21 dezembro 2015

Mistério explicado

É moda. E a moda também chega à terrinha escondida no meio do nada

Os funcionários públicos

As maravilhas das terras pequenas. Saí de casa às 15h00, fui a pé à repartição, uns bons dez minutos a andar em passo rápido. O tempo suficiente para aquecer as pernas caminhando. Tirei a senha, o meu número tocou quase imediatamente, tratei do meu passaporte novo, negociei o prazo com a funcionária, ela sorriu e desejou-me bom Natal, saí enquanto chegava uma trupe de gente. Eram muitos, mas aposto que a maioria eram acompanhantes, talvez duas pessoas estivessem realmente interessadas nos serviços da repartição. Devem ter programado chegar pouco antes da hora do fecho. Saí. Às 15h30 já estava cá fora ao frio.

13 dezembro 2015

Já não andava de metro desde Berlin

Miúdas, teenagers inconscientes, de casaco de homem, uns 4 ou 5 tamanhos acima dos delas. Verdes, largos, compridos, com bolsos enormes, fazem-me lembrar casacos de ir à caça. Conversam sobre os jeans com rasgões, feitos por uma delas, collants pretos por baixo. Os rasgões são largos demais, como se faziam no início dos anos 90, antes de começarem a vendê-los com rasgões já feitos, que se desfaziam muito menos com o uso. Lembro-me de querer ter calças de ganga assim, com aquela idade, de não ter coragem para estragar um par com buracos, e da alegria que foi quando, acidentalmente, uma das minhas calças favoritas fez um buraquinho na perna, que rapidamente aumentou até ocupar meia perna, na horizontal.
Pergunto-me se terão comprado os cascos já assim, ou se os terão levado emprestados do pai ou avô. As miúdas são magritas, e estas coisas costumam ser, até certo ponto, genéticas, pelo que duvido que o pai ou avô tivessem casacos tão largos. O casaco do meu pai não me ficaria assim tão grande. Não há muito tempo as miúdas roubavam as camisolas aos namorados. Depois foi a vez das calças de ganga. Não há rapazes que usem casacos daqueles. Não há homens abaixo dos 50 anos a usar casacos daqueles. Nem sei se é moda ou rebeldia. De repente, fico com calor, tiro o meu próprio casaco.

10 dezembro 2015

Quando ficas à espera de uma prenda de Natal

Eu, adepta do marketing nas suas várias vertentes (produto, preço, promoção e publicidade), fico de mau humor quando, na minha opinião, o marketing corre mal.
Por exemplo, quando as ofertas para novos clientes são melhores que as condições oferecidas aos clientes fieis. O que acontece quase sempre. No mercado, a fidelidade não compensa.
A outra, é a promoção natalícia do tipo pague um leve dois. Se o segundo chega depois do Natal, lá para os idos de Março, a promoção perde o interesse. Carvão no sapatinho, era o que devia receber o autor de tão brilhante ideia.

Superman

Tenho um amigo que se acha um super-herói. E às vezes salva mesmo o mundo. Se todos fizermos o mesmo, um bocadinho de cada vez, isto vai lá,