12 março 2009

o ponto de não retorno

Estou num impasse. Um tipo, com quem costumo passar tempo (em grupo), tem convicções com as quais discordo por completo. Até aqui, tudo bem. Eu respeito quem não pensa como eu, mas tudo tem um limite. E, para este tipo, o limite foi ultrapassado. Uma coisa é ser-se contra o aborto. É pá, tudo bem, acreditamos em coisas diferentes, a lei é para todos e o que ele pensa não interfere com a minha vida. Outra coisa é ser-se desumano. Quando alguém afirma convictamente que no caso da menina de 9 anos violada pelo padrasto desde os seis que o aborto dos gémeos que trazia foi feito utilizando uma desculpa esfarrapada, é o fim. Não haver justificação nenhuma plausível naquela cabeça para este aborto em concreto, ironizar com a vida de uma menina de 9 anos, é mais do que me apetece ouvir. Já deixei de falar com pessoas por menos que isto. E os meus amigos (o grupo) que me desculpem, mas vou-me deixar de certas actividades em conjunto. Há pessoas que me dão a volta ao estômago, e eu prefiro evitá-las. Eles que façam como quiserem. Eu não vou mais por ali.

4 comentários:

  1. Esse tipo deve ser uma pessoa maravilhosa...

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  2. Saímos do impasse...?
    Há pessoas de convívio difícil, e nem é uma questão de se ser ou não políticamente correcto...

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  3. oh snowgaze, como te percebo. ha coisas em q nao vale a pena violentarmo-nos. e 1 grupo de amigos eh suposto ser 1 espaco de relaxamento e diversao, algo confortavel. para as 'guerras' e ouvir disparates, ja basta o resto do 'mundo'.
    e os grupos tb sao coisas fluidas. seguramente havera outras pessoas a pensar como tu entre os teus amigos/as. ;-)

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  4. Ele não é assim tão mau... até se chegar a tópicos destes. O fundamentalismo é que estraga tudo. E sim, o resto do grupo não tem o ponto de vista deste senhor... mas também não está propriamente disposto a um corte total. Nisso eu sou um pouco mais radical. Pelo menos enquanto não me esquecer.

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