26 dezembro 2012

Sorte

1. Corremos para apanhar o autocarro. Foi por pouco.
2. Esqueci-me da mochila no comboio.
3. Controlo de segurança no aeroporto. Apercebo-me de que me esqueci da mochila no comboio e entro em pânico. Costumo guardar os bilhetes de identidade e cartões de embarque na mochila. Felizmente, desta vez tinha-os na carteira, que ainda estava comigo. Uma sorte no meio do azar.
4. Contacto os serviços de perdidos e achados dos comboios (não havia tempo para voltar atrás). Dizem que vão procurar.
5. No avião. Passo a viagem a pensar na mochila. Computador, DVDs, prendas que tinha lá dentro. Pen USB e modem USB. Phones. Roupa de emergência para o caso de me perderem a mala. Documentos oficiais de difícil substituição. Faço uma lista do que me lembro que lá estava. Nunca tinha perdido uma mochila na vida, nunca tinha perdido nada tão importante. (OK, relativamente importante, não é o fim do mundo.)
6. Lisboa. Enquanto trocamos de avião, recebo uma chamada de Munique. Encontraram a mochila e perguntam se posso mandar alguém a buscá-la. Posso.
7. Porto. A mochila já foi resgatada. As prendas serão entregues depois do Natal. Não sei se o conteúdo está lá como o deixei, mas aposto que sim. Confirmo no ano novo.

Tenho uma sorte que nunca mais acaba. A sério.

24 dezembro 2012

É Natal, é Natal!

Natal na terrinha. Paz e sossego nas ruas, não andasse a malta com caixas de bolo rei nas mãos e nem se notava a diferença.
Ainda há bocado fui num instante (a pé) comprar uma prenda de última hora. Nem filas, nem atropelos, nem trânsito.  Planos para a tarde? Comprar a última prenda que me falta (há sempre alguma coisa que fica para o último dia), decidir entre fazer leite creme ou bolo de chocolate. Ou os dois. E comer rabanadas da minha mãe a seguir ao almoço.
Adoro o Natal.

17 dezembro 2012

Natal no centro de Munique


Finalmente la' fui, eu também, 'as compras de Natal. na rua, como deve ser, num dia relativamente quente (graus positivos - t-shirt, cachecol e casaco), que e' como eu prefiro. Muita gente, muitas decorações, lojas cheias. La' despachei as ultimas prendas que me faltavam (os homens, são sempre eles que ficam para o fim, que não há orçamento para as coisas que eu sei que eles iam gostar - robots e helicópteros e coisas assim). E no fim ainda tive que ir 'a loja de chocolates, a loja de chocolates. Tem graça, pois fica ao lado de uma loja da Neuhaus, que supostamente e' boa. Mas a Neuhaus estava 'as moscas, enquanto que a loja estava cheia e com fila que se prolongava por uns metros pela rua fora. Quatro senhoras la' dentro aviavam os clientes o mais depressa que podiam, e eu ia tirando fotos, vendo o mail, mandando SMS, conversando com as pessoas que esperavam também, e ouvindo  o violinista que fazia serviço publico com o seu repertório (no meio da confusão acabei por me esquecer de ir la' agradecer no final, 'a próxima tenho de me lembrar). Ainda pensei em ir 'a minha vida, que tinha outros afazeres, e voltar mais tarde, mas ainda bem que o não fiz, pois quando finalmente sai da loja com o meu saquinho a fila la' fora tinha duplicado de tamanho. Suponho que só termine no dia 24 'a hora de fechar.


Por este ano, acho que e' tudo. Despachei a maioria das compras de Natal online e o resto foi hoje. Por agora, chega de "rua", lojas, comércios, mercados, para mim.

15 dezembro 2012

O meu avô

O meu avô foi emigrante em França e na Suíça durante alguns anos. Não falava muito desses tempos, mas contava duas histórias repetidas vezes, ambas sobre mal entendidos. Num dos sítios para onde foi trabalhar ao almoço perguntaram-lhe se queria pêra. Ou ele assim entendeu. E o meu avô respondeu, em português que era a única língua que sabia, "Que venha a pêra , o que vem, morre!". Deram-lhe uma cerveja.
A outra  história passou-se num supermercado. O meu avô viu uma lata de algo que pensou que fosse carne, e perguntou a uma empregada se aquilo era bom. A empregada disse que sim, o meu avô pagou e levou para casa, para o jantar. Era comida de gato. Ele nunca contou se descobriu o que era antes ou depois de abrir a lata...
Penso no meu avô muitas vezes.
Naquela altura não havia internet. Os telefonemas eram caros e as pessoas não tinham telefones em casa, telefonava-se a uma hora marcada para a mercearia ou o café da terra. Não havia tv cabo nem satélites que lhe valessem, e provavelmente nem o jornal apanhava.
Mandavam-se cartas que demoravam a chegar.
Não me consigo imaginar no lugar do meu avô naquele período. O que me custa a mim, com televisão, internet, chamadas em flat rate para Portugal, viagens baratas, fins de semana no meu país, verões na praia do estrangeiro que é o Algarve. Revistas, jornais, notícias, tremoços, bolacha maria, sumol, bacalhau e até cerelac no supermercado.
E como o meu avô, tantos outros passaram por tantas dificuldades. Hoje é tão mais fácil.

11 dezembro 2012

07 dezembro 2012

Regresso ao passado

Estou a ter um curso com um sósia do Vasco Granja. Espero que a qualquer momento o homem comece a desenhar. Ate' agora não tive sorte nenhuma.

05 dezembro 2012

Bolachinhas

É quase Natal, e isso traduz-se em experiências a fazer bolachas. Desta vez, umas com imensos frutos secos, que eu adoro, e que não obrigam a estender a massa com um rolo da massa, nem a cortar figuras, que eu detesto porque dá mais trabalho do que valem as bolachas.
Ficaram ligeiramente tostadas demais (é o que dá abandoná-las no forno e ir fazer outras coisas, mas eu não gosto da cozinha e às vezes nem o alarme me salva as experiências culinárias), mas são deliciosas.
A receita foi do flagrante delícia.. Pronto, as minhas não ficaram tão redondinhas e ainda para mais alargaram no tabuleiro (acho que as devia ter esfriado no congelador em vez de no frigorífico), mas sabem bem, que é o que interessa. Ah, e só deu 12, e não 48, e estão a desaparecer muito rapidamente... O que  vale é que são muito fáceis de fazer pelo que sou capaz de, logo que me apeteça, tratar de fazer mais. Nham nham.


É Natal, é Natal!

Chegou a árvore. O vizinho tocou-nos à campainha depois do jantar e entregou-a (os meus vizinhos do lado são muito simpáticos - e úteis!). Os miúdos (a miúda, vá) puseram-se aos saltos de roda dela, todos contentes. O grande faz um ar incrédulo, e pergunta se a árvore de Natal é verdadeira. Levou logo com um "claro!", seguido de um "que é que queres dizer com isso?". Ora bem, no ano passado fiz, pela primeira vez na minha casa, a experiência de comprar uma árvore daquelas que crescem numa floresta (também conhecido por viveiro). Não correu nada bem - passados uns dias estava murcha e os ramos começaram a descair, e quanto mais o Natal se aproximava mais a árvore murchava. Diz que é preciso pôr-lhe água todos os dias (é por isto que gosto de cactos). Portanto, este ano regressámos ao modelo "árvore de Natal feita com plástico e arame", a verdadeiríssima árvore de Natal que aguenta qualquer condição climatérica. Agora tenho que ir comprar bolas, que as que tenho usado no passado são muito poucas. É isso ou amarfanhar papel de cores e atirar lá para cima,  ver se alguém nota.

Quanto aos pinheiros propriamente ditos, era o que os meus pais costumavam ter lá em casa. Tenho imensa pena de ter falhado o famoso Natal, em que, em pleno jantar de Natal, alguém reparou que a árvore estava a mexer-se. Foram ver,  e tinha bichos lá pelo meio (não sei quais, não estava lá), que deviam ser grandinhos para fazer a árvore abanar. Desde aí, até o resto da família se rendeu às árvores artificiais, ao menos estas não começam a abanar furiosamente a meio da ceia.

