13 dezembro 2013
Devia haver um segundo Natal, lá para o fim de Janeiro
Passo a explicar. Não é o Natal em si, ou as prendas, ou o que se come, ou o pinheiro, presépios e afins. São as luzes. Aqui na terra da Tia Ângela eles são muito poupadinhos. Só há candeeiros de um lado da rua, e funcionam a meio gás. Uma pessoa sai a meio da noite, lá pelas dezassete horas - por extenso para não haver mal entendidos - e está escuro. Agradece-se o facto de a cidade ter mais polícia por metro quadrado do que potenciais meliantes, tenta-se adaptar a visão para o modo toupeira, e ala para casa que é tarde. Em Dezembro, por causa do Natal, a malta não se importa de pagar mais um bocado de electricidade para iluminar as ruas. Não a cidade - que é isso, decorações de Natal, façam vocês que isso parece ser caro - mas os comércios e as famílias. Por estes dias vê-se mais que um palmo à frente do nariz por causa das luzes extra. Ora tendo em conta que o solstício é lá para o dia 21, sempre podiam manter as luzes mais um mesito depois disso. Sempre alumiavam o caminho ao pessoal que tiver que andar lá fora na escuridão do Inverno.
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