30 agosto 2009

Uma pessoa chega do outro mundo, e pensa nas imensas coisas geniais que tinha planeado postar durante as férias, como aquela ideia das memórias mais antigas que se têm, ou o maior susto da minha vida e de como não consegui dormir em condições durante uma semana (e sim, isto nunca me tinha acontecido), ou como ir a uma terra onde nunca se tinha estado e que aparentemente não tem nada de especial pode ser extremamente perturbador (de uma forma diferente da do maior susto da minha vida), ou até o plano de postar a pilha de livros e dvds que tinha planeado atacar antes das férias e da que efectivamente acabei por ler/ver, e ainda sobre o prazer de ler um livro que encontrei a cair aos bocados e colado com fita cola, e o outro livro que encontrei e que já ia a meio quando descobri que era uma auto-biografia e bolas para a miúda que tudo lhe acontecia - e ainda para mais há um segundo livro que conta o resto da história (mas será que ainda lhe podem acontecer mais desgraças?) mas não estava na estante e portanto vou ter que o procurar para poder ler (era perturbador mas não ao ponto de superar a minha curiosidade, e se a mulher escreveu o livro então a história não pode acabar assim tão mal). E havia mais coisas. Só que entretanto comecei a ler blogues (e a lembrar-me de outras histórias, como uma de trelas para crianças, outra de quadros, reproduções, e do pintor com um enorme sentido de humor), verifiquei que me esqueci das passwords do trabalho (e isto não é necessariamente mau), estou com remorsos por não ter ainda começado a encaixotar a minha vida (mas só amanhã é que me vou dedicar aos caixotes), e preocupo-me por estar a correr o risco de ficar sem telefone, internet e televisão por uns dias. apesar de ter acabado de passar duas semanas sem nenhuma destas coisas e nem lhe ter sentido a falta. A vida de todos os dias é estranha.

2 comentários:

  1. Caso para dizer: eu também! eu também!
    Já voltei de férias há duas semanas, passei o tempo todo (bem, isto aqui é o pai de todos os exageros) a alinhavar posts na minha cabeça, e agora não há maneira de começar a escrever.
    Talvez até porque tenho tanto para dizer.

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  2. Ai Helena, agarra aí os dedos ao teclado e deixa-os escrever, que eu quero ler tudinho, quanto mais nao seja para ter uma desculpa para nao escrever eu própria... ;)
    isto de voltar de férias é uma chatice, tantas ideias, e depois se uma pessoa não as agarra rapidamente, elas escapam-se e é uma pena. :)

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