20 fevereiro 2012

Regresso ao passado

Se usarmos um sistema de trocas não monetárias - eu "ofereço" um serviço, por exemplo arranjo-te o computador que avariou, e tu dás-me algo que eu queira, por exemplo, fazes-me o jantar - como é que o Estado vai conseguir taxar uma coisa destas?
Conseguir, bem, é fácil, é valorar cada tarefa na unidade monetária e obrigar as pessoas a pagar uma percentagem desse valor ao Estado. No entanto, num cenário de problemas monetários (imaginem que não havia moeda, de todo), ou de crise do Estado (se não há funcionários, quem é que se vai dedicar a estas tarefas?), ou até, de falta de funcionários com tempo para se dedicarem a maneiras mais imaginativas de sacar impostos à malta, pergunto-me se haveria, efectivamente, maneira de taxar um sistema de trocas.

(isto porque estava aqui a pensar na Grécia e no regresso ao dracma, mas a Grécia tem problemas ainda mais graves que estes - diria que não é defeito, é feitio - e duvido muito que se livrem deles nas próximas décadas)

2 comentários:

  1. E se o Estado não tem dinheiro, os professores dão as aulas de graça, e os miúdos aparecem na escola com uma laranja para a professora...

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  2. Nao brinques Helena... Olha que na Grecia ha' reformados a nao receber reforma nenhuma, e professores que estao sem receber salarios ha' meses.... (e sim, continuam a dar aulas). Se calhar a laranja seria bem vinda.
    (eu gostava tanto que isto fosse so' uma brincadeira)

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