31 março 2014
Lápis azul
Como cidadã da união europeia, deixam-me votar nas eleições municipais. Desta vez era uma eleição de desempate, para decidir quem será o novo presidente da câmara. O boletim de voto, em vez de quadrados, tinha dois círculos, um para cada candidato. Perguntei se era suposto pôr uma cruz ou preencher o círculo. A resposta foi que qualquer opção serviria, desde que se conseguisse identificar qual o candidato escolhido. A segunda coisa mais estranha, é que na câmara de voto, em vez de canetas, tinham um lápis azul, daqueles mais grossos que os miúdos usam na escola para pintar. Talvez a razão para o lápis tenha tido algo a ver com o local de voto ser numa escola primária. Talvez tenham apenas escolhido o instrumento de escrita que havia em maior abundância. Apeteceu-me pintar uns raios de sol no círculo do meu candidato, mas desisti da ideia. Não porque amarelo fosse mais apropriado para o sol, mas apenas para que não houvesse dúvidas. Por um instante, quase tive pena de não estar a votar em protesto.
Há um ano atrás nevava
Por estes dias, faz sol e calor, ando de mangas curtas na rua, os miúdos brincam no parque perto da minha casa. É engraçado, fazem sempre muito mais barulho quando têm adultos a fazer-lhes companhia. Não me incomodam. Gosto que haja gente bem disposta na vizinhança, e enquanto jogam basquetebol ou futebol não andam a fazer asneiras. Os mais mafarricos sobem às árvores, os pequenitos cavam buracos na areia, usam o escorrega ou trepam à casinha de bonecas. Com o sol, vem a boa disposição e alegria.
29 março 2014
25 março 2014
Novos passageiros
(Isto nunca tinha visto. )
Porta de embarque no aeroporto de Frankfurt. Um rato, vindo não sei de onde, atravessa a zona de espera a grande velocidade. Provavelmente vai apanhar o mesmo vôo.
23 março 2014
Memórias de uma cozinha
Há muitos anos atrás - há várias vidas atrás - vivi num apartamento algo peculiar. Era um bom apartamento, espaçoso, luminoso, tinha sido recentemente renovado, tudo nele gritava "novo começo". Trouxe as minhas tralhas todas quando me mudei, que não eram muitas, espalhei-as pela casa por forma a parecer mais ocupada do que realmente estava, e em breve descobri o problema. A cozinha, gira, com focos de halogénio que eu achava o máximo (nunca tinha tido nada do género), azulejos brancos que ainda tinham pó aquando da mudança, espaço para refeições - o que no Porto era uma raridade - lavandaria (marquise, vá), equipada, o que me dava imenso jeito porque não podia estar a investir numa cozinha, tinha um problema relativamente grave. Não era o facto de o isolamento não ser grande coisa e mesmo com a marquise fechada e a porta de acesso fechada ainda assim entrar ar pelas frestas, pelo que no inverno estava sempre um bocado frio. Era o fogão. O senhorio tinha posto um fogão a gás, novo, que, por sorte, tinha um disco eléctrico. Ora isto em si não teria nada de especial, se o fogão funcionasse. No entanto, o artista que se lembrou de pôr ali um fogão a gás não reparou que o dito estava preparado para ligação a gás natural (quer era uma novidade na altura) e não tinha possibilidade de ser ligado a gás de botija. E o prédio não tinha gás natural.
O tempo todo que vivi naquela casa, especializei-me em cozinhar fosse o que fosse recorrendo a uma panela, e um microondas. Também não tinha forno. Carne estufada (vaca, perú ou frango) com acompanhamento de legumes (cenoura, ervilhas, feijão verde, tomate) e hidratos de carbono (arroz, batata ou massa). Parecendo que não, isto dava uma data de variações da mesma coisa. Não me lembro como, mas sei que também fazia douradinhos com arroz (provavelmente arroz de sobras aquecido no microondas e douradinhos no disco eléctrico). E atum com salada russa ou salada de grão de bico. De sobremesa havia fruta, pois, ou salada de frutas, ou iogurtes. Só na vida seguinte comecei a fazer bolos e outros doces. Às vezes, também fazia sopa - podia fazer a sopa primeiro e depois usar o disco para o que mais viesse, ou simplesmente fazer sopa quando já tivesse para jantar sobras de outra refeição.
