11 março 2011

Precisava de um candeeiro..

... entre o IKEA e a loja de design, passando pela Tchibo (vendem café e tudo o que se pode comprar por catálogo, mas por tempo limitado) onde me fecharam a porta no nariz - literalmente - às 16:05 num sábado, fui parar ao OBI. Que é uma espécie de Mestre Maco ou Leroy Merlin. (O que eu gosto mais no OBI são os quadros. Tenho-me contido, no entanto, e só tenho um, que até é uma fotografia relativamente pequena de duas chávenas de café com espuma de leite, mas que me faz companhia ao pequeno-almoço. Quase que fala comigo, aquela foto.) Quando encontrei um candeeiro de que realmente gostei (base + abat-jour) a menina informou-me simpaticamente que não havia aquela base mas podia encomendar. Apanhou o choque da vida dela - pelo menos pareceu - quando lhe respondi que não valia a pena, não tencionava voltar àquela loja. Parecendo que não, fica muito fora de mão e a minha vontade de me meter em lojas gigantes é nula. Se a loja de decoração perto da minha casa estivesse aberta depois da quatro aos sábados, era lá que tinha ido, mesmo que a brincadeira me tivesse saído um bocadinho mais cara. Sempre gostava de saber como é que estas pseudo lojas que não percebem o conceito de "porta aberta" ou "vender" e têm preços relativamente altos sobrevivem.
Já moro aqui há uma data de tempo,e ainda assim às vezes aprendo de rajada uma data de coisas estranhas sobre Munique. Apesar dos 1,3 milhões de habitantes, as lojas mais giras e únicas fecham às quatro ao sábado (para mim faria mais sentido que abrissem a essa hora). É relativamente complicado encontrar um restaurante que não seja fast food a um domingo à noite, mesmo no centro. Na terça de Carnaval a grande maioria das lojas estão fechadas a partir do almoço. E uma das coisas que mais gosto é comprar um gelado na janela de um restaurante italiano e comê-lo na rua, ao sol. Mesmo que ainda seja Inverno.
Ao fim de uma data de anos, começo a apreciar que as lojas fechem aos domingos. Dois dias como os sábados seria muita confusão - e na verdade é possível sobreviver com um dia de sossego. Ser obrigada a fazer as compras nos outros dias tem as suas vantagens - é como que um incentivo para fazer outras coisas ao domingo. Passear. Ver uma exposição. Andar de bicicleta. Ir a uma das muitas piscinas. Fazer bolos com os miúdos. Levá-los ao parque (um deles!). Difícil é escolher.

2 comentários:

  1. Foi uma das coisas que mais me impressionou quando vim morar para a Alemanha: as pessoas sabiam o que fazer com o seu fim-de-semana! Tinham programas diferentes de "ir ao shopping"!

    Baviera, pois. Se fosse em Berlim, a dificuldade seria escolher a que restaurante ir no domingo à noite.
    Sinto um certo respeito por essas lojas fechadas: significa que as pessoas que as abrem estão a ter vida privada. Também são gente.

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  2. Eu não gosto muito de compras e muito menos de Munique ao sábado, é confusão a mais! É tudo uma questão de hábito e acho triste que ao domingo haja famílias a "passear" nos centros comerciais.

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