Lia (leu, li), os livros da bibioteca todos. Bem, todos não. Lia (leu, li) todos os livros da secção infantil da biblioteca. Todos os que se podiam levar emprestados (levar para casa), aos cinco de cada vez, e no dia seguinte ia trocar por outros. Todos os que eram apenas para leitura na biblioteca, passara (passou, passei) manhãs infindas a ler um atrás do outro. Quando a biblioteca recebia livros novos era uma alegria, logo que estavam prontos a ser emprestados, para leitura no local ou fora, eram imediatamente devorados.
Lia (leu, li) aí uma metade dos livros da secção juvenil. Nunca leu (li) os livros classificados para gente crescida, ou por temas, embora continuasse a usar a biblioteca para estudar matemática com as amigas.
Depois da biblioteca, os livros passaram a ser companhia de férias. Livros grandes, pequenos, devorados a grande velocidade nas horas contadas do verão e do Natal. E às vezes livros de contos, antes de dormir, um conto por noite porque os livros de contos não se devem ler de uma ponta à outra como se não houvesse amanhã.
Quando vieram os miúdos, regressou (regressei) aos livros infantis. Desta vez a escolher o que se lê pelo conteúdo, pelo autor, pelas ilustrações. A preferir autores portugueses, personagens com nomes de miúdos que lhe (me) poderiam ter feito companhia na escola, realidades com que se (me) identifica (identifico). Livros que são como algodão doce, almofadas de penas, a cama quando se acorda de manhã e é fim de semana e faz sol.
Dos outros livros que lê (leio), pesados, com letras pequenas, que fazem ler para trás e para a frente, de tantas referências que têm, não se contam histórias.
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