30 novembro 2013

Notas soltas, antes de fechar a loja

1. Passei horas a combater adware no computador - que não faço a mínima ideia de onde poderá ter vindo, nem como passou o antivírus e firewall, até porque nem me lembro de ter instalado software algum nesta máquina. Deu luta, mas perdeu.

2. Recebi uma encomenda embalada numa caixa de cartão com dimensões mais de 6 vezes do que seria necessário. Quando vi o pacote não consegui imaginar o que é que eu teria comprado que necessitava de uma embalagem tão grande - a resposta é nada, a embalagem deveria ser bem mais pequena.

3. Mudei o motor de pesquisa pré-definido para o duck duck go. Pode não ser tão bom como o google, mas por outro lado, é bem melhor. E dá para rir. Por falar em tracking, começa a ser difícil usar seja o que for na net sem um registo prévio. Não gosto.

4. Ia comprar um livro, e depois lembrei-me que devo tê-lo. A 2300km de distância. Em momentos como este, não me importava de ter a versão digital.

5. Os vídeos de matemática do youtube são uma seca. Lentos, levam demasiado tempo a explicar o assunto. Deve haver alguns bons, mas estão soterrados pela quantidade de conteúdo muito mau. As pessoas até podiam estar cheias de boas intenções. Infelizmente não tenho tempo para confirmar. Por outro lado, os vídeos da academia Khan são bastante mais rápidos e menos maçudos. Não encontrei melhor. Se dependesse da net para gostar de matemática, estava condenada. Felizmente a minha mãe tratou disso mal teve oportunidade. Obrigada mãe.

6. Para uns minutos de diversão, procurem a vaca invisível. É giro. Muuuuu!

29 novembro 2013

Bolachinhas



Fazer bolachinhas tem o seu quê de terapêutico. Não é o juntar os ingredientes, pesar, meter no tacho, mexer. É o brincar com a massa, um pouco como se fosse plasticina. Fazer bolinhas com as mãos, cuidando para que todas as bolinhas sejam aproximadamente do mesmo tamanho, espalmar as bolinhas para que se tornem discos, colocar os discos num tabuleiro, e recomeçar, até esgotar a massa. A massa para fazer bolachas dura sempre muito enquanto estou a moldar bolachinhas. Depois de feitas, no entanto são sempre poucas.
Quinze minutos no forno - bem menos que o tempo que demorei a transformar um monte de massa em discos - et voilá. Aquilo que me ocupava a mente enquanto fazia bolinhas pode não ter desaparecido, mas agora está bem acompanhado.

27 novembro 2013

Abaixo de zero

A vantagem de ter começado a nevar, e portanto, o Inverno, é que voltámos a ver o sol. Acho que já há três semanas que o céu estava permanentemente de um branco acinzentado. Os dias que parecem quase noite - nem realmente amanhece, nem realmente  está luz suficiente para parecer dia - afectam a qualidade de vida.

22 novembro 2013

Sinos a tocar


Ainda estamos em Novembro, mas estou como as lojas, cheia de vontade de montar a árvore de Natal, embrulhar os presentes, fazer bolachinhas. Vantagens das árvores artificiais - é só tirar da caixa, não é preciso esperar que comecem a vender as árvores verdadeiras. Assim sim, é quando eu quiser.
Outros pormenores que dificultam a tarefa são a dificuldade em embrulhar os presentes que ainda não foram comprados, embora alguns já estejam à espera de ser embrulhados desde Agosto. Quando eu era miúda uma das coisas que mais gostava de fazer era andar pela casa à procura dos presentes que já estavam escondidos pelos meus pais em qualquer lado. Pergunto-me se passa pela cabeça dos meus miúdos andar à caça das coisas que já estão guardadas à espera da altura certa.
As bolachinhas, claro, posso fazer as que quiser que os miúdos fazem-nas desaparecer em três tempos. Qual guardar em caixinhas e testar a ver quanto tempo realmente aguentam em boas condições de textura e sabor. Uma semana, no máximo, se fizer a receita a dobrar, porque os miúdos comem-nas todas. E os graúdos ajudam.
Com a cabeça no polvo (bhléc) e o bacalhau, bolo-rei e molotof da minha mãe. E rabanadas. Vai ser um longo mês à espera.

