Às vezes sai-me uma ou outra palavra em inglês no meio de conversas em português. Não é problema de tradução, de já não saber como se diz, de não me lembrar da palavra que queria dizer. Nada disso. Há palavras que me fogem pela boca sem que eu queira, escapam-se e pronto. Uns "if", uns "but" outras mais compridas e que me saem assim tão rapidamente como um "if" ou um "but". Não me consigo travar, fico chocadíssima comigo mesma ao mesmo tempo que me foge a palavra. Ainda consigo num microsegundo pensar se hei-de corrigir para o que realmente queria dizer, e no microsegundo seguinte decido fazer de conta que nem dei por nada, meia bola e força, continuo o discurso. É de falar depressa, com certeza. Pois se os até os anglicismos que se tornaram corriqueiros me continuam a arranhar os ouvidos. Não, não tenho dúvida nenhuma, é de pensar tão rapidamente em português como em inglês.
(Já o francês e o alemão só saem ponderados, por opção em utilizar uma determinada palavra que traduzida dificilmente tem o mesmo significado ou peso.)
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