Vai uma pessoa ao shopping, que isto por aqui é muito moderno até há uns shoppings e tudo, em versão miniatura, mas enfim, e claro que como por aqui não há grandes escolha quanto a shoppings, aquilo estava a abarrotar e não havia quase lugar onde pôr o carro. Vai daí, olho para a imensa fila reservada aos deficientes, quase cheia de carros sem nenhum ar de pertencerem a deficientes (só se fossem deficientes mentais, mas adiante), e começo logo a pensar, mas porque é que de todos os shoppings que por aqui existem (todos os dois) eu tinha que vir a este, o único que não tem lugares reservados para mulheres desacompanhadas ou acompanhadas de bebés (que não tenho, mas ainda há a cadeirinha no banco de trás, por isso disfarçava). Decidi estacionar quase no fim da tal fila, pensando de mim para comigo que se algum deficiente aparecesse ele iria reclamar primeiro os lugares perto da porta, bem longe de onde eu enfiei o meu carrito. Saio da viatura, fecho a porta, olho para o carro lado, e vejo uma cena que me ficará gravada na memória por muito tempo. À beira disto, os pais da Maddie sao os melhores pais do mundo, de uma preocupação extrema com os filhos, responsáveis e merecedores de uma medalha ou duas. E só acredito nisto porque vi com os meus próprios olhos, e fiquei a olhar durante alguns minutos como se estivesse à espera que fosse uma miragem e a qualquer momento a minha visão retomasse a normalidade. No entanto os meus olhos estavam a ver muito bem. E a verdade, a cena que se desenrolava perante mim, era a de um automóvel fechado, com uma criança a dormir lá dentro. Na cadeirinha de bebé. Sozinha. Sabe-se lá há quanto tempo. A mais de 50 metros da porta, e a mais ainda da loja onde os paizinhos se entretinham.
Pelos vistos os raptos de crianças não impressionam toda a gente.
29 junho 2007
28 junho 2007
27 junho 2007
#37
Há quem esteja pior que tu.
Pois há, mas também há quem esteja melhor, e eu não vou nivelar a minha vida por baixo.
Pois há, mas também há quem esteja melhor, e eu não vou nivelar a minha vida por baixo.
26 junho 2007
Livros
A pedido do João, aqui vai a lista de alguns dos livros que li ultimamente. A verdade é que leio mais quando estou de férias, principalmente no verão, e durante o ano as minhas leituras resumem-se a trabalho, e já não é pouco. Assim sendo, dos 20-30 livros (?) que leio por ano, mais de metade são devorados junto ao mar. E a minha dose deste ano ainda está para vir.
Aqui estão então, os livros que eu li nos últimos tempos (pelo menos os que me lembro):
A Ilha das Trevas, de José Rodrigues dos Santos. Li-o num fim de semana, era uma prenda de anos - deste ano - da minha mana (obrigada, obrigada). Conta a história, ou as histórias, de Timor, e o longo caminho até à independência. Gostei muito, principalmente porque apesar de ser um romance (um bocado trágico demais para romance, mas enfim) a história é baseada em factos reais.
Blue shoes and happiness, de Alexander McCall Smith. Gosto dos livros deste homem, e gosto particularmente dos livros desta colecção. Se há livros que me dão vontade de sublinhar, este é um deles. São histórias simples e cativantes, que nos levam para outro país e outra cultura, outro sol, e outro ritmo de vida.
Mortadelo e Filemón - não é bem um livro, é mais banda desenhada, e em espanhol porque é assim que me faz rir. Gosto dos desenhos, das tropelias, da violência, e das palavras que noutras línguas seriam proibidas.
Ainda ando a ler um livro electrónico, "Unleashing the ideavirus", de Seth Goodin. Vou a meio. Gosto de livros de marketing desde há uns anos, e de marketing e publicidade, acho que dizem muito sobre as pessoas apesar de muitas empresas ignorarem este tipo de conhecimento. E também sorrio para mim própria quando apanho um vendedor a utilizar boas técnicas de marketing. Não é todos os dias.