20 novembro 2013

Das preocupações

(inspirado pela Rita, o post que ela refere e o artigo do NYT referido, do qual só li a parte disponível a quem não se registou)

Acho que nunca se deixa completamente de ter preocupações. Aos 20, aos 30, aos 50, aos 70. Sim, mesmo aos 70 ainda se têm preocupações. Se a nossa vida corre bem, preocupamo-nos com os filhos. Ou com os netos. Ou com os pais. Ou com o resto da família.
Se temos um bom emprego, pensamos se deveríamos ser mais ambiciosos. Se até temos ainda alguma ambição, preocupamo-nos em descobrir onde chegar aonde queremos chegar. Se estamos reformados, preocupamo-nos em como passar o tempo.

O cabelo? Eu tenho um cabelo bom - de um modo geral posso acordar e sair de casa sem sequer me pentear, que vou com bom aspecto. Ou acho que vou com bom aspecto, o que pode não ser assim tão positivo. Mas não domino o secador. Eu não sei para que servem as escovas redondas e não entendo como é que alguém as consegue usar para secar o cabelo da parte de trás. O secador é um mistério. E eu já tenho mais que idade para conhecer o secador mesmo muito bem. Prática é que nem por isso - é raro usar o secador.

O creme dos olhos faz-me bolhinhas brancas na zona onde se deveria por o creme. Quando tenho algum, normalmente porque veio de oferta com alguma coisa, acabo por usar como creme das mãos ou para os lábios. E sim, tenho mais que idade para usar creme dos olhos.

Maquilhagem. Possivelmente devia usar. Na prática, uso umas três vezes por ano, em ocasiões muito especiais. Não há pachorra. Nem para base, nem rímel, nem sombra, nem blush, nem uma data de coisas que nem sei o que são, como ou onde colocar. E aquela cena do enrolador de pestanas parece um instrumento de tortura. E não me parece que faça nada.

Beber? Funciono um bocado ao contrário da maioria dos mortais, bebo pouco. Decidi há anos deixar de beber por razões sociais, e desde então sou mais feliz. Mesmo. Não bebo espumante, mesmo que seja meia noite e passagem de ano, porque não gosto. Não bebo vinho tinto, e posso provar vinho branco mas gosto de poucos. Fico "alegre" se beber um único copo de uma bebida alcoólica e não sei o que é uma ressaca. Nem tenciono descobrir. Mas gosto de um cocktail de vez em quando, ou um copito de vinho do Porto em ocasiões especiais.

Os meus joelhos não doem, mesmo quando deviam. Ahah. Em compensação tenho que fazer desporto de vez em quando para não ter dores de costas, consequência do meu estilo de vida sedentário. Também há uns massagistas que resolvem esse problema, e é uma bela maneira de acabar com dores, receber uma massagem, mas a maior parte do tempo, um bocadinho de desporto et voilá, fico como nova. A não ser que faça outra rotura de ligamentos. Hum.

Preocupações de emigra. Vou ficar aqui até quando? 5 anos? 10? Até me reformar? Quando é que me irei reformar? E os miúdos? Vão ficar aqui? Até que ponto é que são portugueses? Quão portugueses é que são? Quão alemães são? A primeira vez que tive uma conversa demorada com o meu chefe, quando vim para cá, ele explicou-me que os nossos filhos não serão nunca portugueses, alemães, austríacos, etc., mas sim cidadãos do mundo. Quer me agrade quer não, hoje, passados 11 anos, acho que o homem tinha razão. Preocupação de mãe é agora, mas que referências é que estes miúdos têm, e com quem é que se irão identificar quando chegarem aos 20, 30 anos? Quem será, e quão grande será o grupo de gente da idade deles que terá tido as mesmas vivências de infância, se é que há mais alguém, para além dos irmãos. Eu posso falar sobre o dartacão, verão azul, gelados fizz limão, as manifs contra a pga, as 3 cadeiras no 12ºano, etc. etc., em pé de igualdade com  milhares de pessoas. E eles?

Lixo. O caixote do lixo indiscriminado só é esvaziado de 15 em 15 dias. Para obrigar a malta a reciclar. Desde que comecei a separar as embalagens, papel e lixo biológico o lixo indiscriminado deixou de ser uma preocupação tão grande - em quinze dias fazemos mais lixo do que o que cabe num caixote. Agora a preocupação é quem é que leva o saco das embalagens ao ecoponto?

