Faço compras à pressa, como sempre, uma corrida contra o tempo, que tenho mais que fazer e num instante a companhia se farta de andar por ali. Na zona da fruta, a minha preferida, demoro um bocadinho mais. Há melões, meloas, melancia, aposto que nem um deles viu o sol, amadurecidos à força num frigorífico ou armazém, com sorte saberão a agua com um leve travo à fruta que se estará a comer. Deixo-os ficar. Morangos, os últimos do ano, caros, alvos das minhas suspeitas, os morangos de pré-época são sempre muito melhores que os pós-época, não obrigada, prefiro esperar pelos de março ou abril. Laranjas, maçãs, bananas, nozes, uvas. E castanhas. Trago algumas, para assar ao lume, meia dúzia a seguir ao jantar, Lá fora está frio, castanhas assadas vão bem com frio, aquecem as mãos e o estômago.
Despacho o resto das compras e dirijo-me a caixa. A funcionária passa os produtos pelo scanner, uns atrás dos outro, até que chega às castanhas. Não se lembra do código, procura nas listas, finalmente desiste, e pergunta à colega. A resposta vem pronta: o código, e a localização do mesmo na lista. Está nos produtos exóticos. Castanhas, exóticas???
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