Faz um ano, mais coisa menos coisa, que dei cabo de um ligamento a jogar futebol. Nada demais, não rompeu completamente, e deu-me a oportunidade de fazer uma TAC que eu achei perfeitamente genial. Deitada naquela máquina com ar de ficção científica, com instruções para não me mexer durante 20 minutos, e um barulho que parecia que estavam ali a martelar ritmicamente ao meu ouvido, fiz o que faço melhor quando não tenho nada que fazer, que é dormir. No final, a parte que eu gostei mesmo, foi de ver as imagens das secções do meu joelho, com o veredicto do médico: era um esticamento do ligamento, e não ia precisar de operação. Três meses, pelo menos, sem jogar nem fazer ski - mesmo antes da época começar - e mês e meio com uma cena de metal à volta da perna, à cyborg. Uma animação. E fisioterapia.
Passados três meses lá fui ver o homem outra vez, e não gostei do que ele me disse, que foi pouco ou nada. Sem se querer comprometer com afirmações do que é que poderia fazer ou quando, mandou-me uma conta choruda pelos dez minutos da consulta, e mandou-me voltar lá dali a uns tempos. Resolvi que não iria voltar a vê-lo.
Só em Junho me atrevi a voltar ao ténis de mesa - uma única vez, pois senti o joelho a queixar-se, embora não tenha piorado nada. Julho e Agosto dediquei-me à natação, e as primeiras duas semanas foi quando o joelho finalmente começou a ir ao lugar, senti bocados lá dentro a esticar e encaixar enquanto nadava. Sem nunca ter tido dores. Aliás, nem no momento da lesão tive dores algumas.
Hoje foi o dia em que finalmente voltei a jogar futebol. Cheia de medo de dar cabo do pobre joelho outra vez, corri metade do que costumava correr, senti o joelho a dizer "eh pá, não sei se estou preparado para isto", mas não tive dores e aguentei a um ritmo médio com algumas paragens à baliza.
Isto vai ao sítio. Já estava fartinha de só usar o ginásio.
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