Tantos anos depois, sempre que faço "tudo numa panela" lembro-me daquele apartamento. Do cheiro a renovação, do início de uma vida nova. Dentro de tantas limitações que tinha, o tanto de bom que tive ali. O sol a bater-me na cara ao acordar todas as manhãs, causando-me uma boa disposição irritante. Dos jantares com os amigos, os sofás insufláveis do clix.pt (eu tinha lá dinheiro para um sofá a sério) o ventilador e uma mantinha. O jogo do astérix no computador com o puto, com joysticks que eram uma porcaria e que tinham que ser periodicamente abertos para reposicionar os contactos de metal com fita cola. A vez que meti gasóleo no carro a gasolina - a tragédia - a caminho do aeroporto para ir buscar um dinamarquês que nos trouxe os melhores bombons de sempre. Os meses que esticavam para lá do dinheiro, a ginástica financeira que fiz enquanto vivi ali. O puto a pedir um Winnie Pooh grande, e eu a ter que lhe explicar que não tinha dinheiro para lho comprar, e ele que nunca fazia cenas, lágrimas a escorrer pela cara abaixo.
A vizinhança, não muito recomendável, apesar da avenida larga e o colégio "bem" mesmo ali ao lado. O assalto ao meu carro uma noite, o estrago na porta, nada roubado. A cena de faca e alguidar, da vez que os vizinhos andaram à pancada e a polícia teve que intervir. A vizinha que ficou com o dinheiro do condomínio e nem passou recibo nem entregou o dinheiro. Soube mais tarde que tinha problemas financeiros. Teríamos todos, possivelmente.
Os dias de sol. Tantos dias de sol, e como tudo resplandecia durante o dia, a árvore do pátio, o passeio, o sorriso do puto. A outra vizinha, que se ofereceu para tomar conta dele se algum dia precisasse - nunca pedi, não tinha forças para tanto.
Hoje pedi a uma amiga para usar o forno dela. Fiz bolos, ela fez-me o jantar. Ela ficou felicíssima por poder ajudar. Eu ainda estou a aprender a aceitar. Há umas vidas atrás, não teria sido capaz sequer de pedir ajuda.
O tempo todo que vivi naquela casa, especializei-me em cozinhar fosse o que fosse recorrendo a uma panela, e um microondas. Também não tinha forno. Carne estufada (vaca, perú ou frango) com acompanhamento de legumes (cenoura, ervilhas, feijão verde, tomate) e hidratos de carbono (arroz, batata ou massa). Parecendo que não, isto dava uma data de variações da mesma coisa. Não me lembro como, mas sei que também fazia douradinhos com arroz (provavelmente arroz de sobras aquecido no microondas e douradinhos no disco eléctrico). E atum com salada russa ou salada de grão de bico. De sobremesa havia fruta, pois, ou salada de frutas, ou iogurtes. Só na vida seguinte comecei a fazer bolos e outros doces. Às vezes, também fazia sopa - podia fazer a sopa primeiro e depois usar o disco para o que mais viesse, ou simplesmente fazer sopa quando já tivesse para jantar sobras de outra refeição.
Tantos anos depois, sempre que faço "tudo numa panela" lembro-me daquele apartamento. Do cheiro a renovação, do início de uma vida nova. Dentro de tantas limitações que tinha, o tanto de bom que tive ali. O sol a bater-me na cara ao acordar todas as manhãs, causando-me uma boa disposição irritante. Dos jantares com os amigos, os sofás insufláveis do clix.pt (eu tinha lá dinheiro para um sofá a sério) o ventilador e uma mantinha. O jogo do astérix no computador com o puto, com joysticks que eram uma porcaria e que tinham que ser periodicamente abertos para reposicionar os contactos de metal com fita cola. A vez que meti gasóleo no carro a gasolina - a tragédia - a caminho do aeroporto para ir buscar um dinamarquês que nos trouxe os melhores bombons de sempre. Os meses que esticavam para lá do dinheiro, a ginástica financeira que fiz enquanto vivi ali. O puto a pedir um Winnie Pooh grande, e eu a ter que lhe explicar que não tinha dinheiro para lho comprar, e ele que nunca fazia cenas, lágrimas a escorrer pela cara abaixo.