Outro que ando a ler há muito mais tempo, é o denso "A short story of nearly everything", de Bill Bryson. Emprestado por um amigo (péssima ideia), já li umas duzentas páginas e não consegui voltar a pegar-lhe. É um livro muito interessante, que fala de quase tudo, por exemplo temperaturas máximas e mínimas do universo, como se chegou à medida da Terra, e coisas assim, pelo menos, mas lê-lo é um bocado como estudar. Dá muito trabalho. Da última vez que fui a Portugal vi uma tradução para português na FNAC.
E é isto. Vindo o verão, tenho na pilha os 100 anos de solidão, que ando para ler há séculos, "o pequeno amigo" (um livro bem pesado), e alguns livros da Agatha Christie. E tenciono comprar (e ler) o Harry Potter logo que saia, esteja eu onde estiver.
Não vou passar a lista a ninguém. Quem quiser, que use a caixa de comentários par deixar a sua lista de livros.
Aqui estão então, os livros que eu li nos últimos tempos (pelo menos os que me lembro):
A Ilha das Trevas, de José Rodrigues dos Santos. Li-o num fim de semana, era uma prenda de anos - deste ano - da minha mana (obrigada, obrigada). Conta a história, ou as histórias, de Timor, e o longo caminho até à independência. Gostei muito, principalmente porque apesar de ser um romance (um bocado trágico demais para romance, mas enfim) a história é baseada em factos reais.
Blue shoes and happiness, de Alexander McCall Smith. Gosto dos livros deste homem, e gosto particularmente dos livros desta colecção. Se há livros que me dão vontade de sublinhar, este é um deles. São histórias simples e cativantes, que nos levam para outro país e outra cultura, outro sol, e outro ritmo de vida.
Mortadelo e Filemón - não é bem um livro, é mais banda desenhada, e em espanhol porque é assim que me faz rir. Gosto dos desenhos, das tropelias, da violência, e das palavras que noutras línguas seriam proibidas.
Ainda ando a ler um livro electrónico, "Unleashing the ideavirus", de Seth Goodin. Vou a meio. Gosto de livros de marketing desde há uns anos, e de marketing e publicidade, acho que dizem muito sobre as pessoas apesar de muitas empresas ignorarem este tipo de conhecimento. E também sorrio para mim própria quando apanho um vendedor a utilizar boas técnicas de marketing. Não é todos os dias.
Outro que ando a ler há muito mais tempo, é o denso "A short story of nearly everything", de Bill Bryson. Emprestado por um amigo (péssima ideia), já li umas duzentas páginas e não consegui voltar a pegar-lhe. É um livro muito interessante, que fala de quase tudo, por exemplo temperaturas máximas e mínimas do universo, como se chegou à medida da Terra, e coisas assim, pelo menos, mas lê-lo é um bocado como estudar. Dá muito trabalho. Da última vez que fui a Portugal vi uma tradução para português na FNAC.
E é isto. Vindo o verão, tenho na pilha os 100 anos de solidão, que ando para ler há séculos, "o pequeno amigo" (um livro bem pesado), e alguns livros da Agatha Christie. E tenciono comprar (e ler) o Harry Potter logo que saia, esteja eu onde estiver.
Não vou passar a lista a ninguém. Quem quiser, que use a caixa de comentários par deixar a sua lista de livros.
#36
Está uma gaja sozinha em casa, sossegadita, a preparar um lanchinho num dia de sol e a pensar no próximo projecto (pintar uma moldura para depois emoldurar um postal giro que comprei nas "férias"), e claro que com a boa disposição, as mãos ocupadas, e a aparelhagem desligada, alguém tinha que providenciar a banda sonora. Desatei a cantar (o stand by me, se é que alguém precisa de saber). Claro que a meio da canção, e logo na parte em que cantava mais alto, me entra uma data de gente casa adentro. Não, não era a polícia, era mesmo a família alargada. E o avô a entrar pela porta e a perguntar se eu tinha posto a música aos berros. Não, era mesmo eu.