27 novembro 2012

Perigoso é andar na rua

Umas aleijam-se a jogar futebol. (O joelho está quase normal, já consigo correr devagar e tudo, obrigada.) Outras é a sair do autocarro. Mal por mal, eu ao menos estava-me a divertir. :o)

26 novembro 2012

Trigonometria 3D

Já não pegava na minha calculadora cientifica, a seria, há uns 10 anos. Não consegui descobrir como por aquilo a calcular ângulos em graus. Felizmente ainda sei como se transformam radianos em graus.
Não sei se alguma vez soube o que e' um tetraedro, mas agora sei.  Ah, as maravilhas de calcular ângulos de sólidos...

23 novembro 2012

O desportomais perigoso

Há uns dias fui jogar futebol com as miúdas, como fazemos quase todas as semanas. O entusiasmo do costume, golos, corridas mais rápidas e outras mais lentas, agora troca que eu vou 'a baliza um bocado, a diversão de sempre.
Isto das miúdas e' uma figura de estilo, sou eu a esquecer-me que somos grandes e temos empregos sérios, e algumas de nos também têm filhos e tudo. Umas velhas, portanto, a jogar futebol como se tivessem 6 anos. 10 anos, vá.
Andava eu toda contente por ali e deixei o entusiasmo levar a melhor. Veio uma bola mais alta e eu achei que tinha que saltar para lhe dar uma cabeçada antes que a adversária mais perto la' chegasse, que ela ate' era mais alta que eu e tudo. Ao tentar saltar o mais alto possivel, algo no meu joelho estalou. Não bati em nada nem em ninguém, mas ao saltar algo, provavelmente um ligamento, achou que aquilo era esforço a mais e fez um barulho esquisito. Ao cair, coloquei todo o meu peso na outra perna, a ver se não piorava a coisa. Não doía, mas não consegui apoiar-me naquela perna durante meia hora. Entretanto o joelho inchou um bocadinho, e' como se tivesse algum liquido ao lado da rotula e também um pouco na parte de trás do joelho. Já não ando a coxear, mas ainda não consigo correr, que o joelho ainda não aguenta certo tipo de movimentos. 30 anos a jogar futebol e nunca tinha tido um acidente que fosse. Tirando aquela entorse há uns 12 anos.
E o pior e' que nem cheguei à bola.

19 novembro 2012

Dorie às Sextas

(sim, eu sei, mais uma pausa)

Isto aqui é só para não me esquecer, porque de futuro posso vir a precisar. Ora onde é que eu vi as pastilhas de chocolate amargo (e também havia de outros tipos)? Foi na Hussel. Quando me der para fazer a receita desta semana, porque eu gosto muito de doces, fazê-los e comê-los, já sei onde é que posso ir buscar este ingrediente. Merengue de chocolate e farinha de amêndoa, já estou a suspirar... :-)

[o meu eu futuro agradece]

10 anos...

Calhou ver uns excertos da sic notícias. No écran, o Pacheco Pereira. Depois, o Marcelo. Envelheceram 10 anos desde a última vez que os vi. É natural, provavelmente já não os via há 10 anos. Por outro lado, é surpreendente, como é que isto aconteceu tão depressa. Puxa, o pior ainda é que eu própria envelheci 10 anos nos últimos 10 anos. Ainda agora era uma miúda. A maior parte do tempo esqueço-me que já não sou.

O tempo é o que fazemos dele

Quanto mais coisas tenho para fazer, maior é a quantidade de pausas que faço. Quanto mais interrupções voluntárias e meio do que ando a fazer, mais coisas saem feitas ao fim do dia. Por esta ordem de ideias, devia fazer pausas de 5 em 5 minutos... O céu é o limite.

12 novembro 2012

O velho e o burro

Isto de ir ao facebook tem consequências. No caso, tanta gente a falar do vídeo do professor Marcelo, que lá tive que ir ver do que se estava a falar. Não vou dizer nada em relação ao vídeo, que acho que fala por si. No entanto, as imagens recordaram-me de outra coisa. Há uns 8 ou 9 anos atrás, apareceu-me nas mãos um livro alemão que pretendia ensinar a língua de Camões neste país. Se bem me recordo era da Langenscheidt, uma das maiores editoras de cá. Na capa tinha uma imagem de um burro e um velho, com certeza tirada em Portugal quando ainda havia burros. Lembro-me de conversas por causa dessa imagem, pois muitos alemães associavam a Portugal um atraso que não tínhamos, porque pura e simplesmente não conheciam o país. Alguns pensavam que nem estradas decentes tínhamos (e nessa altura já o país tinha sido atravessado em todos os sentidos por autoestradas e IPs pagos em grande parte pela CEE).
Sinceramente, não me parece que factos (como os feriados, na Baviera 13) e imagens (como um dos meus sítios favoritos no meio dos "meus" montes em Portugal, pespegado em outdoors na cidade de Munique) façam alguma diferença. Não é por aí. Mas é triste que não haja uma cabeça capaz de desenvolver um argumento sólido, que não haja um governo capaz de por em primeiro lugar, sempre, o interesse da Nação. O que é que esta malta aprendeu, e onde, pergunto-me, que não tem capacidade para fazer melhor.

11 novembro 2012

To chocolate cake or not to chocolate cake...

Tenho andado a adiar escrever porque queria meter aqui uma foto, mas entretanto a foto não vem cá parar sozinha e eu tenho muita preguiça para ir buscar a maquina, tirar o cartão de memoria, copiar para o computador, dar um jeitinho na imagem, e postar, finalmente, a dita. E como já lá vai uma semana, concluo que isto e' uma das tarefas que vai ficar para dia de S. Nunca ao fim da tarde, que esse dia e' que vai ser o mais produtivo da vida inteira.
Entretanto a minha atencao virou-se para este bolo de chocolate (Chocolate blackout cake), e por muito que gostasse de poder adiar o teste, vai ter que ser hoje. Já so' penso em bolo de chocolate com creme de chocolate e po' de bolachas de chocolate por cima, e isso nao e' saudável (eheheh). A vantagem de hoje ser domingo e' que há tempo para o fazer (ontem certifiquei-me de que havia todos os ingredientes, que hoje não posso ir a correr ate' 'a loja, quer dizer, poder posso mas só se quiser bater com o nariz na porta), e, por outro lado, como amanha e' segunda posso sempre levar as sobras para os colegas de trabalho, que nao se cansam de se voluntariar para estas minhas experiencias. Posso sempre fingir que estou a celebrar 10 anos de Alemanha, 10 anos deste emprego, 10 anos a aturar alguns malucos e 10 anos em que fiz alguns bons amigos. A verdade e' que hoje só consigo pensar em fazer este bolo de chocolate, e as reflexoes dos tais 10 anos, que e' tanto, mas tanto tempo, ficarao para outro dia. Hoje e' um dia de outono chuvoso, cheio de nuvens, perfeito para bolo de chocolate e lareira. First things first.

02 novembro 2012

Postal de Edimburgo

Os escoceses têm sobremesas geniais. Ainda não entrei num restaurante que não  tivesse pelo menos uma sobremesa de chocolate com chocolate e mais chocolate. Tipicamente bolo de chocolate com creme de chocolate e molho de chocolate,  por vezes acompanhado de gelado de baunilha ou outras coisas. E um morango para enfeitar.
A cidade  e' muito bonita. E' como de fosse feita de castelos e mais castelos, encostados uns aos outros. Há casas e mais casas com torreões e muitos outros detalhes arquitectónicos. Eu que nem ligo a estas coisas, acho delicioso.
Os edifícios, pelo menos no centro, têm todos ar de terem vários séculos. Por dentro podem ter sido modernizados ate' quase parecerem edifícios de outra cidade europeia qualquer, mas depois chega-se a um recanto e lá estão as escadas de madeira antigas, vitrais como já não se fazem, painéis de madeira nas paredes com reentrâncias tipo janelas, entalhes e outros elementos. E isto pode ser dentro de uma loja, um café ou um restaurante. A cidade foi construida em vários níveis/andares, e isso aparece em aspectos como pontes no meio de uma rua que de um lado têm um jardim dois níveis abaixo, e do outro a rua continua normalmente, mas uns metros à frente, do outro lado da rua onde deveria haver mais casas há um buraco onde se vê uma descida de outra rua diversos níveis abaixo. Estive num restaurante que funciona em quatro pisos, em que tanto o piso mais alto como o piso mais baixo têm acesso ao nível da rua... duas ruas diferentes, claro. Como a casa de banho era num andar intermédio, havia pessoas meias perdidas que já não sabiam para que andar voltar.