Getting ou having your shit together são expressões que acho que nunca percebi completamente. Não sei bem se se referem à globalidade dos aspectos da vida de uma pessoa, ou se apenas a algumas vertentes, dependentes da situação. Penso que as duas coisas, dependendo do contexto. Mas não conheço ninguém que me pareça estar com a vida completamente sob controlo, ou livre de preocupações. Enquanto estamos vivos, há sempre alguma coisa que nos há-de escapar, ou algo por que ansiamos, ou algo que nos preocupa. E isso é bom, é sinal que vivemos, não apenas sobrevivemos.

19 novembro 2013

Um ano à Sá Pinto

Faz um ano, mais coisa menos coisa, que dei cabo de um ligamento a jogar futebol. Nada demais, não rompeu completamente, e deu-me a oportunidade de fazer uma TAC que eu achei perfeitamente genial. Deitada naquela máquina com ar de ficção científica, com instruções para não me mexer durante 20 minutos, e um barulho que parecia que estavam ali a martelar ritmicamente ao meu ouvido, fiz o que faço melhor quando não tenho nada que fazer, que é dormir. No final, a parte que eu gostei mesmo, foi de ver as imagens das secções do meu joelho, com o veredicto do médico: era um esticamento do ligamento, e não ia precisar de operação. Três meses, pelo menos, sem jogar nem fazer ski - mesmo antes da época começar - e mês e meio com uma cena de metal à volta da perna, à cyborg.  Uma animação. E fisioterapia.
Passados três meses lá fui ver o homem outra vez, e não gostei do que ele me disse, que foi pouco ou nada. Sem se querer comprometer com afirmações do que é que poderia fazer ou quando, mandou-me uma conta choruda pelos dez minutos da consulta, e mandou-me voltar lá dali a uns tempos. Resolvi que não iria voltar a vê-lo.
Só em Junho me atrevi a voltar ao ténis de mesa - uma única vez, pois senti o joelho a queixar-se, embora não tenha piorado nada. Julho e Agosto dediquei-me à natação, e as primeiras duas semanas foi quando o joelho finalmente começou a ir ao lugar, senti bocados lá dentro a esticar e encaixar enquanto nadava. Sem nunca ter tido dores. Aliás, nem no momento da lesão tive dores algumas.
Hoje foi o dia em que finalmente voltei a jogar futebol. Cheia de medo de dar cabo do pobre joelho outra vez, corri metade do que costumava correr, senti o joelho a dizer "eh pá, não sei se estou preparado para isto", mas não tive dores e aguentei a um ritmo médio com algumas paragens à baliza.
Isto vai ao sítio. Já estava fartinha de só usar o ginásio.

18 novembro 2013

Foi segunda, hoje?

Para uma segunda ser um dia maravilhoso basta que esteja sol. E que isso seja um acontecimento porque a última vez que o tinha visto tenha sido há tanto tempo que já nem me consigo lembrar. Hoje processei alguma vitamina D, e nem me lembrei de tirar alguma foto para recordar nos próximos dias cinzentos.

E depois ajuda receber boas notícias logo de manhã, uma pessoa até se esquece que é segunda e dormiu pouco de noite. Esta segunda soube a terça.

15 novembro 2013

14 novembro 2013

Do fundo do baú

Há mais de três anos, a Susana escreveu um post intitulado "1 razão científica para nos dedicarmos à meditação taoísta". Na altura achei-o tão bom que o enviei por email para todas as pessoas que na minha opinião precisavam de dar uma boa gargalhada. Hoje voltei a lê-lo, e a rir-me quase tanto como da primeira vez - e da primeira vez só me ri mais porque o li repetidas vezes. A Susana escreve poucas vezes, mas quando escreve é de ir às lágrimas. Vou continuar a guardar este link, para aqueles dias em que tudo parece cinzento. Ou para me inspirar quando tiver problemas com alguma multinacional.

13 novembro 2013

Ganhar o dia

Às vezes é tão difícil lembrar-me de expressões portuguesas.