25 junho 2007
#35
Um gajo vai ao dermatologista queixar-se de que um sinal fez comichão. O médico analisa, diz que não é nada, mas já agora, tira-se e manda-se analisar. Em 5 minutos o gajo corta, limpa, e manda o paciente (sim, é preciso paciência para estas coisas) embora. Não doeu nada.
23 junho 2007
#33
Para conquistar o público de 30 anos (mais 5, menos 5) é falar-lhes das coisas da sua infância e adolescência. É tiro e queda, ficam logo para ali a sonhar, a falar uns com os outros como se tivessem acabado os desenhos animados e estivesse na hora de discutir as partes boas.
22 junho 2007
#32
Chamo aos meus dedos dos pés "fingers" (e sei bem que são "toes"), e quem é que se ri de mim, quem é? Certas e determinadas pessoas, que chamam às luvas sapatos para as mãos ("Handschuhe").
21 junho 2007
#31
Sentados num banco, cheios de sono, no centro de uma cidade europeia a abarrotar de turistas (mas de onde é que vem tanta gente?), à hora da sesta, esperámos que os outros ocupantes se sentissem intimidados e fossem à vida deles. Depois - ahahah o banco é nosso! - deitámo-nos cada um de seu lado, a fazer lembrar um sem-abrigo, que naquele momento era o que éramos, sem tecto e sem quarto por umas horas e a precisar tanto de dormir que mesmo ali, ao lado de carros, motas, e autocarros que passavam, adormecemos. Acordámos passados uns bons quinze minutos - eu bem que podia ter dormido mais um bocado - porque uns vendedores ambulantes se tinham instalado mesmo ao nosso lado. E ficámos a observá-los durante mais de uma hora, pelo canto do olho, como quem está ainda meio a dormir e não quer saber daquilo para nada. Os rapazes vendiam malas de senhora. Dolce e Gabana e Prada, diziam eles. A 20 euros as mais pequenas, 30 as grandes, 20 se o cliente fosse duro de roer. O negócio estava fraquito, mas ainda assim conseguiram vender umas 5 ou 6 durante aquela hora em que os espiámos. E os clientes, surpresa das surpresas, eram na maioria homens.
A parte mais interessante disto tudo era a maneira como o sistema estava montado. O rapaz usava calças com uma data de bolsos, e em cada um havia uma surpresa. Num deles, sacos do Lidl, para enfiar as malas vendidas. O dinheiro que recebia, guardava na dobra das meias. Quando vendia uma mala, tirava outra de um saquito que tinha às costas, daqueles de desporto que os miúdos da primária usam. Podia vender uma mala por 30 euros sob o argumento de ser "única", ou talvez "a única", e minutos depois tirar outra, igualizinha, do saquito que trazia às costas. A área de exposição consistia num pano que teria pouco mais de um metro quadrado, cujas pontas estavam atadas a uma corda. Enquanto o rapaz tentava fazer negócio e atrair clientes, segurava as cordas o tempo todo, pronto para agarrar na trouxa e se por a fugir dali para fora enquanto o diabo começa a esfregar o olho. E o outro rapaz, ao lado do primeiro, fazia o mesmo. De vez em quando um dos rapazes concentrava-se mais no negócio, e o outro então observava a rua, acima e abaixo com atenção, à espera de um sinal de alerta.
O que eu queria ver era o que aconteceria se a polícia aparecesse. Mas não tive sorte. Lá nos fartámos de ali estar e fomos passear mais um bocado. Rua acima mais rapazes, o mesmo esquema, os mesmos panos, as mesmas cordas. Às tantas estavam organizados. E não, não comprei nada.