A vizinhança, não muito recomendável, apesar da avenida larga e o colégio "bem" mesmo ali ao lado. O assalto ao meu carro uma noite, o estrago na porta, nada roubado. A cena de faca e alguidar, da vez que os vizinhos andaram à pancada e a polícia teve que intervir. A vizinha que ficou com o dinheiro do condomínio e nem passou recibo nem entregou o dinheiro. Soube mais tarde que tinha problemas financeiros. Teríamos todos, possivelmente.
Os dias de sol. Tantos dias de sol, e como tudo resplandecia durante o dia, a árvore do pátio, o passeio, o sorriso do puto. A outra vizinha, que se ofereceu para tomar conta dele se algum dia precisasse - nunca pedi, não tinha forças para tanto.
Hoje pedi a uma amiga para usar o forno dela. Fiz bolos, ela fez-me o jantar. Ela ficou felicíssima por poder ajudar. Eu ainda estou a aprender a aceitar. Há umas vidas atrás, não teria sido capaz sequer de pedir ajuda.
E por falar em póneis
Este vídeo é genial. Acho que não é o original, embora parecido. O original era um anúncio a uma operadora de telecomunicações.
Um pónei a fazer o moonwalking... :-) Reparem no pormenor à ovelha Choné: no instante que passa o tractor, o pónei pára.
Um pónei a fazer o moonwalking... :-) Reparem no pormenor à ovelha Choné: no instante que passa o tractor, o pónei pára.
21 março 2014
Cavalos anões
Quatro destes, num espaço que eu diria apropriado para um cão de médio porte. Pois são póneis, cavalitos minúsculos, sendo que o mais alto não devia ter um metro e meio de altura, não devem precisar de muito espaço, e o que tinham até dava para se rebolarem, que eu vi, e até para andarem às marradas uns aos outros, que é como quem diz, o maior aos mais pequenos, que isto do reino animal é mesmo assim e o maior é que manda, e impõe as regras à força.
Provavelmente vão passear todos os dias, e têm um celeiro onde ficam quando chove e tal, mas mesmo assim fiquei com pena deles. Ali mesmo ao lado dos campos verdejantes, podiam deixá-los ir lá estrumar directamente (hoje fiquei traumatizada, e eu até sou uma rapariga do campo).
Tinham uma casota, assim uma daquelas casotas de jardim em grande, mas da maneira que se portavam, a casa era do maior, e ainda assim, uma casota não é lugar para póneis.
Engraçaditos e tal, para observar por uns minutos, provavelmente bons para crianças, mas para gente grande, não me parece que tenham grande serventia nos dias de hoje.
Fez-me lembrar um episódio dos Simpsons em que a Lisa quer à viva força ter um pónei. Concedo que realmente cabem num jardim, e arrependo-me de não ter perguntado quanta comida comem por dia, só por curiosidade que eu não tenho vida compatível com ter animais. Mas estes moram perto da estrada panorâmica em direcção aos Alpes, mesmo ao lado de uma tasca maravilhosa, como que uma taberna à antiga que serve de mercearia, de talho e de fast-food (a sande de schnitzel estava maravilhosa), e até tem Biergarten e tudo. Claro que o Biergarten é à escala dos póneis, ou seja, 3 ou 4 mesas e bancos corridos, em puro estilo bávaro, mas estava vazio e os clientes que entravam e saíam cumprimentavam toda a gente. Mesmo os motoqueiros. Sendo assim, é provável que volte a visitá-los, e eventualmente a perguntar sobre os hábitos destas criaturas, embora corra o risco de não entender as respostas, que isto é longe da cidade cosmopolita e como tal não se fala alemão, mas um dialecto quase incompreensível. Se calhar com tempo, aprende-se.
(Eu não sei bem como ou porquê, mas no campo as casas são enormes, gigantescas, dão para a família toda incluindo avós e netos, bed and breakfast e animais no rés do chão ou num celeiro ao lado. Impressionante.)
