12 novembro 2008

Um café e um bagaço (mas sem o bagaço)

Diz-se que o homem é uma criatura de hábitos - por outras palavras, estamos tão habituados a ser lixados, que quando a coisa corre bem temos tendência a repeti-la até à exaustão. E se um dia, por acaso prevaricamos - como eu, que hoje fui tomar café a um sítio onde já não ia há muito tempo - arrependemo-nos imediatamente - já bebi água suja com melhor sabor que aquele "café" - e prometemo-nos logo ali nunca mais voltar a repetir aquele gesto. (Antes rapar frio e ir ao italiano que leva o dobro, mas cujo café se pode beber, apesar de vir com borra.) É por isso que quando vamos de férias para um sítio novo jantamos invariavelmente no primeiro restaurante que nos serviu relativamente bem, e é por isso que vamos sempre ao mesmo café, e nem notamos que o serviço já foi melhor e que em frente àquela esplanada agora passam 1000 carros por hora.

Por outro lado, "o homem é uma criatura de hábitos" - assim mesmo, com aspas - só tem 46 ocorrências no google. Se calhar não somos assim tanto de hábitos.

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