26 novembro 2008

Pão

O rapaz giro, na fila do supermercado atrás de mim, com uma miúda que não parava de falar. Os dois em inglês, e eu a tentar perceber qual deles é que se estava a exprimir numa língua estrangeira. Era ela. No cesto das compras tinham massa, queijo, camarões (imensos), vinho, polpa de tomate, pão. E consideravam levar um monte de gomas, todos os pacotes que estavam em exposição mesmo antes da caixa, só porque estavam ali, e talvez lhes apetecesse fazer uma coisa doida. E eu ia deitando umas olhadelas ao rapaz (tão giro!), e apetecia-me perguntar-lhe donde vinha, só para saber (que eu de rapazes giros estou bem servida), e olhava para a miúda e queria perguntar-lhe onde é que tinha desencantado tamanho deleite para os olhos. Só por curiosidade. O telemóvel dela tocou, e enquanto ela dizia coisas que não ouvi, aproveitei para dar mais uma espreitadela ao rapaz, que pelo olhar dele devia estar a pensar "é pena, mas já estou ocupado". Pois, eu também.
Paguei, fui-me embora (não antes de deitar outra olhadela ao rapaz), e decidi que afinal há algo em Lisboa que vai para lá da comida, do tempo, dos portugueses, e das lojas abertas ao fim de semana e à noite.

4 comentários:

  1. Escreves sobre o rapaz para disfarçar a fixaçao pelo marisco...

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  2. E fotos? Hum? Do marisco... claro! ;)

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  3. Loira: ainda fui ver se tinha tirado fotos do marisco, mas esqueci-me. Só tenho uma dos pastéis de belém, mas essa é melhor nem a voltar a ver...

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