Na zona residencial, as casas são impressionantes. Um pé direito que nunca mais acaba, janelas imponentes, fachada de pedra. Lindas. Alinhadas nas ruas largas, a pedra clara ao sol ou 'a chuva, muito arrumadinhas, bonitas, limpinhas. Idílico.
Há autocarros de dois andares. Para os turistas servem um duplo propósito, enquanto nos levam de um lado para o outro aproveitamos para ver a cidade de um ponto mais elevado.
No centro há imensas lojas de kilts para turistas, com gaitas de foles eletrónicas a tocar 'a porta. Além de kilts baratos  vendem todo o tipo de souvenirs. O mais interessante e' que se conseguem encontrar coisas diferentes das lojas de recuerdos do resto do mundo (já alguem reparou que aqueles moinhos de porcelana que vendem na Madeira sao os mesmos que vendem na Holanda?).
Há whisky rooms (bares de whisky), restaurantes de todo o tipo de cozinha, pela rua vêem-se homens de kilt que andam na vida deles, para alem dos que o usam por necessidade profissional.
Ainda não me sentei no Elephant House, local famoso por ter sido onde pelo menos parte do Harry foi escrito, embora tenha passado 'a porta diversas vezes. Mas esta' sempre apinhado, e eu não tenho paciência para esperar. O italiano do outro lado da rua serve um café decente, e é ligeiramente mais fácil encontrar lugar para sentar.
A biblioteca publica (da cidade) e' um must. Madeira castanha escura, secretarias antigas e respectivas cadeiras, wi-fi, estantes de madeira escura cheias de livros de tudo e mais alguma coisa. Computadores, algumas cadeiras confortaveis, tectos muito altos. Do outro lado da rua, encontra-se a biblioteca nacional. Menos interessante se o que procuras e' wi-fi. ;)
Muitos museus. Um deles anuncia que a entrada e' grátis, bem como as visitas guiadas. O paraíso para turistas com pouco dinheiro.
Um grande cinema com ar de centro comercial colocou um anuncio gigante nos vidros exteriores. Não me recordo o que e' que estão a promover, embora tenha estado em frente diversas vezes, mas tem 4 rapazes da equipa de rugby escocesa em tronco nu em tamanho gigante. Seja o que for que estejam a publicitar, e' um belo anúncio. Podiam usa'-lo para promover o país pelo mundo inteiro.
O transito e' engraçado. As pessoas atravessam a rua quando o sinal para os peões esta' vermelho, e' as vezes parece que ficam perigosamente perto de serem atropeladas.
Os supermercados são muito grandes, e o modelo de vendas funciona muito 'a base do leve dois pague um, e coisas semelhantes. Ontem comprei duas coisas para oferecer, e tive que trazer uma terceira, pois o terceiro produto seria grátis. Não se preocupem, não se estraga nada :).



Amanha e' dia de danças escocesas. Vou a uma Kaylee (Ceilid).Vou tentar não me distrair muito com os kilts a esvoaçar enquanto aquela malta dança (hihihi).

28 outubro 2012

Digo isto todas as vezes que uso o youtube

Isto (o youtube) já passava a ser um serviço subscrito, eventualmente pago ou a viver à custa de publicidade, em que o copyright não seria um issue. De cada vez que tento ver um vídeo que alguém linkou e tem uma musica qualquer, 90% das vezes diz-me que não, que na Alemanha o detentor do copyright não deixa. Youtube sucks big time. Dêem lá a volta a isso, que como está não é progresso, é regresso ao passado. Queremos viver no futuro!

Depois do Outono, vem o Inverno

Umas vezes mais tarde, outras vezes mais cedo. Desta vez, veio cedo.


Ontem acordei com chuva. Virei-me para o outro lado e continuei a dormir. Hoje acordei e estava uma claridade fora do comum. Espreitei pela janela e vi isto. Tudo branco. Pensei "bolas, vou ter que limpar o passeio", virei-me para o lado e continuei a dormir. Isto é o que faz a diferença entre um emigrante recente e um emigrante que já cá está há tanto tempo que, apesar de continuar a não ser um nativo, já faz parte da mobília. Alguém que tenha vindo mais recentemente vê neve e alegra-se. Alegra-se apenas. A neve em Portugal é algo relativamente raro. Quando neva, pára tudo. Aqui não. A neve pode abafar os sons, pode haver um pouco menos de gente nas ruas, mas a vida continua como se não fosse nada. E passada a fase inicial do branco bonito, a cidade que se cobriu de branco torna-se suja, a neve torna-se castanha ou preta, suja, molhada, incomodativa.

27 outubro 2012

Tenho um vestido novo

Só me apetece dançar com ele. E calha bem, foi para isso mesmo que o comprei. E chegou mesmo a tempo.

23 outubro 2012

Aquele Outono fabuloso


Regresso à adolescência

No verão tive um ataque de acne na cara. Borbulhas como nunca me tinham aparecido na vida, umas atrás das outras, inchadas, vermelhas, quase um cenário de filme de terror (ou de filme de adolescente em que eu seria a nerd). Na altura fui à farmácia de um dos hipers, onde a técnica me disse que aquilo era mas é uma alergia solar. Eu pensava que seria alergia ao protector solar e queria comprar um hipoalergénico, mas ela aconselhou-me uns comprimidos para a alergia solar, e eu fui na conversa, até eram mais baratos que o protector XPTO e tudo. Resultado, nicles. Andei 4 meses a pensar que tinha uma alergia, e a trocar de creme da cara a ver se melhorava, a parar de por creme, enfim, tentei uma data de coisas e a minha cara continuava em erupção contínua.
Ontem, finalmente, entrei na drogaria para comprar fosse o que fosse que tivesse ácido salicílico  para resolver o que cada vez mais me parecia um problema de acne. Clearasil super rápido acção em 4 horas, foi o que trouxe. Mais barato que os comprimidos anti alergia, mais barato que qualquer creme anti não sei quê contra as alergias e peles sensíveis e sei lá o que mais. Coloquei uma vez à noite, outra de manhã e notei logo uma diferença enorme.
Quer eu queira quer não queira, sou uma adolescente. Ou pelo menos, é o que pensa a minha pele. Antes isto que uma alergia ao sol.

21 outubro 2012

Eu ainda sou do tempo...

...em que só havia telefones com fio, e se punham no hall da casa. E nem toda a gente tinha telefone. E nas aldeias só o café tinha um, que era serventia de todos (a pagar, claro).
E depois vieram os telemóveis. que eram grandes e pesados mas tinham um écran mínimo e só davam para fazer chamadas e mandar mensagens. E antes disso ainda houve os bips (pagers), mas duraram pouco porque ninguém gostava deles.
Saudades? Nenhumas. Os telefones fixos sem fios são geniais e só pecam por fazerem menos coisas que um telemóvel actual. Os telemóveis ultrapassaram a fase em que os amigos comparavam a ver quem tinha o mais pequeno, e agora e a ver quem tem o maior... écran.

A procura de uma lista de compras

para o telefone. Aquilo até tem  um bloco notas, mas não me apetece utilizá-lo. O continente é que era, lembro-me que tinham umas listas em papel geniais, ordenadas por secção e tudo. Por cá nunca vi nada disso. Bastava fazer a mesma coisa para app, não tem nada que saber...

19 outubro 2012

Este Outono

Eu não gosto lá muito do Outono. Lembro-me de gostar muito de Setembro, do regresso às aulas, livros novos, artigos de papelaria nos supermercados, do ar de novidade que o acompanha, mas o início de Setembro ainda é Verão. O Outono é mais para Outubro, quando o ar começa a esfriar rapidamente, os casacos saem do armário, as sandálias são arrumadas até ao fim da Primavera, a época da chuva começa, e às vezes até caem as primeiras neves. Não gosto do frio. Gosto de me esticar ao sol como um gato, pronta a dormir uma soneca, gosto de me sentar numa esplanada com uma bebida à frente a apanhar raios de sol, gosto quando o meu cabelo fica tão quente que quase podia estrelar um ovo em cima dele. Gosto quando está tão quente que sinto uma gota de suor a escorrer pela perna nua abaixo, mesmo que não esteja tão quente que possa estar à sombra sem sentir frio.
Até gosto de acender a lareira, castanhas assadas, abóboras e muitas outras coisas que vêm com o Outono, mas do frio que o acompanha, não gosto nada.
E como não gosto do Outono, tinha que registar que este está a ser o melhor Outono de sempre. Há semanas que praticamente não chove, o sol brilha, à tarde está quentinho e pode-se passear na rua com t-shirt. As esplanadas estão apetecíveis, os italianos ainda vendem gelados, e o ambiente é de um verão tardio. As folhas caem, a luz do sol nas árvores de cores laranja ou avermelhada é fabulosa, o céu está 90% azul. Havia de ser sempre assim, o Outono.