Da escuridão

São sete da tarde noite e já estou cheia de sono. Não é por muito madrugar. O sol pôs-se às 16:39, se bem que esta frase é um exagero poético, que eu não vi sol nenhum hoje. Não gosto do horário de Inverno, mesmo que este seja o horário "natural" e o adaptado seja o horário de Verão. Que me interessa se o sol "nasce" às 7h17 em vez de às 8h17, esta hora roubada ao fim do dia é a que me faz falta. E dá sono.

12 novembro 2013

Como frustrar um espertalhão

Um tipo arranja um vaso com uma planta e coloca-o no escritório. Pendurado no tecto. Com a planta a crescer para baixo.
Falar com o tipo no dito espaço como se aquele arranjo nem estivesse ali. Plantas penduradas ao contrário? A coisa mais normal do mundo. Encontram-se aqui, por exemplo. Um cacto morto, isso sim, é muito mais difícil de obter. Agora que penso nisto, aquele vaso pendurado ao contrário é perigoso. Um dia destes o tipo vai-lhe dar uma cabeçada. E corre o risco de ficar com uma planta a fazer de cabelo.

11 novembro 2013

Coisas doces com muito açúcar


Vi aqui, e tive que fazer. Mini bolachas com pepitas de chocolate (compradas), merengue italiano, e chocolate derretido em cima. Muito bom, para comer frio.
(Para quem nunca tinha usado um saco de pasteleiro nem um termómetro para comida na vida, nada mal.)

10 novembro 2013

Papel e cartão

A H&M enviou-me um catálogo. Eu devia estar bem disposta, afinal era fim de semana (que aqui entregam correio ao sábado), e em vez de o deitar directamente no lixo, quer dizer no caixote da reciclagem, sem sequer o levar para dentro de casa, abri o dito catálogo. Dei uma vista de olhos. Encontrei uma única peça de roupa que até poderia ter comprado. Fui à net, procurar a dita peça, com o intuito de a encomendar. Não havia. Estava esgotada na maior parte dos tamanhos, incluindo o meu, com tolerância de um tamanho abaixo e outro acima. Mas porque é que eu perdi tempo a ver o catálogo? Foi parar ao lixo. Caixote azul, reciclagem de papel. Eu nem gosto de compras à distância.

06 novembro 2013

A minha orquídea tem um bebé

Tenho uma orquídea que um dia começou a deitar folhas e raízes novas no caule, a uns 20cm de altura. Achei aquilo estranho, eu sou perita é em matar plantas, e fui perguntar ao meu amigo que percebe de flores. Diz que a orquídea está a ter um bebé, e mandou-me ir ao google ver vídeos para descobrir exactamente onde cortar, para transplantar o bebé para outro vaso. Calha bem, até tenho um vaso com coisas de orquídea lá dentro de uma que morreu recentemente.
Nunca tinha tido uma coisa destas - é espantoso. Eu, que matei um cacto de sede - aguentou uns anos mas até um cacto precisa de água de vez em quando - agora tenho orquídeas a reproduzir-se. Extraordinário.

04 novembro 2013

Aquelas tabletes da Milka às quais falta um quadrado

Se calhar estou a ver mal mas...
...agora há umas tabletes de chocolate com um quadrado em falta. No verso da embalagem, diz que se quiseres esse quadrado basta mandar uma mensagem para um determinado local, e eles enviam...
...na mesma prateleira do supermercado, há tabletes de chocolate completas, ao mesmo preço. Estão a ver qual é que comprei?

(Mas há alguém no seu perfeito juízo que compre uma tablete incompleta de propósito para depois pedir o quadrado em falta mais tarde? O que é que me está aqui a escapar? O chocolate não era suposto ser uma recompensa imediata? E quanto chocolate a Milka deixou de vender por causa disto? A julgar pela quantidade que ficou no supermercado...)

02 novembro 2013

Segurança

Hoje em dia para um único serviço pedem-me para criar tantas senhas, pins, perguntas de segurança, nome de utilizador, todos com uma data de regras que não fazem sentido lógico para a minha imaginação, que mal acabo de criar um perfil com as tais senhas, pins, perguntas e respostas de segurança, nome de utilizador, email, e sei lá mais o quê, já não me lembro de mais de metade dos dados que criei. Segurança perfeita, nem eu consigo entrar na conta.