29 agosto 2007

Meme

Mais vale tarde do que nunca, e portanto aqui vai, tarde, a resposta ao desafio do naked sniper.

Já ando há uns tempos a seguir esta coisa dos memes, mas ainda não consegui perceber bem do que é que se trata ou em que é que consistem, e mesmo depois de pesquisar na net, nada. Deve ser algo que me transcende. De qualquer forma, aqui ficam uns "memes", ou pelo menos, o meu entendimento do que deve ser um meme. Já agora, acrescento que muitas destas coisas dão para se ver pelos meus textos, pelo que digo, pelo que faço, e como vivo. Claro que nem todas estas coisas estão acessíveis a toda a gente, e muito menos ao mesmo tempo.

* não vivo cada dia como se fosse o último. Mas aproveito todas as oportunidades de fazer o que gosto logo que possa. Tive um amigo que dizia que a vida era para desfrutar. Só tenho pena de não ter desfrutado mais ainda, tanto a vida como a companhia dele.

* detesto esperar. "Não vá, telefone" é um lema que utilizo muitas vezes para resolver problemas. O meu pai ensinou-me que a melhor maneira de não ter que esperar numa fila era telefonar, e a verdade é que tem razão. Não é que resulte sempre (ainda hoje estive 10 minutos à espera que me atendessem, mas neste caso não havia outra hipótese e felizmente o meu telefone tem alta-voz, pelo que enquanto esperava continuei a minha vida). Por outro lado, fico fula quando estou num balcão e o telefone toca e @ funcionári@ esquece-se que estava a falar comigo e fica tempos infindos na conversa. Há sempre dois lados numa moeda.

* a minha lei de murphy favorita é "se acha que as coisas não podem piorar, é porque não tem imaginação suficiente". Mas também tenho presente que as coisas podem sempre melhorar, por muito boas que sejam.

E quem quiser fazer (segundo a filosofia do passa a outro e não ao mesmo) esteja à vontade!

24 agosto 2007

#61

Quando era miúda, fui de férias com uma amiga para o Algarve. Normalmente íamos para o Alentejo, e nesse ano, a meio das férias, mudámos de ideias e de poiso, a minha família, e a dela.
Quando chegámos ao destino nós (as miúdas) ficámos maravilhadas com a quantidade de coisas novas que havia para experimentarmos durante o que nos ainda restava de férias, e que seriam ainda uns quinze dias, mais coisa menos coisa. Nos primeiros dias demos a volta a tudo, mas não fizemos nada, porque não queríamos "gastar" as diversões e depois eventualmente ficar sem nada para fazer. A minha amiga é que teve essa ideia brilhante, de conhecer o terreno, observar todas as brincadeiras que seriam possíveis durante algum tempo, para depois começarmos a desfrutá-las, uma por uma. Pode soar como uma ideia muito sensata, adulta, enfim, uma belíssima ideia, mas a verdade é que me estragou as férias. Pois após esses primeiros dias de reconhecimento, apanhei uma otite que não me deixou andar ao vento ou na água até ao fim das férias (e depois também não foi fácil). Desde aí nunca mais esperei para desfrutar as coisas boas da vida. Aproveito o momento quando ele se apresenta, e não faço planos a longo prazo. Quem sabe se amanha não sou atropelada por um autocarro. Quando morrer não quero ficar a pensar nas mil e uma coisas que planeei fazer mais tarde. Agora é que estou viva, e quero aproveitar, sempre.

22 agosto 2007

#60

Tenho um amigo que começa as refeições pela sobremesa. Diz ele que a vida é curta, e se tiver que morrer antes de acabar, ao menos não lhe fica a faltar a melhor parte.

21 agosto 2007

16 agosto 2007

#58

Realmente há coisas estranhas. Há tanto tempo que vivo em Munique e ainda não me tinha passado pela cabeça que o Isar é um rio calmo e como tal, deve ser aproveitado. Felizmente tenho uns amigos com ideias brilhantes (e outras estúpidas, mas isso é outra conversa), como a de descer o Isar em barcos de borracha. Bem, podíamos tê-lo feito de canoa de madeira, como muitas outras pessoas, incluido umas que viraram e perderam as garrafas de água, chinelos, sapatilhas, e até bonés. Perderam mesmo, pois com a corrente não há maneira de os recuperar. Alguns de nós, os que vinham mais atrás, ainda apanharam algumas dessas coisas, mas os tipos da canoa virada é que nunca mais nos encontraram. (Alguém quer comprar uns ténis Nike, número 42? E chinelos adidas número 39?) Mas os barquinhos de borracha não sao nada maus, tem é que se ter cuidado para não furar, pois a viagem dura 8 horas (com duas paragens nos Biergarten que ficam pelo caminho) e nem sempre há meios de transporte nas redondezas. O meu barquito deve ter começado logo com um furo (um furinho bem pequeno) na dobra, mas lá se aguentou até ao fim sem ir ao fundo. Outras pessoas não tiveram tanta sorte, e pudemos testemunhar vários cadáveres de barcos pelo caminho (que ainda sao uns 32 km, mais coisa menos coisa). E o mais fantástico de tudo é que o rio é na sua grande parte baixinho (sao poucas as zonas onde não se tem pé), e às vezes só se vêem outros malucos de barco. E natureza, muita natureza. Nas prainhas mais escondidas (quer dizer...), aquelas de mais difícil acesso por outros meios que não o fluvial, encontra-se uma data de gente a fazer naturismo. Nunca tinha visto tantos rabos nús (e não só) numa só tarde.