13 outubro 2012

No supermercado

Faço compras à pressa, como sempre, uma corrida contra o tempo, que tenho mais que fazer e num instante a companhia se farta de andar por ali. Na zona da fruta, a minha preferida, demoro um bocadinho mais. Há melões, meloas, melancia, aposto que nem um deles viu o sol, amadurecidos à força num frigorífico ou armazém, com sorte saberão a agua com um leve travo à fruta que se estará a comer. Deixo-os ficar. Morangos, os últimos do ano, caros, alvos das minhas suspeitas, os morangos de pré-época são sempre muito melhores que os pós-época, não obrigada, prefiro esperar pelos de março ou abril. Laranjas, maçãs, bananas, nozes, uvas. E castanhas. Trago algumas, para assar ao lume, meia dúzia a seguir ao jantar, Lá fora está frio, castanhas assadas vão bem com frio, aquecem as mãos e o estômago.
Despacho o resto das compras e dirijo-me a caixa. A funcionária passa os produtos pelo scanner, uns atrás dos outro, até que chega às castanhas. Não se lembra do código, procura nas listas, finalmente desiste, e pergunta à colega. A resposta vem pronta: o código, e a localização do mesmo na lista. Está nos produtos exóticos. Castanhas, exóticas???

09 outubro 2012

Admirável mundo novo

A miúda de 4 anos a explicar ao miúdo de 16 como é que se usa o tablet. Genial. A navegar pelos diferentes menus, a escolher as diversas apps, desde desenhar, jogar, ler livros, escolher vídeos no youtube ou os promocionais da app store, e "escrever uma carta". Eu sempre disse que estas coisas com touchscreen foram criadas para crianças muito pequenas.

08 outubro 2012

Uma sorte desgraçada

Quando precisava de estar no meu melhor, saio de casa e reparo que tenho um rasgão na parte de baixo da traseira da saia. Tarde demais para voltar atrás, faço figas para que não se note muito, e siga para bingo. Nota-se. Faço figas para que a maior parte da gente que vou ver seja portadora de um cromossoma Y, e aquilo passe despercebido. Confirma-se, homens por todo o lado. Raios para a saia. Passo a maior parte do dia sentada. Quando me levanto, tento que ninguém fique nas minhas costas. Extremamente bem educada, é isso que eu sou. ;-)
O dia termina. Finalmente chego a casa, tiro a saia, vejo finalmente o tamanho do rasgão. Um centímetro, quase dois, Não tem salvação. Uma saia a menos, e um dia que podia ter corrido melhor. No entanto, congratulo-me. Não foi assim tão mau. Consegui esquecer-me do desastre a maior parte do tempo. Nos próximos dias vou tentar lembrar-me de comprar um estojo de costura de emergência para ter no trabalho. Não que saiba coser, não sei, mas numa situação como esta tinha dado um jeitinho. Pensando melhor, vou mas é guardar uma roupa de emergência no trabalho. Muito mais fácil.

01 outubro 2012

Como isto anda

Apeteceu-me fazer biscoitos. Encontrei estes, de cacau e amendoim, e como não tinha amendoim substituí por amêndoa laminada. Ficaram bons, mas fofos (para biscoitos). Se fizer outra vez tenciono torrar a amêndoa ou amendoim na frigideira antes de juntar 'a massa.
Hoje, agora que já desapareceu metade dos biscoitos (dois deles quebrados em pedacinhos e misturados em sorvete de limão, uma delícia), encontrei os amendoins numa gaveta. Ups, fica para a próxima.


27 setembro 2012

A fotografia


Eu acho que vi este abraço em directo numa das tvs (TVI informação, se não estou em erro). Posso estar enganada, mas pareceu-me ter visto num canto do écran enquanto o comentador falava de números, descontentamento, multidão, tomates.
Esta fotografia é linda. A miúda é linda, o policia é lindo.
Esta é a fotografia daquela manifestação gigantesca. Esta será, provavelmente, a fotografia do ano. Daqui a muito tempo, quando já ninguém se lembrar, esta será a fotografia que marcou um momento, que tem o potencial para marcar a historia. Ou não.
Adriana, Sérgio, da minha parte, obrigada.

A dois

Sonhei que a dois tinha acabado. De repente, ligava a televisão e já não lá estava. Queria ver os -desenhos animados da manhã, mas o écran ficava preto. De repente, pânico. Acabou-se a televisão quando for a Portugal de férias, pois quando havia quatro canais a dois era o único que eu via. Dos outros três, que é como se fossem um pois transmitem o mesmo formato de programa à mesma hora e muitas vezes até conseguem a proeza de ter intervalos ao mesmo tempo, pouco ou nada se aproveita.
Acordei e fui ver se ainda havia dois. Desenhos animados à fartazana, toda a manhã, como a canalha gosta. Estrangeiros, dobrados, uns melhores, outros piores. E lembrei-me do tempo em que havia produção portuguesa, que me faltou durante todo o verão em que só tive quatro canais. Bonecos. Os Amigos do Gaspar e a árvore dos Patafúrdios. Agora há três canais a passear pelo pais com câmaras atrás, mas para os miúdos não sobra nada. Tenham ou não tenham idade escolar. Tenham ou não escola durante todo o dia.

26 setembro 2012

Big Bang

Apanhei o Sheldon em falso. Ja nem me lembro o que foi, mas afirmava qualquer coisa que só era 50% verdadeira. Pode ter sido falha. Pode ter sido porque a frase correcta demoraria o dobro do tempo a dizer e talvez tenham um limite de tempo de intervenção por personagem. Pode ter sido um teste a ver quem apanhava o erro. Pode não ter sido nada disto.
Não se pode confiar em geeks da televisão.

25 setembro 2012

Zona de guerra

Aquelas vezes em que, logo depois de os brinquedos terem sido arrumados e guardados, a miuda chega a casa, poe uma caixa no meio da sala, e de seguida atira uma granada la' para o meio.
A partir desse momento não há' um lugarzinho onde se possa andar descalço de forma segura. E' só tralha espalhada por todo o lado. E nem são só brinquedos, e' lápis de cor, coisas gamadas da cozinha, eu sei la'. E pensar que isto ainda vai durar alguns anos...

21 setembro 2012

Da sorte

E mais uma vez, o universo organiza-se por forma a facilitar-me a vida. O telefone toca, e alguém me recorda que me pode resolver um problema sem que eu tenha que ter pensado nessa solução, e numa altura em que o problema tinha acabado de surgir. Eu aprecio e agradeço, e lembro-me que nunca vale a pena preocupar-me.
Tenho uma sorte do caraças. Ou, como diz a minha mãe, nasci com o rabo virado para a lua. As vezes esqueço-me.

20 setembro 2012

Eficiência alemã (?)

Telefona para a secretaria da escola e pergunta quando é que deve inscrever a criança para o próximo ano lectivo. Resposta, hum, ehhh, veja na página da internet da escola. Infelizmente a informação não está lá publicada, por isso é que telefonei. Hum, ehhh, ficamos assim, dê-me o seu contacto e alguém lhe há-de telefonar.

Ainda à espera.

19 setembro 2012

Renascendo das cinzas

Quase dois anos sem olhar para aquilo, e de repente, regresso.

(A twittar como se não houvesse amanhã. Ou escrever posts a sério desse muito trabalho.)

18 setembro 2012

O Alentejano

Apesar das anedotas - que contamos uns aos outros ao desafio - o Alentejano não é aquilo que se possa pensar. Até pode levar mais tempo a fazer certas coisas, querer simplesmente que o deixem em paz, mas quando se mexe, leva tudo pela frente. Gosto deste Alentejano. Como gosto de qualquer pessoa que demonstre as suas convicções, tenha argumentos lógicos e não se deixe arrastar para baixo quando o nível da contra-argumentação desça até à parvoíce (eu confesso que não tenho paciência para parvos).

Em homenagem ao Alentejano, fica uma das minhas anedotas favoritas.

Dois alentejanos morrem e vão parar ao inferno. Diz um deles:
- Compadre, está calor aqui.
Responde o outro:
- Puxa, se isto por aqui está assim, como estará em Beja!

