04 janeiro 2014

Maioridade

Vim à terra e não me apeteceu andar às compras. Não como dantes. Não preciso de roupa mesmo que seja confeccionada em Portugal,  não tenho vontade de experimentar sapatos mesmo que me desse jeito substituir um par preto que já não anda a cem por cento. Deve ser isto, ser finalmente adulta. Isto e sentir-me bem e não ter vontade de fugir quando vou na rua com a minha mãe e encontramos colegas dela, apreciar a terra pequena onde não há nem fazem falta autocarros para ir de uma ponta à outra. Quinze minutos a pé a andar bem não custam nada, mesmo que depois dos segundos ou terceiros quinze minutos haja músculos que se queixem por não estarem habituados a tanto andar. Nunca se sai de casa só uma vez, é tudo tão perto que cada vez que se pensa "preciso disto" vai-se logo tratar do assunto pondo, literalmente,  os pés ao caminho.
Ganhei um novo apreço pelo comércio tradicional, onde pergunto onde estão as coisas e logo as encontro sem ter que dar mil voltas (e o pvp tabelado e os descontos que os lojistas fazem quase sempre), onde se leva algo para casa a ver se serve e no dia seguinte se passa outra vez a pagar ou devolver. A confiança nas pessoas,  no comércio,  já nem me lembrava que é assim.

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