Há uns tempos, candidatei-me a um trabalho* que envolvia excelentes capacidades de organização. Enquanto avaliava os prós e os contras da candidatura, do trabalho, e dos requisitos, fui falar com alguém que já tinha estado na posição que eu almejava. Ah, e tal, é preciso uma grande capacidade de organização, saber onde como e quem vai estar num determinado sítio a falar de um determinado assunto, ou a escrever sobre ele, e tal. Enquanto o homem falava, eu ouvia, pensava na minha vida, e ainda lhe disse, se ele soubesse da missa a metade não enfatizaria tanto a tal capacidade de organização, para ele um palavrão, para mim, uma espécie de amigo. Ou amiga.
Por outros motivos que não vêm ao caso nesta história, decidi que aquilo não era para mim naquele momento, e segui a minha vida com outros projectos e outros desafios. Diverti-me a fazer outras coisas no trabalho, e deixei os grandes desafios organizatórios para a vida privada - digamos que os meus calendários anuais são um tratado. Agora, que tenho uma tarefa gigante entre mãos, lembro-me do homem e das suas advertências. Até gostava de lhe explicar o que é que para mim é relativamente complicado, tirar meças com ele, só para ver a cara dele.
(*perdoem a liberdade literária da expressão, a história toda dava um livro)
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