15 setembro 2012

No supermercado

Uma pessoa vai 'as compras uma hora antes da loja fechar, entra no supermercado e depara-se com esta cena: toda a tralha que durante o dia esteve na rua - expositores,paletes de flores, fruta, legumes, detergentes e outros artigos - esta' em vias de, de um momento para o outro, atravancar todo o supermercado. O acesso aos iogurtes e leite fresco esta' bloqueado por paletes de outros artigos, batatas fritas de pacote e frutos secos,a mesma coisa, e o cliente tem que ter cuidado para não ser atropelado por mais carrinho gigante (um metro quadrado de base por dois metros de altura) empurrado por um empregado que talvez nem se aperceba que o corredor e' mínimo e que há ali pessoas que ate' têm intenções de comprar coisas. Gente, falta uma hora para o fecho, podiam deixar o acesso livre aos produtos que supostamente ainda estarão 'a venda por mais uma hora, e já agora evitavam dar porrada nos clientes... E' por isso que este pais não Se calhar os portugueses deviam aprender estas práticas fabulosas.

14 setembro 2012

FNO

Andou por la muito soutien mal escolhido... 'a proxima, menos fashion, melhor suporte.

Isto não está para tristezas

Hoje está sol e eu entrei em modo preparação para o Natal. Sim, eu sei que ainda falta montes de tempo, mas o espírito vem quando lhe apetece, e eu apenas lhe abro as portas de par em par (isto agora soa-me esquisito).
Falaram-me em rabanadas, e rissóis, e restaurantes portugueses, e eu fiquei assim. Ainda para mais o meu leitor de MP3 foi dar à música de Natal e eu não passei à frente. Tristezas (política e afins) no twitter (eia, já não o usava há seculos), este blogue não está para se expandir sobre esses assuntos. 140 caracteres é o máximo que aguento.

11 setembro 2012

Das noticias

Apanhei o comunicado enquanto fazia zapping. Comentarios, poucos, que por muito que toda a gente diga isto nao vai la pelas palavras.
1. vou bloquear os canais de noticias. acidentes destes são para causar ataques de coração.
2. se ao menos não tivesse estudado economia, isto não me transtornava tanto.
3. quando o governo for abaixo, falamos.

Esta malta e a mania de dar nomes esquisitos a programas de computador...

Enquanto tentávamos descobrir qual o problema do portátil que não queria funcionar como deve ser, encontramos algo chamado Zeus. Pergunta o meu colega, o que é Zeus? Resposta pronta, é o pai dos deuses. Devia estar no Olimpo, não sei porque é que se mudou para aí.

O olimpo agora é num certo e determinado portátil.

07 setembro 2012

E malucos (nuts?)

(se tens que explicar uma piada, está a piada estragada...)

E explicar a piada a um estrangeiro?

Descobri que marcar/linkar coisas no pinterest pode ser referido como "pinar".

May contain traces of nuts

Há malucos por todo o lado.

Da escola

Uma pipa de massa por 6 livros. O sétimo ficou na média dos outros, outra pipa. Quando chegar ao fim do ano quero ver se o rapaz aprendeu aquilo tudo, para não ser mal empregue. Puxa vida, ainda para mais aquela tralha pesa pra caramba.
(repetir baixinho: o saber não ocupa lugar, os livros é que têm muitas páginas)

E, a última, uma pen de 16GB para a aula de informática??? Que é que aquela malta vai aprender a fazer, descarregar filmes da net??? (sim, porque as coisas úteis (hmmm) continuo a ser eu a ter que ensinar...)
Ao menos ainda não se meteu em sarilhos, se aguentar as próximas duas semanas, está safo até ao fim do ano lectivo... :-D

instantaneos de verao XV

(agora sem acentos)
Fizz limao. Ha' quanto tempo. Bolas de berlim com creme, fizz limao, o mar, o sol, a praia antes de chegar o maralhal. Ha' la' nada melhor. Quanto ao fizz limao nao sei, porque quando tentei comprar mais um ja' tinham deixado de produzir para este ano ("so' onde ainda houver sobras"), mas quanto ao resto, para o ano ha' mais. Em conjunto. Felizmente, pelo menos mar e sol vai havendo todo o ano. E ainda bem, porque sao das minhas coisas favoritas neste mundo.

02 setembro 2012

O regresso

Sempre a mesma coisa,13 graus e chuva. O verao foi bom enquanto durou, mas acabou-se. No regresso ao normal, trago uma caneta bic 4 cores comigo. Passei os anos 80 sem uma (bem queria), vou usa-la como se nao houvesse amanha... ou ate' acabar a tinta!

30 agosto 2012

instantâneos de verão XIV

a gastar os últimos cartuchos...


Nos meus montes, verdes e amarelos ao perto, azuis ao longe, confundindo-se com o céu. Solitários, orgulhosos, rasgados por estradas novas e geradores eólicos porque ali não mora ninguém, e por isso pode-se estragar a paisagem, tira-se a foto para o outro lado e depois manda-se lá para fora a ver se vêm turistas (parvos).
Divirjo. Na estrada antiga a ponte velha ainda serve, bonita, e as bermas estão pejadas de castanheiros, os ouriços verdes, as castanhas a crescer e amadurecer. Quase não passam carros. Estradinhas de terra batida seguem por montes acima, vão dar ao cume, onde me lembro de brincar em miúda. E dos campeonatos de asa delta, hoje em dia já ninguém faz asa delta, onde pessoas esquisitas se mandavam dali abaixo numas geringonças estranhas e depois iam parar ao meio do nada. Se bem que ali quase tudo seria o meio do nada, e como tal, dificilmente conseguiriam ir parar a lugar algum.
Tenho muita sorte.
Apesar das fotos que correm o mundo, os meus montes continuam suficientemente vazios para o meu gosto. Aquela vista agora é de muita gente, mas aquele ar continua a ser de muito poucos. Gosto disso. Os meus montes não se dão com o turismo de massas - o turismo de massas não se dá com eles. Uma piscina só entretém por um ou dois dias, a paisagem não é como a televisão, apenas está ali, não passa nada. Mesmo nada. Ao fundo as barragens não se mexem, a água parada. Nos caminhos de terra batida também não passa ninguém.
À despedida, passo por dois velhotes na estrada. Acenam-me. Aceno-lhes também e sorrio, provavelmente ganharam o dia, ao ver passar alguém. E eu também.

22 agosto 2012

Instantâneos de verão XIII

Fui à praia às quatro e meia, mas já estava a fechar...


E os nadadores salvadores (eram dois) andavam a pescar gente no mar.

19 agosto 2012

instantâneos de verão XII

Vi pela primeira vez uma quantidade de gente com escaldões. Deve ser síndroma da segunda quinzena de Agosto, chegar à praia branquinho quando já muita gente está morena, e tentar apanhar o bronze rapidamente... Vermelho não é uma cor bonita para a pele (e o que aquilo deve doer à noite).

13 agosto 2012

instantâneos de verão XI

Desde que estou de férias que os combustíveis têm vindo a subir 3 cêntimos por semana. Se eu pensasse que o mundo gira à minha volta poderia decidir que está na hora de voltar ao trabalho...

10 agosto 2012

instantâneos de verão X

Aproveitei um breve interregno no verão para ajudar alguém a preparar-se para um exame de matemática. Deixei a comida a meio por um problema envolvendo derivadas e logaritmos. Puro prazer. Fiquei a pensar que deveria ter ido era para matemática, seria mais feliz assim.

instantâneos de verão IX

Por muito que não goste de me levantar cedo, só preciso da motivação certa. Nada como chegar a uma praia quase deserta, passear pela areia, nadar na água quentinha, ver as massas chegar, descendo as escadas ao longe. O pequeno-almoço pode esperar pelo meio-dia,a praia é diferente (e melhor) de manhã.

instantâneos de verão VIII

Boooolinhas!
Afinal, mistério desvendado, há praias com bolas e praias sem bolas. Bolas de berlim com creme (nham nham) em quatro das cinco praias onde já estive. Não é verão sem bolas de berlim (com creme).

