavam com um bom preço, e depois, vai a ver, e a pechincha sai-lhe muito cara. Como, perguntam vocês, admiradoras de liquidações substanciais (nada cá de 10 ou 15% de desconto, tem que ser pelo menos 50% ou não vale como pechincha). Não reparei na etiqueta. A do preço? Não. A das instruções de lavagem. Limpeza a seco.

Tão brilhante como um dia de sol

Em Munique, Porsches são mato. Há tantos, que ninguém liga. Pretos, cinzentos, amarelos. Na minha rua, os carros mais extravagantes são um bugatti azul (de um azul estranho, e que tem uma distância do chassi ao chão que é menos que a altura da minha mão. Eu testei.). E um lamborghini roxo, e  outro de um verde alface metalizado. Mas a minha rua é especial, há um mecânico aqui perto onde vão parar carros de luxo para arranjar ou para transformações bizarras - é um mistério - e por isso tenho acesso visual privilegiado aos carros mais invulgares da cidade.
Este, encontrei-o na Califórnia. Não é um Porsche com uma pintura muito elaborada, é um Porsche espelhado.

02 outubro 2014

Admirável mundo novo

Há sítios onde a gente vai trabalhar de havaianas (ou similar). Onde quase ninguém usa fatos. Onde o sol brilha quase sempre. Onde há bicicletas à disposição para circular de edifício em edifício.
Há dias em que se descobre mais um sítio onde se podia ser feliz.

01 outubro 2014

Setembro versão ping pong

Um mês. Cinco países. Três passagens de avião, ida e volta. Outra viagem de ida e volta, na mota, pelas estradas de montanha. Esta para não passar vergonha (outra vez) na inspecção, quando o mecânico vir que a azulinha só se mexeu meia dúzia de quilómetros em dois anos.
Passeios à beira mar, Atlântico e Pacífico.
Poucas noites em casa. Cada noite em sua cama.
Um miúdo a começar a universidade (como é que isto aconteceu?). Uma miúda a entrar para a escola (foi um instante!). Trabalho, muito trabalho. Antes assim. Isto agora acalma, um bocadinho. Na confusão dos dias, das semanas, já só me orientava com o calendário. Bendito smartfone.