A parte mais interessante disto tudo era a maneira como o sistema estava montado. O rapaz usava calças com uma data de bolsos, e em cada um havia uma surpresa. Num deles, sacos do Lidl, para enfiar as malas vendidas. O dinheiro que recebia, guardava na dobra das meias. Quando vendia uma mala, tirava outra de um saquito que tinha às costas, daqueles de desporto que os miúdos da primária usam. Podia vender uma mala por 30 euros sob o argumento de ser "única", ou talvez "a única", e minutos depois tirar outra, igualizinha, do saquito que trazia às costas. A área de exposição consistia num pano que teria pouco mais de um metro quadrado, cujas pontas estavam atadas a uma corda. Enquanto o rapaz tentava fazer negócio e atrair clientes, segurava as cordas o tempo todo, pronto para agarrar na trouxa e se por a fugir dali para fora enquanto o diabo começa a esfregar o olho. E o outro rapaz, ao lado do primeiro, fazia o mesmo. De vez em quando um dos rapazes concentrava-se mais no negócio, e o outro então observava a rua, acima e abaixo com atenção, à espera de um sinal de alerta.
O que eu queria ver era o que aconteceria se a polícia aparecesse. Mas não tive sorte. Lá nos fartámos de ali estar e fomos passear mais um bocado. Rua acima mais rapazes, o mesmo esquema, os mesmos panos, as mesmas cordas. Às tantas estavam organizados. E não, não comprei nada.
20 junho 2007
#30
há coisas que me intrigam
Há quem trabalhe muito e se queixe de que ninguém se apercebe disso. Será que essas pessoas já experimentaram trabalhar pouco a ver se alguém notava?
19 junho 2007
18 junho 2007
#28
E quando eu for uma velha muito velha, mas uma velhota hard-core daquelas cujo desporto favorito é passar o dia em frente ao computador a surfar a net e a jogar jogos para maiores de 18 (já que se é velha, é aproveitar), será que também vou meter o dinheiro debaixo do colchão e andar na rua com as moedinhas todas enfiadas num saquinho de plástico da farmácia?
De uma coisa tenho a certeza: vou ser uma velha muito chata, daquelas que só fazem o que lhes apetece e dizem o que lhes vai na cabeçamesmo que principalmente quando os outros não gostam de ouvir. E vou passar rasteiras com a bengala a quem me chatear.
De uma coisa tenho a certeza: vou ser uma velha muito chata, daquelas que só fazem o que lhes apetece e dizem o que lhes vai na cabeça
17 junho 2007
#27
O barulho ininterrupto de carros e de um mar de gente a acompanhá-los (e buzinas, e motas, e autocarros), tanto que nem se ouvem os aviões a passar por cima de nós. Já não tem piada. Mesmo com coisas deliciosas a acompanhar.
O barulho dos pássaros, isso é que é.
O barulho dos pássaros, isso é que é.
16 junho 2007
#26
Almoço à beira mar. Ou um café. À beira rio. Em frente a um monumento que, se não é património mundial, podia ser.
Momentos assim não precisam de mais nada para serem perfeitos.
Momentos assim não precisam de mais nada para serem perfeitos.
12 junho 2007
#25
Quem era a miúda que lá estava (não sei). Como se chamava (não sei). Tinha cabelo curto ou comprido (não sei). Cabelo castanho ou loiro (não sei). Era alta ou normal (não sei). Então quem era, pá? Não sei, mas tinha uma camisa da Mango daquele tecido muito macio, castanha e aos quadrados pequenos pretos.
11 junho 2007
10 junho 2007
#23
A vantagem de trabalhar em dias de descanso é que não há ninguém a vigiar. Trabalha-se à hora que se quer, para-se as vezes que apetecer, e pelo meio vão-se fazendo outras coisas. Ainda assim, prefiro não ter que fazer nenhum (vulgo coçar os tomates).
