08 agosto 2012

instantâneos de verão VII

A escolha agora é entre gente, muita gente ou geradores eólicos. Na praia, gente, emigrantes, ingleses, alemães, holandeses, espanhóis e portugueses, muitos, pouco espaço para toalhas. A vista, gente, muita gente, um pouco de azul do mar, depois muito azul  na zona em que já não há pé.
Longe da praia, qualquer sítio que seja minimamente afastado das multidões foi, ou está em vias de ser, invadido por geradores eólicos. Horríveis, visíveis bem de longe, como que dizendo, foge, que agora esta zona menos populada é agora nossa. Tudo o que algum dia foi bonito e apreciado por poucos, é agora aldeia de geradores eólicos. Pergunto-me quanto tempo por lá ficarão, se quando terminarem os 25 anos de vida que lhes dão irão ser retirados ou se por lá permanecerão para sempre. Haverá algo ainda mais feio a substituí-los um dia, e se chegarei a ver essa mudança. E quanto aos novos, como os que de momento estão a ser colocados na serra a caminho de Alcoutim, se sobreviverão aos fogos florestais e que tipo de efeito teria um fogo que atingisse um destes monstros. Uma coisa é certa, agora é que ninguém vai subir aquelas montanhas para fazer turismo.

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