08 agosto 2012

instantâneos de verão VII

A escolha agora é entre gente, muita gente ou geradores eólicos. Na praia, gente, emigrantes, ingleses, alemães, holandeses, espanhóis e portugueses, muitos, pouco espaço para toalhas. A vista, gente, muita gente, um pouco de azul do mar, depois muito azul  na zona em que já não há pé.
Longe da praia, qualquer sítio que seja minimamente afastado das multidões foi, ou está em vias de ser, invadido por geradores eólicos. Horríveis, visíveis bem de longe, como que dizendo, foge, que agora esta zona menos populada é agora nossa. Tudo o que algum dia foi bonito e apreciado por poucos, é agora aldeia de geradores eólicos. Pergunto-me quanto tempo por lá ficarão, se quando terminarem os 25 anos de vida que lhes dão irão ser retirados ou se por lá permanecerão para sempre. Haverá algo ainda mais feio a substituí-los um dia, e se chegarei a ver essa mudança. E quanto aos novos, como os que de momento estão a ser colocados na serra a caminho de Alcoutim, se sobreviverão aos fogos florestais e que tipo de efeito teria um fogo que atingisse um destes monstros. Uma coisa é certa, agora é que ninguém vai subir aquelas montanhas para fazer turismo.

27 julho 2012

instantâneos de verão V

O aquecimento global é um erro de marketing. Falam no aquecimento global no inverno, e a malta pensa, é pá, era mesmo bom que ficasse mais quentinho. Vem o verao, e um ou dois graus mais nao assustam ninguém, assim como assim, está ali o mar à disposição para arrefecer, ou o ar condicionado faz com que nem se note o que se passa lá fora. Tivessem ameaçado com o arrefecimento global, e estava a malta toda preocupada. O frio chateia. E, na realidade o arrefecimento global não só teria muito mais impacto na vida das pessoas (ainda agora estavam a dizer na televisão que o inverno de 2010 foi o mais rigoroso de sempre em Londres), como, naqueles dias de verão em que se vêm nuvens seriam o comprovativo de que afinal, o clima está a ir para onde ninguém quer que vá. E como o resultado do aquecimento global será o degelo, a paragem da corrente do golfo, e posteriormente, outra idade do gelo, isto nem é mentira nenhuma. Tivessem avisado que vem aí o arrefecimento global e estavam as pessoas todas a reciclar, as empresas preocupadas com a pegada ecológica, os países a diminuir as emissões de carbono, até as vacas estariam dispostas a cooperar.  Assim, olha.

(ou então não, mas no fundo, no fundo, se houve várias eras glaciares, com certeza que mais tarde ou mais cedo vem aí outra)

25 julho 2012

yes to SLS

(à esquerda, yes to carrots, novo, e para mim, estragado)

Yes to carrots, o meu champô desde há dois anos, mudou, pela segunda vez neste espaço de tempo, de composição. Da primeira vez notei porque a cor tinha escurecido e fui comparar rótulos, desta vez, mudaram também a embalagem, e fui logo ver a fórmula. Se a primeira versão não fazia praticamente espuma, a segunda versão passou a incluir sodium coceth sulfate, que faz espuma como outros champôs e me deixou desconfiada (este champô era publicitado como "free of Parabens, Petroleum and SLS"). Mas continuei a usar, até porque tinha comprado 3 frascos pela net e não ia deitar fora... Agora, de férias, acabou-se o champô e fui à sephora, distribuidor exclusivo, comprar outro. A embalagem tinha mudado, e como estava com pressa não reparei no rótulo, ou não o teria trazido. Pois bem, o novo e melhorado (yeah, right) yes to carrots, "Free of Petroleum and SLS" agora contém, tal como a grande maioria de todos os champôs à venda no supermercado, Sodium Laureth Sulfate, um componente que é irritante da pele. E quando digo a grande maioria, posso acrescentar que os únicos champôs que encontrei no supermercado que não contêm este ingrediente são os orgânicos... Irritante ou não, isto deixou-me irritada. Champôos com Sodium Laureth Sulfate há muitos, Yes to carrots passou a ser um deles. De ora em diante, dispenso.

20 julho 2012

instantâneos de verão III

Aquela coisa que vem nas revistas dos duches de água alternadamente quente e fria? Aposto que foram inventados por uma mãe que passa a vida a abrir a torneira da água quente na cozinha enquanto as filhas tomam banho.

19 julho 2012

instantâneos de verão II

Andam a fechar o país. Ou assim parece. É triste. Espero não precisar de ir à urgência enquanto cá estou. Sabe-se lá em que direcção teria que me deslocar uma hora (pela scut paga?) para lá chegar.

22 junho 2012

Tina Fey Rocks

era só isto. Descobri o 30 Rock tarde, como me costuma acontecer com as coisas mesmo boas. Adorei o humor do primeiro episódio que vi (um gajo a negociar com ele mesmo, e a ficar deprimido porque perdeu, hello, do melhor). Agora vou ali ver se arranjo em DVD, que as férias estao à porta e eu tenho que me ocupar com alguma coisa.

07 junho 2012

22 maio 2012

Eu tenho uma bonequinha

Rouba-me um pêssego para levar para a escola. (Mas não está lavado! Mas tens que pedir para to descascarem! Esta gente come os pêssegos com casca, ninguém te vai descascar o pêssego! Vê lá se ao menos to lavam. Ou então lava tu.)
A comer salada como quem come massa. À mão. Sem resmungar nem um bocadinho porque é salada, sem torcer o nariz ao verde. Eu é que não gosto, comida de coelho. Os rabanetes e a beterraba é que não, gosta da cor mas não do sabor, pode ser? Pode pois. Eu sei que amanhã vai mudar de ideias e é bem capaz de já gostar.
Leva o prato para a banca quando acaba de comer, se lhe pedir, com um sorriso na cara.

São tão fáceis, aos quatro anos.

15 maio 2012

É do calor

O site do instituto nacional de metereologia ainda não foi actualizado. Ainda tem os valores de ontem. Ora, eu gostava de saber, com a fiabilidade que outros sites não me dão, o tempo que vai estar nos próximos dias. Sem actualizações só me resta assumir que o tempo está tão bom que o pessoal do INM foi todo para a praia. Ou então que se acabou o dinheiro para as previsões do tempo. Manga curta e calções, seja como for.

14 maio 2012

Apanhada

E o que fazer? Meia bola e força, chutar para a frente e correr a toda a velocidade. (acho que me safei)

09 maio 2012

a Telekom não presta/ a Telekom é fixe

Há quase um ano mudei de casa, e a internet nunca mais foi a mesma. Se antes tinha 16Mbps bem esticadinhos, agora tenho menos de 6Mbps, quando tinha pedido 50000 na loja. Passei o ano a visitar a loja da Telekom, a reclamar ou a pedir que me mudassem a internet para uma velocidade que não envergonhe a Alemanha... não me serve de nada. Apesar de tudo, continuo a incomodar regularmente os funcionário que têm a sorte (ou não) de trabalhar na loja que fica mais perto, porque já que a Telekom funciona mal e nem sequer tem um número de telefone para estas situações, alguém tem que me ouvir pelo menos. Além do mais não mudei para longe, nem para uma aldeia, nem nada que se pareça, e por este andar um dia destes os telemóveis têm internet mais rápida que a internet fixa na minha casa.... E por falar em internet no telemóvel... o rapaz (finalmente) reparou que tem um smart phone. E como já é crescido, em vez de perguntar como é que funciona, achou que era boa idea aprender fazendo... O que não seria problema nenhum, se ele tivesse uma flat rate para o telemóvel (não tinha). Ou se os pré-pagos funcionassem como em Portugal (não funcionam), e quando o saldo chegasse a zero, simplesmente deixassem de permitir acessos de dados ou telefonia. Levei cerca de 24 horas a aperceber-me que ele estava a usar a net. Infelizmente, foi o suficiente para ele acumular uma conta enorme (enorme, mesmo). E depois de atingir um valor exorbitante, a Telekom telefona-me a avisar que há um saldo enorme para pagar, e que talvez seja melhor aderir à flat rate. E a senhora ainda explicou que os smart phones têm o problema de, de cada vez que se ligam à net fazerem updates do software imediatamente, o que provavelmente explica a maioria dos dados descarregados. A parte em que eles são simpáticos é que me vão devolver 74% do valor gasto num vale para gastar com eles (mas na conta associada àquele número apenas). A parte menos simpática é que nunca na vida consigo gastar esse dinheiro todo em telecomunicações móveis num ano, que deve ser o tempo máximo para utilizar o vale.