09 junho 2007
#22
Uma grande vantagem de se ser/estar emigrado é que passamos a apreciar o dobro das coisas. Mais até. Pois se antes me sabia bem uma bola de Berlim (a sério, das que têm creme de ovo), ou melhor, qualquer bolo com creme de ovo, agora aprecio muito mais estas delícias sempre que lhes ponho a vista em cima (e o dente!). Se por um lado se aprecia aquilo que não se pode ter tão frequentemente, por outro passa-se a gostar de coisas novas. Apfelstrudel com molho de baunilha quente, por exemplo. Os morangos apanhados por nós nos campos. Morangos silvestres, tão pequeninos, com o sabor concentrado. Nunca antes disto tinha verdadeiramente apreciado comida.
08 junho 2007
#21
Transformar um dever num prazer pode não ser fácil. Transformar um prazer num dever é uma arte. E faz com que a vida seja ainda mais agradável.
07 junho 2007
#20
Não posso ter medo de fazer as coisas. Nem tenho razão para isso. Tenho tendência para me esquecer que me posso comportar como sempre fiz e sair-me bem. Quero (e vou) é voltar a ser como sou. E ainda bem que me lembrei disto - foi mesmo a tempo.
06 junho 2007
isto não é um poste (nem um post)
A Micas, que é uma querida, ofereceu a este tasco o prémio "thinking blogger award", que a gerência agradece. Não sei onde isto começou, e desconfio que só vai acabar quando der a volta a toda a blogosfera, mas é uma ideia gira, por isso, aqui vão as minhas nomeações (isto sim, é que me fez pensar!).
Três blogues que me fazem rir, e para rir é preciso pensar primeiro:
o blogue da Florença
o blogue do Tiago na Suécia
E o blogue da Bad girl
Mais o blogue que me faz pensar que nunca na vida vou conseguir acertar com a gramática alemã, o TAGL do PQz
Um blogue que me faz rir, apesar de ser um bocadinho triste, que me faz pensar que todas as vidas têm os seus momentos maus, que vistos a uma distância suficiente, também nos podem fazer sorrir: a casa da sogra.
#19
Há alguém que ainda veja anúncios? Que não responda instintivamente à subida repentina e sem aviso do som do televisor com a súbita mudança de canal, ou a pressão imediata sobre o botão "mute"? Se calhar sou só eu. É que se antigamente eu punha o som mais alto para que, enquanto ia à casa de banho ou à cozinha, fosse imediatamente avisada assim que o intervalo acabasse, essa função hoje em dia foi totalmente dizimada. Pois se é fácil apercebermo-nos de que o som aumenta quando começa a publicidade, enquanto um gajo está na casa de banho não se apercebe que o som baixou, e como tal, o programa que se estava a ver recomeçou. Para além disto, como o som dos anúncios sobe exponencialmente, não há maneira de deixar a televisão naquelas alturas, não vão os vizinhos mandar-me de volta para a pátria. Resumindo, os anúncios perderam a sua função de avisadores de início e fim de intervalo e consequentemente, de balizas do tempo que se podia dedicar a outras actividades sem correr o risco de perder o nosso programa favorito.
Claro que há duas versões (pelo menos) desta história. Pois se a função histórica do intervalo (pelo menos, na história da minha vida, acredito que a função inicial dos intervalos publicitários fosse outra, porventura a de informar as pessoas sobre os produtos que lhes facilitariam a vida) foi eliminada, outra utilidade para os ditos se revelou. Isto para quem a quis aproveitar. Ora vejamos, a malta dos computadores (assim dito de um modo muito geral) apercebeu-se que isto era uma oportunidade fantástica, nomeadamente para eliminar os anúncios quando o programa é gravado. Criaram então uns gravadores de DVD (maravilha das maravilhas) fantásticos, que têm um filtro que faz o seguinte: ao detectar que o som subiu bastante e subitamente, reconhecem que chegou o intervalo publicitário, e param de gravar*. Genial não?
