13 dezembro 2008

Volta e meio deparo-me com coisas assim
"imagine life without death. everyday you would want to kill yourself"
mais aquela história da velha muito velha a quem já toda a família e amigos tinham morrido e que passava os dias a infernizar quem dela tratava, e continuava a vida miserável a que estava condenada a sobreviver a tudo e a todos
- e penso "tretas". Tretas de quem precisa de se resignar com a morte. Há para aí alguém que não tenha amigos mais novos? Que não chegue aos 30, 40, 50, 60, 70, e ainda encontre pessoas (até aí desconhecidas) no elevador a quem convidar para um café? A idade será mesmo determinante para definir os nossos amigos, as pessoas com quem convivemos, e quem nos estimula (intelectualmente e não só). Nem que eu viva 500 anos, e nem que vivesse para sempre, não me convencem que a imortalidade seria uma coisa má. Por mais que pareça que um dia hei-de esgotar o que tenho a dizer, a fazer, a ouvir, sei muito bem que isso não é verdade. Por mais comprida que fosse a vida, haveria sempre gente a criar coisas para as quais eu nunca teria tempo de experienciar. E só por isso posso dizer com certeza "tretas".

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