13 agosto 2007

#57

Pois uma gaja passa o dia todo a trabalhar arduamente (hmm), e nem se atreve a postar as coisas que lhe passam pela cabeça enquanto está no trabalho, e de vez em quando vai escrevendo uns mails para si própria no gmail (que ficam gravados em draft)... (no fundo é a mesma coisa que escrever postes, mas em os publicar logo), e quando dá por ela, em vez de carregar no botão para gravar ou enviar, carrega no "discard". Big mistake, não dá para desfazer, e lá vão os pensamentos de um dia de trabalho (uns mais inúteis que outros) ao ar. E agora, lembro-me lá do que é que tinha escrito, não há postes para ninguém. Azarito.
Donde se prova que não há nada como um bloco de notas ou post-its. Ao menos esses mesmo que vão para o lixo ainda se podem recuperar.

12 agosto 2007

#56

Os senhores que vendem bebidas em lata e que gostam de fazer publicidade disfarçada em programas televisivos (que é como quem diz, por a malta das novelas a mostrar que bebem dessas bebidas) já pensaram (claro que não pensaram) que é muito pouco natural alguém beber de uma lata com a mão torta? Tipo até deve doer estar uns segundos a tentar equilibrar a lata na mão de maneira a que a câmara foque bem o nome do produto e tentar beber então não deve ser nada fácil. Eu até pensava que os actores deviam ser burros precisar de treino especial para pegarem nas latas daquela maneira, mas depois fiz eu própria a experiência, e não há mesmo forma de pegar numa lata para beber e mostrar ao mesmo tempo a marca.
Assim sendo, fico com a impressão que quem se lembrou de fazer publicidade desta maneira esqueceu-se que por as pessoas a beber de uma lata de forma tão pouco natural pode dar a impressão de que quem beber muitas vezes daquelas bebidas vai ficar com as mãos tortas. O que não é nada bom.
E como eu sou uma pessoa construtiva, que não só faz críticas mas propõe soluções, vejo três maneiras de resolver este problema.
A primeira, mais simples, em vez de os actores beberem mesmo, esvaziem primeiro a lata e depois façam de conta. Deve dar para pegar de maneira mais natural, e de qualquer maneira ninguém acredita que aquela gente magríssima beba seja o que for que leve mais que 0,00000001gr de açúcar.
A segunda, dá um bocado mais trabalho, é fazerem as latas de maneira a que a abertura para beber calhe num sítio onde, a pegar de forma natural na lata (ou seja, da maneira que toda a gente pega), a marca se fique a ver bem. Esta solução pode ser a mais complicada, mas pelo menos funciona na televisão, nos vídeos caseiros, e em qualquer esplanada. Publicidade alargada e parte dela gratuita, e feita pelas pessoas que têm maior confiança por parte dos consumidores - eles próprios, a família, amigos e conhecidos (e @ gaj@ ao lado que diz "quero o que a pessoa daquela mesa está a beber", só porque está sem ideias ou quer experimentar algo novo).
Terceira solução, simples e barata: ponham o pessoal a beber de palhinhas. Fácil, prático, higiénico, e com algum engenho podem até criar situações em que os actores nem sequer tenham que pegar na lata para beber.
Quem é amiga, quem é?

11 agosto 2007

#55

O cheiro das Brezen (a que eu antes chamava pretzel até que me fartei de dizer as coisas de maneira diferente da dos bávaros, não que eles notassem) a fazer no forno espalha-se pela casa. Cheira bem. Venha o queijo e temos (tenho) lanchinho. nham nham.

#54

A melancia devia ser a fruta nacional.

Diz que estou grávida

Mas não vai ser aqui que vou falar disso. Para os fãs de babyblogues, tudo (quer dizer...) sobre o meu floco de neve, no blogue snowgaze & snowflake.

09 agosto 2007

Novidades

Vou ter que fazer outro blogue. Só me apetece escrever sobre parasitas (estive a ver o House ontem). Assuntos que não são para aqui chamados.

#53

Há um sítio em França que se chama Lapalisse. Assim mesmo, tudo junto. Passei por lá, e estive-me a rir do nome uns 5 minutos. Ainda assim, em Portugal há sítios com nomes melhores. Por exemplo, "Azia", "João Roupeiro" e "Maria Vinagre". Assim só para citar 3 num raio de 5km (ou menos).

Managing the workload

Ora aí está um tópico na moda. É empilhar o trabalho (mais rápido que fazer uma lista) e fazê-lo. Em caso de dificuldades, desligar a ligação à net.

07 agosto 2007

#52

As férias de verão servem para poucas coisas, mas de grande valor. Uma é para apanhar sol à fartazana. Outra, para molhar os pés (pelo menos) no Atlântico. E outra ainda, é para ler os livros todos que conseguir enfiar naquela meia dúzia de dias que sabem sempre a pouco (os dias, os livros, depende). Ora este ano, depois de uma pilha considerável, de alguns livros brilhantes, outros assim assim, outros que não valiam nada e um que nem me dei ao trabalho de acabar de ler porque estava a engonhar demais para o meu gosto (li cerca de 200 páginas de um total de 500, mais coisa menos coisa), ficou um ensinamento. Há para aí muitos livros que pretendem ser traduções de originais em inglês. No entanto, para traduções para português de Portugal deixam muito a desejar. Assim sendo, e porque as más traduções me irritam, vou deixar de ler livros em português quando o original seja em inglês. Não finjo ser mais entendida em inglês português do que alguns tradutores. Sou mesmo.