Isto é o que já foi feito. Eu tenho outra ideia. Toda a gente recebe, por email, messenger, chat, and so on, vídeos de publicidade. Publicidade divertida, com piada, inteligente, em suma, anúncios que vale a pena ver. E as pessoas vêem essa publicidade de boa vontade, sem irem a correr para a casa de banho, ou irem ao frigorífico buscar uma cerveja, ou fugirem para a cozinha para fazer umas pipocas. Ou uma piza. O cúmulo dos cúmulos é haver pessoas que se dispõem a pagar bilhetes para passarem horas a ver publicidade (já ouviram falar na "noite da publicidade"?)
Então porque é que não esquecem os anúncios chatos, deprimentes, irritantes, e limitam-se a passar anúncios dos bons nos intervalos da televisão? Até podiam por um site na net com os anúncios para as pessoas verem e mostrarem aos amigos, e escolhiam só os melhores para passar na televisão. Já imaginaram uma televisão em que as pessoas aproveitassem os programas/filmes/séries para tratarem de coisas urgentes como ir à casa de banho, mas ficassem sentadinhas a apreciar a publicidade?
*para funcionar, o filtro não pode ser assim tão simples, senão iria cortar também os picos de som de um filme, por exemplo. mas a ideia básica, é esta
Claro que há duas versões (pelo menos) desta história. Pois se a função histórica do intervalo (pelo menos, na história da minha vida, acredito que a função inicial dos intervalos publicitários fosse outra, porventura a de informar as pessoas sobre os produtos que lhes facilitariam a vida) foi eliminada, outra utilidade para os ditos se revelou. Isto para quem a quis aproveitar. Ora vejamos, a malta dos computadores (assim dito de um modo muito geral) apercebeu-se que isto era uma oportunidade fantástica, nomeadamente para eliminar os anúncios quando o programa é gravado. Criaram então uns gravadores de DVD (maravilha das maravilhas) fantásticos, que têm um filtro que faz o seguinte: ao detectar que o som subiu bastante e subitamente, reconhecem que chegou o intervalo publicitário, e param de gravar*. Genial não?
Isto é o que já foi feito. Eu tenho outra ideia. Toda a gente recebe, por email, messenger, chat, and so on, vídeos de publicidade. Publicidade divertida, com piada, inteligente, em suma, anúncios que vale a pena ver. E as pessoas vêem essa publicidade de boa vontade, sem irem a correr para a casa de banho, ou irem ao frigorífico buscar uma cerveja, ou fugirem para a cozinha para fazer umas pipocas. Ou uma piza. O cúmulo dos cúmulos é haver pessoas que se dispõem a pagar bilhetes para passarem horas a ver publicidade (já ouviram falar na "noite da publicidade"?)
Então porque é que não esquecem os anúncios chatos, deprimentes, irritantes, e limitam-se a passar anúncios dos bons nos intervalos da televisão? Até podiam por um site na net com os anúncios para as pessoas verem e mostrarem aos amigos, e escolhiam só os melhores para passar na televisão. Já imaginaram uma televisão em que as pessoas aproveitassem os programas/filmes/séries para tratarem de coisas urgentes como ir à casa de banho, mas ficassem sentadinhas a apreciar a publicidade?
*para funcionar, o filtro não pode ser assim tão simples, senão iria cortar também os picos de som de um filme, por exemplo. mas a ideia básica, é esta
05 junho 2007
#18
Há dias em que descubro que não sei nada. Nem sequer sobre as coisas que julgava que sabia o suficiente. Só sei que nem nada sei. É o que dá passar demasiado tempo na net.