01 maio 2012

Cabedal

A minha amiga tem uma mota. Preocupo-me com a minha amiga, nao pela mota em si, mas por causa da maneira como ela anda de mota. Nao e' a velocidade. E' uma mota com pouca potencia, e nao tem grande velocidade maxima. A minha amiga vive em Portugal e anda de mota em estradas em que nao ha' grande respeito entre condutores. E ela usa capacete, pois, que e' obrigatorio. Mas por mais que tente, nao consigo convence-la a usar equipamento adequado. Um motard deve usar botas proprias, luvas, calcas e casaco com proteccao em caso de queda. Acidentes acontecem. O minimo que devemos fazer e' protegermo-nos dentro do possivel para que, se acontecer, sairmos ilesos. Uma amiga minha partiu o tornozelo porque caiu da mota, que estava parada num semaforo. Quando eu andava a ter aulas de mota, a mota caiu-me em cima do pe' por forma que nem conseguia mexer-me, e nem conseguiria ter saido debaixo dela sem ajuda, mas nao senti nada. Escapei sem nenhuma marca, nenhum arranhao, apenas a memoria de que as botas tinham sido muito boa ideia. E depois disso, voltei a deixar cair a mota duas vezes, parada, mas fiquei bem, e a mota, um pouco arranhada, mas tambem ficou bem. Tenho tido sorte. Mas conheco gente que escapou de acidentes incriveis por causa do equipamento de proteccao. Que saiu do local do acidente com a policia a reportar um acidentado em estado muito grave (perigo de vida) que saiu ileso do hospital. Gostava que o equipamento de proteccao se tornasse obrigatorio. Botas, luvas, calcas e casaco. Mesmo no verao, debaixo do calor abrasador. Enquanto nao, resta-me continuar a pedir 'a minha amiga que se proteja. Por ela, e por mim, que a adoro.
Eu, mulher de ciencia, ou, pelo menos, de tecnologia de ponta (nunca pensei dizer isto e muito menos escreve-lo), de vez em quando tenho uns ataques de parvoice em que me da' para falar, ou escrever, sobre futilidades. Por exemplo, no sabado li a Vogue na cabeleireira (ja' nao ia la' ha' meses, havia imensa leitura do genero para por em dia), e vi uns sapatos azuis lindos de saltos muito altos, muitissimo parecidos com uns que comprei no ano passado, mas que me custaram menos de um sexto do preco que vinha indicado na revista. Usei-os nesse dia so' porque me lembrei que existiam, e sao lindos mesmo, e nao me lembrava de me fazerem doer os pes (confirmo). E depois pensei, podia escrever um post sobre os sapatos, mas para isso precisava de uma foto dos mesmos, e uma foto da' muito trabalho, e eu nao tenho paciencia. E depois nao escrevi o post. E agora, ia escrever um post sobre as miudas que escrevem sobre futilidades como sapatos ou roupas, e ate' metem as fotos e tudo, mas um dia da'-lhes um ataque nao sei bem de que e escrevem um post sobre ciencia. E como eu acho isso fantastico, genial mesmo. Mas depois acordei, e reparei que as miudas que normalmente escrevem sobre futilidades nao escrevem sobre ciencia, e embora eu imagine que saibam perfeitamente quanto e' um sexto do preco de uns sapatos, tambem nao escrevem sobre isso. Como tal, este post tornou-se um nao post. Mas os sapatos... Ha' dias em que 10 cm a mais (ou 12) podem fazer toda a diferenca. Ha' dias em que da' jeito olhar certas pessoas nos olhos sem ter que olhar para cima. E ha' dias em que uns sapatos de salto se podem tornar uma arma... sabiam que uns saltos podem partir o craneo a alguem?

16 abril 2012

Deve ser isto, ser grande

Enquanto que em Portugal se discute a proibição de fumar dentro de um carro com criancinhas (acho bem), por aqui, na terra da prosperidade, onde o déficit é dos outros e toda a gente se sente credora, há grandes cartazes da Marlboro. E outros da Gitanes. E muitos outros. Enquanto que as directivas da UE são para os outros respeitarem, e já agora, incorporarem nas suas leis nacionais, aqui continua-se a ignorar a directiva de 2003 sobre a publicidade ao tabaco. A rua, provavelmente, não é um espaço de "media". De onde se pode deduzir que o tabaco só faz mal se não se for alemão, ou que os alemães têm melhores pulmões que os outros, ou então, que as directivas da UE são para os outros cumprirem.

Não saio daqui sem acrescentar que aquelas caixas para se fumar nos aeroportos são uma grande bosta, aquilo tresanda por todo o lado e expande o pivete até às gates e zonas de acesso. Abram espaços ao ar livre para fumadores, ou então acabem com esta treta. Andam a enganar quem?

02 abril 2012

Há dias pornográficos... no mau sentido.

Almocei (deixei a meio) uma salsicha que tinha dentro queijo. Queijo, ou gordura branca que escorria quando cortaval mais uma rodela. (Ai, dona A., amanhã vou ter uma conversa consigo! Isto é coisa que se recomende aos clientes?). Isto, e estou a passar o dia a olhar para vibradores, ou coisas parecidas. Vou ficar com um torcicolo de tanto virar o pescoço para um lado e para o outro (isto é para pôr onde?!). Tem dias que o meu trabalho é f***** lixado.

Para os mais curiosos, tomem lá um vibrador eléctrico de 1914. E não digam que vão daqui. Não se aceitam reclamações.

22 março 2012

Veio o sol, os passarinhos, o quentinho

é tempo de sonecas à gato, gelados e muita energia.
Com o sol, ficou tudo bem, o mundo voltou à sua ordem natural, e todas as coisas que não estavam a correr bem decidiram endireitar-se só porque sim. Ou então, pelo menos, assim me parece, e às vezes o que conta é o que parece mesmo que não seja. Se parece estar tudo bem, deve estar, mesmo que haja por ali um bocadinho de pó escondido.

E agora para coisas verdadeiramente importantes, alguém sabe uma receita de molho custard/baunilha/leite creme para acompanhar o meu gelado de morango? ;)
Agradecida.

16 março 2012

Saudades...

Tenho andado numa roda viva, de um lado para o outro, com milhões de coisas para fazer. Um stress que nem vos digo nem vos conto (não é assim tão mau), incompetentes que só dão trabalho e chatice (e depois levam na cabeça), e agora, e ainda para mais a minha mulher tem-me falhado. Podia dizer que tenho saudades das férias, da paz e sossego, da gente que torna a minha vida melhor (raios para a mulher), do sol (que finalmente apareceu quando eu já estava à beira da depressão), do verão a sério, do meu país, da minha língua, das revistas cor de rosa ou simplesmente do brasileiro das bolas de berlim na praia do Algarve. Mas não. Apanhei uma constipação que me deu cabo das costas, de quem tenho saudades mesmo é do massagista.

20 fevereiro 2012

Regresso ao passado

Se usarmos um sistema de trocas não monetárias - eu "ofereço" um serviço, por exemplo arranjo-te o computador que avariou, e tu dás-me algo que eu queira, por exemplo, fazes-me o jantar - como é que o Estado vai conseguir taxar uma coisa destas?
Conseguir, bem, é fácil, é valorar cada tarefa na unidade monetária e obrigar as pessoas a pagar uma percentagem desse valor ao Estado. No entanto, num cenário de problemas monetários (imaginem que não havia moeda, de todo), ou de crise do Estado (se não há funcionários, quem é que se vai dedicar a estas tarefas?), ou até, de falta de funcionários com tempo para se dedicarem a maneiras mais imaginativas de sacar impostos à malta, pergunto-me se haveria, efectivamente, maneira de taxar um sistema de trocas.

(isto porque estava aqui a pensar na Grécia e no regresso ao dracma, mas a Grécia tem problemas ainda mais graves que estes - diria que não é defeito, é feitio - e duvido muito que se livrem deles nas próximas décadas)

Portátil

Será que ainda se vendem compram impressoras pequenas? A última que eu comprei, há uma data de anos atrás, era pequenita, imprimia A4 e tinha boa qualidade, usava cartuchos pequeninos e era, numa palavra, fantástica. Lembro-me de na loja me tentarem convencer a levar outra mais cara (assumo, escolhi a mais barata que lá havia), com a desculpa que os cartuchos pequenos não davam para nada, mas persisti, que eu imprimo pouca coisa e de que me servem cartuchos maiores e mais caros, cheios de tinta seca? A melhor parte ainda, foi o facto de a impressora ter custado menos que os dois tinteiros, um preto e um de cores, que trazia. Houvesse lá outra igual e não a teria lá deixado.
Isto para dizer que a velhinha, jeitosinha, impressora avariou, e foi substituida por uma mais moderna. A impressora nova é enorme e faz tudo e mais alguma coisa, desde imprimir, tirar fotocópias, digitalizar documentos, até envia faxes e tudo. Claro que, sendo um monstro gigantesco, precisa de um móvel só para ela, e vive um bocadinho mais longe do computador do que seria desejável.

