No sétimo e oitavo anos tive uma disciplina que se chamava mecanotecnia. Na realidade não estava muito interessada naquilo, o que eu queria mesmo era ter práticas administrativas para aprender a escrever à máquina usando os dedos todos, o que me teria poupado um curso esotérico para o mesmo efeito há uns dois anos atrás que me irritou de tão parvo que era, mas vinha em pacote com o que eu queria mesmo, que era electrotecnia, e por isso lá tive que gramar com a cadeira e esquecer as brincadeiras com a máquina de escrever.
A parte mais interessante daqueles dois anos, ou pelo menos a que para alguma coisa serviu, foram as primeiras aulas, quando o professor nos ensinou os nomes das ferramentas. Desde a chave de boca regulável, vulgo chave inglesa (a nossa até era espanhola), chaves de fendas e de porcas, a guilhotina, ferro de soldar e máscara de protecção, limas, serras, formão, dois armários cheios de coisas mais um sem fim de máquinas espalhadas pela oficina, e que não estávamos autorizados a usar sem supervisão.
O meu interesse pelas coisas mecânicas é limitado, eu gosto mais de fios eléctricos e computadores, mas confesso que dá um jeitão saber como usar uma chave philips, um alicate ou um martelo. Saber que antes de serrar qualquer coisa provavelmente é boa ideia fixar o objecto que se vai serrar. O único problemazinho é ter-me posto a andar do país onde isto tudo era (quase) canja, e vindo para uma terra onde não faço a mínima ideia do nome das ferramentas. O tempo que se perde na loja à procura da chave certa. Preciso de um dicionário ilustrado. Ou então passo a levar um desenho.
Sim, e os pássaros e as árvores e as flores, os que trazemos connosco, os que aprendemos cá, os que fomos aprender a outro país...é cá uma confusao!
ResponderEliminarvocês estão a precisar de uma tradutora!
ResponderEliminar(faço preço de amigo)
;-)