A minha melhor amiga daqui vai-se mudar para longe. A minha amiga do coração, que partilha do meu sentido de humor, inteligente, leal, divertida, vai-se embora. Estou a dramatizar, a distância não é assim tanta, hora e meia de avião mais os tempos mortos (ir para o aeroporto, esperar pelo embarque, rezar para que não esteja overbooked, voar, esperar pela mala, viagem até ao destino final), mas vai-me custar tanto.
A minha amiga que me bate à porta quando precisa de ajuda, a minha amiga que me dá uma mão sem hesitar sempre que lhe peço, a minha amiga que conta histórias mirabolantes e tem ideias geniais, a minha amiga com um bom senso e sentido de justiça bem acima da média, a minha amiga-irmã que fica sempre do meu lado quando as coisas me correm menos bem.
Ela ainda não se foi e já estou cheia de saudades.
Que dor. Eu estou farta de perder amigas, porque ou mudo eu, ou mudam elas. Pior ainda, estou farta de ver o meu filho a perder amigos, porque ou muda ele, ou mudam eles. Cansada de mudanças e com secreta inveja de quem vive há 30 anos na mesma casa. E sabes o pior? Vamos ter que deixar Amsterdão. E só faz amanhã um ano que cá vim escolher casa. Desta vez, não foi escolha nossa, é uma mudança de planos da empresa. E nem sabemos para onde iremos a seguir. nem como explicar ao meu filho que vai novamente perder os amigos e começar tudo de novo. Que dor. A globalização é muito boa, mas parte-nos o coração.
ResponderEliminarQue chatice. É difícil quando finalmente encontramos um "quentinho", um sítio e pessoas que nos aconchegam, e depois começam todos a ir para todo o mundo. Pelo lado positivo, podemos visitar gente nos quatro cantos do mundo. :-) Boa sorte, Carla.
ResponderEliminarObrigada! Para já, estamos à espera de decisões definitivas. Depois, vamos ficando por aqui enquanto esperamos por uma alternativa.
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