04 junho 2007
#17
Os gajos que vendem/produzem/criam DVDs (chamem-lhes o que quiserem) são uns chatos. É que até tiram a vontade de continuar a comprar seja o que for que eles façam. Um gajo compra um DVD. Quer ver o DVD, mete-o no leitor de DVDs. Carrega no play, e o filme (a série, os desenhos animados, a peça de teatro, o videoclip,...) começa. Quer dizer. Era bom que começasse. O que se inicia é mas é uma seca de um minuto ou dois a dar uma grande lição de moral, que copiar DVDs é pecado, e que quem anda para aí a fazer downloads ilegais vai para o inferno, quer dizer, para a cadeia. E se começassem a meter esse aviso num sítio que eu cá sei? ... Por exemplo, nos vídeos que andam efectivamente a ser descarregados da net. É que nos DVDs que vêm das lojas não vale a pena. Eu já comprei o DVD, está pago, estão para aí a ameaçar de quê? Têm medo que o devolva? A loja não aceita. E se a minha ideia fosse copiá-lo para o distribuir pelos milhões de utilizadores da internet (avé) com certeza que não era esse minuto inicial de qualquer DVD que me ia dissuadir. Senhores da indústria dos DVDs, têm poucas hipóteses (três, pelas minhas contas): ou criam um software que realmente impeça a cópia (e aí dão cabo da indústria dos gravadores de DVDs e da indústria que produz os DVDs virgens), ou passam a vender o material a um preço tão baixo que compense o trabalho que dá procurar o mesmo conteúdo na net (com o youtube e outros serviços, está cada vez mais fácil, caso não tenham reparado). Ou então, acrescentem alguma coisa ao DVD que não dê para obter por outros meios. Autógrafos, posters, livros, vales para o cinema, ou outra coisa qualquer. Sejam criativos. E já agora, não esqueçam que o mais provável é que os DVDs sejam artigo de oferta. Tornem-no atractivo no mercado em que ele realmente está. E deixem de irritar o pessoal com o filmezinho ameaçador. Os filmes descarregados da net não ameaçam nem chateiam ninguém. Se alguém ainda compra os vossos DVDs é porque há ali alguma mais valia. Descubram qual é e aproveitem-na.
03 junho 2007
#16
Quilómetros e quilómetros de autoestrada atravessam este país imenso. Sem portagens. Com zonas sem limite de velocidade. Há duas consequências imediatas: toda a gente que não pode comprar um porsche, aluga um assim que tem oportunidade, e vai testá-lo na Autobahn. A outra é que as informações de trânsito ignoram o que se passa na cidade, e resumem-se aos "Stau" (engarrafamentos) nas autoestradas. Quilómetros e quilómetros de estrada sem limites de velocidade onde os carros ficam parados. A qualquer hora do dia ou da noite.
02 junho 2007
#15
Se comermos sempre primeiro o pão de ontem, para que não se estrague, a probabilidade de comer pão fresco diminui drasticamente. A vida é demasiado curta para comer pão duro.
01 junho 2007
#14
No mundo da publicidade, já nada me espanta. Aliás, só fico surpreendida se não me prometerem este mundo, o outro, o que há-de vir, e juntarem ainda tudo o que já foi. Por exemplo, se antes estavam na moda os dois em um, depois substituídos pelos três em um e os quatro em um, agora a promessa é o "tudo em um". Se as lâminas das giletes (seja qual for a marca, uma gilete é uma gilete) têm aumentado progressivamente de número por máquina (mas se aquilo é manual como é que se lhe pode chamar máquina? e se tem mais que uma lâmina também não se lhe pode chamar "lâmina"? o melhor é ficar mesmo pela gilete, assim escrito por forma a não descriminar as outras marcas, se bem que se elas não sabem, já deviam saber que esta corrida já a perderam há muito tempo. sim, o marketing é lixado.) espero o dia em que cada gilete terá 10 lâminas ou mais ainda, até que se lembrem de inventar outra coisa qualquer. E quanto à banda larga na net, meus amigos, qualquer empresa que ofereça menos que "velocidade até ao infinito", para mim, não vale nada. Afinal de contas, se o que anunciam é sempre o limite máximo, e não o mínimo ou o que normalmente é prestado, porque é que se hão-de ficar pela meia dúzia de megabytes? Sejamos realistas, o céu - que é como quem diz o infinito, o ilimitado - é o limite.
Subscrever:
Mensagens (Atom)