Ora estava eu a fazer contas à vida, e fiquei com umas saudades imensas da impressorinha que morreu. Isto porque uma impressora portátil custa os olhos da cara, e a aquela mini impressora tinha sido uma pechincha. A impressora mais pequena que encontrei foi esta, e é um bocado maior que a falecida... Mas porque é que será que deixaram de fazer coisas simples? Um dia destes aparece a iprinter, igual em tamanho à minha velha impressora, preço pelo menos 10 vezes mais, que, com o marketing certo, será um sucesso imediato.

16 fevereiro 2012

Gregos

Nunca as expressoes "ver-se grego" e "tragedia grega" foram tao faceis de explicar aos meus amigos estrangeiros. Pergunto-me se os gregos sempre se viram gregos (nao me lembro de nada que justifique esta expressao).

post para gajas

(e para os gajos, se quiserem, aqui nao se discrimina)

Ja' nao via o homem do old spice ha' muito tempo. E por homem do old spice nao quero dizer o meu pai, nem, provavelmente, nenhum homem que use old spice. O caso e' que eu me interesso por marketing, e fico fascinada por boas campanhas. Ora, para quem nao segue o Super Bowl, o importante no caso e' que tem tanta gente a ver que o intervalo do jogo tem os segundos mais caros da televisao norte americana. E o famoso anuncio da old spice (vao ver, vale a pena) foi seguido por uma campanha no twitter/youtube em que o homem do old spice ia fazendo videos dedicados a pessoas mais ou menos anonimas, ou um bocadinho famosas... A historia toda esta' aqui, e os videos, deliciosos (por muitos motivos), encontram-se no youtube.

(via rita maria)

Riscos pedidos

Risos pedidos. Risos perdidos.
Desculpem o engano, o que eu queria aqui deixar (aqui vai) era o link para o perdido pela cidade, um blog giro, com desenhos e textos que me fizeram rir, e que estava a abrir com um post que ensina a desenhar camelos... ;)

07 fevereiro 2012

O turismo nacional

(serviço público: Faro-Porto e vice-versa: use a Ryanair)

Há algo de estranho no meu país, quando a única transportadora aérea que faz vôos directos entre Faro e o Porto é irlandesa. Sim, a malvada Ryanair. E o preço do vôo é aproximadamente o mesmo que um bilhete em segunda classe no alfa pendular Faro-Porto, que demora umas horas largas a chegar. Ainda assim o comboio demora só mais um bocadinho que o vôo Faro-Lisboa-Porto, este último com um preço de ida exorbitante (malucos!). Não havia um plano para um TGV Faro-Porto/Vigo? a UE já deve ter gasto o dinheiro todo... (é melhor eu não ir por aqui senão não acabo o post hoje).

03 fevereiro 2012

Fevereiro

Temperaturas máximas durante o dia a chegar a uns fabulosos -11°C, sensação térmica de -18°C. Ainda bem que está aí o fim de semana. Ninguém me tira de casa com este frio.

27 janeiro 2012

Há gente que só merece coisas boas

O meu lado bom está a considerar convocar um gajo para uma reunião que não existe. O lado mau? Não perguntem.

23 janeiro 2012

óptimo

Já vi por aí gente a escrever "optimo", numa tentativa de adesão ao acordo ortográfico. Afligi-me momentaneamente. Eu, dinossaura da ortografia, que continuo a escrever óptimo e Egipto e até leio algumas das supostas consoantes mudas, admiti que "optimo" estivesse bem, e perguntei-me onde teria ido parar a regra de que "todas as palavras exdrúxulas levam acento". E por causa da regra, que do acordo hortográfico* não percebo nada, fui ver o dicionário da priberam que, apesar de online e grátis, sempre saberá melhor destas coisas de como se escrevem e escreviam as palavras do que eu. Resumindo e concluindo, escrevam óptimo, como eu, ou ótimo segundo o acordo e teoricamente como o Brasil - se bem que estou capaz de jurar que li em textos brasileiros ôtimo, mas já estou por tudo. Ou então, porreiro pá, fantástico, genial, muito bom, fabuloso, fora de série, maravilhoso.
Será que o bom também é inimigo do otimo?

*sim, é uma piada

17 janeiro 2012

Isto agora e' assim


Encontrei uns objectos pesados para segurar livros (isto deve ter um nome, mas ja' me fartei de procurar e nao encontro) e logo tratei de tirar uma fotografia. E depois, tinha mesmo que brincar com ela. que isto de tirar uma foto e pronto ja' nao se usa, e eu nem tinha mais que fazer (mentira, mentira).

14 janeiro 2012

Orquídea

Uma das tantas que não só se recusa a morrer, indiferente aos maus tratos que leva, e mês apos mês desabrocha. Sem duvida, uma flor com carácter.

12 janeiro 2012

Não há cá molas

Não prendo a roupa a secar com molas. Nunca. Odeio as marcas das molas, odeio a trabalheira que é procurar a mola, prender a roupa, pegar na peça seguinte, mola seguinte, e a decisão: uma mola no canto de duas peças de roupa ou duas molas por cada peça de roupa. E as molas que nunca chegam para que isso seja uma verdadeira questão - se só há uma solução então não se põe o problema. (Quer dizer, matematicamente sim, mas na prática, não.)
A roupa vai para o estendal pendurada a meio, segura-se pela gravidade e aguenta-se porque dentro de casa não há vento, nem correntes de ar. Vantagens, ou desvantagens, de não por a roupa a secar na rua.

No entanto, até tenho molas. Molas giras, pintadas, com bonecos colados. Joaninhas, flores e coisas assim fofinhas. As molas só me servem para segurar as orquídeas. Eu que sempre matei toda e qualquer planta que me aparecesse à frente, por algum motivo finalmente acertei com uma espécie. As orquídeas são fáceis, é uma questão de lhes encontrar o sítio certo, e depois esquecer. Admirar as flores novas, mudá-las de sítio se aquele não está a dar. Na casa antiga era nas janelas viradas Norte. Na casa nova o sítio favorito delas é o parapeito das janelas viradas a sudoeste. Ali se acotovelam (como é que arranjei tantas orquídeas, deve ter sido na espectativa de que morressem rapidamente), crescem umas por cima das outras. Brancas, amarelas, e quase cor de rosa. Quando dou por ela já estão a deitar caules novos, ou têm novos rebentos que irão originar flores. E pensar que em tempos só me dei bem com cactos.

coisas que preferia nao saber

Um gajo pode-se aleijar a serio a tentar endireitar uma ficha micro-usb torta. Tenho dois micro furinhos no dedo a comprova-lo. Doi que se farta.

10 janeiro 2012

Ano novo na terra das salsichas

Para já, a maior diferença é que aqui as pessoas se atrevem a desejar feliz ano novo umas às outras. Na terra do sol só querem é que passe depressa.
Saudinha, como diria a minha madrinha adoptada, saudinha.

Resoluções de ano novo

Cozinhar (bolarar) menos. Por muito divertido que seja fazer bolos, por muito deliciosos que saiam, parece que o açúcar faz mal e a manteiga também. Gemas de ovo são absolutamente fabulosas mas também fazem mal ao colesterol.

Em alternativa, levar os bolos ao vizinho ou para o trabalho. O mal distribuído torna-se mais fácil de suportar.

Ah, o cheirinho e tal...

A árvore de Natal caiu. Morreu de calor, secou completamente e desfez-se. Para o ano, plástico.

05 janeiro 2012

Esta'-se tao bem aqui ao sol

Sou um gato. Sou como um gato. Um gato com dono, que nao tem que procurar comida, vai 'a casa de banho, que se estica ao sol e dorme uma soneca no quentinho. Independente como um gato, preguicosa como um gato.
Maravilha. Ha' la' nada melhor que uma soneca ao sol.

04 janeiro 2012

Bem escondido

Nao consigo encontrar a minha copia d'"O Economista Disfarcado". O livro e' muito bom, tao bom que alguem o levou "emprestadado". Raio de economia.

O inicio do fim

Arrumei a roupa suja. Ja me estao a por fora de casa. Ainda nao, antes dos reis nao arredo pe daqui. Podia estar mais quentinho, sim, mas estou aqui muito bem.

O chrome nao tem spellchecker. De qualquer modo, isto desde o (des)acordo ortografico nunca mais foi o mesmo.