Fez-me lembrar um episódio dos Simpsons em que a Lisa quer à viva força ter um pónei. Concedo que realmente cabem num jardim, e arrependo-me de não ter perguntado quanta comida comem por dia, só por curiosidade que eu não tenho vida compatível com ter animais. Mas estes moram perto da estrada panorâmica em direcção aos Alpes, mesmo ao lado de uma tasca maravilhosa, como que uma taberna à antiga que serve de mercearia, de talho e de fast-food (a sande de schnitzel estava maravilhosa), e até tem Biergarten e tudo. Claro que o Biergarten é à escala dos póneis, ou seja, 3 ou 4 mesas e bancos corridos, em puro estilo bávaro, mas estava vazio e os clientes que entravam e saíam cumprimentavam toda a gente. Mesmo os motoqueiros. Sendo assim, é provável que volte a visitá-los, e eventualmente a perguntar sobre os hábitos destas criaturas, embora corra o risco de não entender as respostas, que isto é longe da cidade cosmopolita e como tal não se fala alemão, mas um dialecto quase incompreensível. Se calhar com tempo, aprende-se.
(Eu não sei bem como ou porquê, mas no campo as casas são enormes, gigantescas, dão para a família toda incluindo avós e netos, bed and breakfast e animais no rés do chão ou num celeiro ao lado. Impressionante.)
Ai, o cheiro da Primavera
Um dia de sol maravilhoso, os montes verdejantes, os Alpes no horizonte, o céu azul. O campo, os tractores, as casas enormes, as vistas. Absolutamente paradisíaco, não fosse o cheiro a estrume.
19 março 2014
Como fazer um bolo sem forno
Ora aí esta uma questão que nunca me tinha ocorrido. Infelizmente tenho que encontrar a resposta rapidamente. Tenho uma festa de miúdos à porta e o forno avariou.
Para já só consigo pensar em:
Bolo de panquecas - feito de panquecas empilhadas, coladas por creme à escolha (chocolate, ou queijo creme aromatizado)
Bolo de bolacha - alguma versão alterada sem o café - mas como é que um bolo de bolacha poderá funcionar sem café?
Queques de chocolate de microondas - não é propriamente um bolo, mas serve...
Podia ir a uma pastelaria e encomendar. Mas isso era fugir ao desafio. Há-de haver maneira de fazer bolos sem utilizar o forno.
Cheesecake!
Para já só consigo pensar em:
Bolo de panquecas - feito de panquecas empilhadas, coladas por creme à escolha (chocolate, ou queijo creme aromatizado)
Bolo de bolacha - alguma versão alterada sem o café - mas como é que um bolo de bolacha poderá funcionar sem café?
Queques de chocolate de microondas - não é propriamente um bolo, mas serve...
Podia ir a uma pastelaria e encomendar. Mas isso era fugir ao desafio. Há-de haver maneira de fazer bolos sem utilizar o forno.
Cheesecake!
13 março 2014
Sabes que já não vais a Portugal há imenso demasiado tempo quando...
Não chegou a haver Inverno a sério. A primavera aproxima-se a passos largos e já não há razão nenhuma para usar botas altas. Quinze ou dezasseis graus durante o dia já não são (apenas) uma agradável surpresa, são uma constante, e como tal, está na hora de mudar de calçado. Infelizmente, o calçado de primavera precisa de um sapateiro habilidoso, ou substituição urgente. Passo as noites a surfar a net a ver montras virtuais, mas o que eu queria mesmo era ir à minha sapataria, e ao meu sapateiro.
Tive que cortar o cabelo cá. Estou que nem posso, cada vez que me olho ao espelho penso na minha cabeleireira, a quem tenho que ser infiel mais vezes do que gostaria. Quanto tempo é que demorará a passar o efeito deste corte esquisito que à frente ficou demasiado curto e direito. A tortura que é encontrar uma cabeleireira nova que faça um corte que me agrade, já corri não sei quantas em Munique e ainda não acertei.
Apesar do Inverno ter sido muito ameno, tenho saudades do sol e do céu azul. É difícil explicar, porque tem estado imenso sol, mas não é a mesma coisa. Estou com saudades de "casa".
Tive que cortar o cabelo cá. Estou que nem posso, cada vez que me olho ao espelho penso na minha cabeleireira, a quem tenho que ser infiel mais vezes do que gostaria. Quanto tempo é que demorará a passar o efeito deste corte esquisito que à frente ficou demasiado curto e direito. A tortura que é encontrar uma cabeleireira nova que faça um corte que me agrade, já corri não sei quantas em Munique e ainda não acertei.
Apesar do Inverno ter sido muito ameno, tenho saudades do sol e do céu azul. É difícil explicar, porque tem estado imenso sol, mas não é a mesma coisa. Estou com saudades de "casa".
