07 agosto 2015

À procura de paraísos

um ano atrás dois anos, mais coisa menos coisa, por causa de uma coisa que vi num blogue, meti-me pelas estradas menos percorridas e fui parar ao paraíso. No meio de aventuras e desventuras, enquanto procurava uma coisa específica, encontrei tudo o que não estava à espera. Fiquei perto, muito perto, do objectivo inicial, mas no final não consegui fazer exactamente aquilo que queria. Fiz outras coisas, e foi mesmo muito bom.
Desta vez, pelo espírito de aventura, procurei uma coisa na net, e fui à procura dela. Claro que não esperava que a aventura, em pleno Algarve, fosse igual. No entanto, também encontrei algo bem diferente do que tinha planeado.

Fonte Grande

Os paraísos do Algarve, desconfio, só o são dez meses por ano - Agosto não é um desses meses. Ainda assim, pode ser bem divertido tentar encontrá-los. Virtualmente, a Fonte Grande tinha óptimo aspecto. E provavelmente tem-no todos os dias, antes de chegar toda a gente, ou no resto do ano. Em Agosto, com quase quarenta graus, é apenas um sítio bonito, com pedras giras e uma arquitectura muito engraçada, um café salvador, água a refletir o verde do fundo e coisas amareladas a boiar (algas? partes de árvores?), árvores e imensas pessoas. Na verdade exagero, não era assim tantas como isso, simplesmente quando encontramos o paraíso não estamos a contar que tenha havido outras almas à procura do mesmo. (Ingenuidade minha, claro.) E a fazer churrascos. Na verdade, a Fonte Grande é um local giríssimo, com imensos sítios onde estender a toalha, mesas de piquenique, pormenores pitorescos para tirar fotografias. Gostava era de ter lá ido numa altura mais calma, para aproveitar melhor. Ou ter levado uma bóia gigante, e sandálias de borracha.

Fonte Grande

Assim, peguei no rapaz e fui até à Fonte Pequena, ali ao lado. Uns minutos a andar debaixo de um calor abrasador, porque tinha mesmo que ir ver. E em chegando lá, beber uma água que me soube pela vida, só para não desidratar. Fiquei com pena de o restaurante-bar-pool estar fechado. Aquilo tinha muito bom aspecto no google earth.

Fonte Pequena

Fonte Pequena

A morrer de calor, e sem coragem para me lançar às águas verdes, desisti e decidi acabar o dia na praia. Mas para não dar a aventura por terminada não usei o GPS. Havia de dar com uma praia, não é assim tão longe. Mas foi. E as estradas estreitas não ajudaram à velocidade, mas compensaram em beleza. Já não se fazem estradas onde valha a pena olhar para a paisagem. As estradas municipais por onde segui eram uma delícia. E um perigo - dificilmente passam dois carros em sentidos opostos. A cereja no cimo do bolo foi quando o trânsito foi interrompido por um rebanho. Há anos que isto não me acontecia. Depois das cabras, lá fomos dar à praia. Um mergulho para terminar o dia, e seguir para o jantar. Uma aventura a não repetir (nestas condições), mas ainda assim, muito divertida.

meh

3 comentários:

  1. Ah ah ah! De facto Agosto não é o melhor mês para aventuras :( De qq modo ficaste com fotos bem giras :)
    A última vez que tive parar o carro por causa de um rebanho de cabras foi quando fui à Serra da Estrela com os pais. Mas mais recentemente tive a estrada interrompida por uma manada de vacas ... tb foi muito giro e foi nos Açores com estradas praticamente desertas, poucos turistas e uma beleza natural a perder de vista.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Desconfio que isso dos Açores com poucos turistas foi chão que deu uvas. Agora com a Ryanair, o paraíso se ainda não desapareceu, deve faltar pouco.

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