Não é justo
Almocei uma das minhas comidas favoritas. Apanhei uma intoxicação alimentar. Leve, não fui parar ao hospital.
11 março 2014
Platão, esse grande homem
Tenho uma paixão assolapada pelos escritos de um homem. Não, não estou a falar de Platão, é outro, um cujo coração ainda bate. Ora, estando apaixonada pela inteligência e sentido de humor combinados, capacidade de análise e eloquência, da expressão escrita deste ser humano, confronto-me de vez em quando com a dúvida: ver ou não ver. Assistir de camarote, ou simplesmente continuar a acompanhar apenas a palavra escrita, sem nunca deturpar a imagem imaginada pela minha cabeça. Que não é sequer uma imagem. Para mim o homem não é gordo, nem magro, nem alto, nem baixo, nem bonito nem feio, embora provavelmente tenha barba. É mais provável que um homem eloquente e inteligente tenha barba, quanto mais não seja para não perder tempo a fazê-la, que os escritos não se auto-produzem.
Claro que se me atrever a conhecer esta musa inspiradora - pois, eu sei, é grave - o maior risco que corro não é a decepção de descobrir que mesmo uma pessoa inteligente, eloquente, e com um sentido de humor fora do comum, é apenas um mero mortal. Ou a surpresa de o homem ser isto tudo e muito mais, e ficar viciada na observação de um génio em acção. O risco é nunca mais voltar a olhar para aqueles textos com os mesmos olhos.
Claro que se me atrever a conhecer esta musa inspiradora - pois, eu sei, é grave - o maior risco que corro não é a decepção de descobrir que mesmo uma pessoa inteligente, eloquente, e com um sentido de humor fora do comum, é apenas um mero mortal. Ou a surpresa de o homem ser isto tudo e muito mais, e ficar viciada na observação de um génio em acção. O risco é nunca mais voltar a olhar para aqueles textos com os mesmos olhos.
09 março 2014
Eu sei que há livros e tal
A televisão não dá nada de jeito. Tantos canais e não há nada que se aproveite.Não gosto de filmes, e os canais onde costumava seguir séries, passaram a dar só filmes à noite. Estou farta de programas de culinária - principalmente daqueles em que nem sequer cozinham nada que eu comesse. Há bocado estava a dar um sobre doces - bolos e assim - que não só era culturalmente terrível, era nutricionalmente péssimo, para lá de mau. (Suponho que fazer bolos sem bater claras em castelo e usar quantidades de manteiga que ultrapassam um pacote por bolo, antes de sequer chegar às "coberturas" desclassifica, aos meus olhos, qualquer bolo.)
Os canais de documentários deviam ter algo como um bbc vida selvagem para eu adormecer, e as séries pseudo-cómicas deviam dispensar os risos entalados que me perturbam a paz. De modos que acabo, com os miúdos na cama e portanto sem desculpa plausível, a ver os desenhos animados. Do cartoon network que é o único que não tem publicidade (vá, tem, mas muito pouca), e não aumenta o som durante o intervalo, que é algo para acordar a minha pessoa. E infelizmente deixou de transmitir apenas em inglês - alguns personagens ficaram com umas vozes esganiçadas que também não funcionam como soporífero. Há quem vá dormir para a cama por mais cedo que seja, mas eu estou convencida que perco a nacionalidade se me for deitar antes da meia-noite, e prefiro dormir um bocadinho no sofá.
Os canais de documentários deviam ter algo como um bbc vida selvagem para eu adormecer, e as séries pseudo-cómicas deviam dispensar os risos entalados que me perturbam a paz. De modos que acabo, com os miúdos na cama e portanto sem desculpa plausível, a ver os desenhos animados. Do cartoon network que é o único que não tem publicidade (vá, tem, mas muito pouca), e não aumenta o som durante o intervalo, que é algo para acordar a minha pessoa. E infelizmente deixou de transmitir apenas em inglês - alguns personagens ficaram com umas vozes esganiçadas que também não funcionam como soporífero. Há quem vá dormir para a cama por mais cedo que seja, mas eu estou convencida que perco a nacionalidade se me for deitar antes da meia-noite, e prefiro dormir um bocadinho no sofá.
02 março 2014
Tudo é um jogo
Para quem não segue o lourencobray (sonhos do tipo D), um post sobre jogos, realidade virtual, e a realidade. Muito bom, vale a pena ler.
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