28 fevereiro 2014
Para quem gosta de séries que não encaixam na fórmula de sempre
Veio parar cá a casa uma série de DVDs intitulada "Black Mirror". Esquisita qb, intrigante, estranha. Não é holywood, é mais sci-fi relativamente plausível, que nos deixa a pensar. Não se antecipa facilmente o que irá acontecer a seguir, e depois de ver as duas séries, quer-se mais. Muito bom. Vejam os bocadinhos que estão no youtube, vale a pena.
27 fevereiro 2014
Não encontrando o cão, caçando com gato
Segunda procurei desesperadamente um relógio de pulso analógico. Encontrei alguns guardados numa gaveta - ofertas ao longo dos anos, os mais recentes do ano passado. Nenhum deles tinha pilhas. Precisava de poder ver as horas num relógio de pulso. Analógico. Não tinha como. Estou habituada a não usar relógio. Desde que trabalho que ou vejo as horas no computador, ou no telefone, se estiver num local sem computador ou telefone provavelmente há um relógio de parede que eu possa consultar. E no fundo, a maior parte do tempo não preciso de saber que horas são.
Fui à gaveta dos monos, no meu cérebro, onde guardo informações relativamente inúteis mas que nunca se sabe quando poderei voltar a precisar delas. Encontrei o "algoritmo para saber as horas" desenvolvido quando andava na faculdade, precisava de saber as horas muitas vezes ao dia - para chegar aos sítios convenientemente atrasada ou simplesmente para saber quanto mais tinha que aguentar até a aula acabar - e o meu relógio avariou. Na altura só tinha um. Desenvolvi uma especial habilidade para espreitar o relógio de pulso do humano mais próximo, e um sexto sentido para identificar relógios de parede e outros relógios de maior ou menor dimensão em locais públicos, e ainda a aptidão para rapidamente me aperceber das horas através de reflexos em superfícies espelhadas.
Munida do algoritmo, relaxei. Podia não ter um relógio de pulso (analógico), mas havia de me desenrascar. E lá consegui, relógios de pulso dos vizinhos mais próximos devidamente identificados para utilização futura, todos os relógios de parede visíveis referenciados, e no fim até consegui acordar utilizando apenas o meu relógio interno, uns minutos antes do alarme tocar. Que o meu relógio interno funciona, mas nunca fiando.
Assim que deixei de precisar do relógio de pulso analógico, voltei a por o "algoritmo para saber as horas" na gaveta das coisas relativamente inúteis. Mal terminei essa tarefa, encontrei um. A funcionar. Com pilhas. Giro. A rir-se de mim, ao pé do telefone. Sacana.
Fui à gaveta dos monos, no meu cérebro, onde guardo informações relativamente inúteis mas que nunca se sabe quando poderei voltar a precisar delas. Encontrei o "algoritmo para saber as horas" desenvolvido quando andava na faculdade, precisava de saber as horas muitas vezes ao dia - para chegar aos sítios convenientemente atrasada ou simplesmente para saber quanto mais tinha que aguentar até a aula acabar - e o meu relógio avariou. Na altura só tinha um. Desenvolvi uma especial habilidade para espreitar o relógio de pulso do humano mais próximo, e um sexto sentido para identificar relógios de parede e outros relógios de maior ou menor dimensão em locais públicos, e ainda a aptidão para rapidamente me aperceber das horas através de reflexos em superfícies espelhadas.
Munida do algoritmo, relaxei. Podia não ter um relógio de pulso (analógico), mas havia de me desenrascar. E lá consegui, relógios de pulso dos vizinhos mais próximos devidamente identificados para utilização futura, todos os relógios de parede visíveis referenciados, e no fim até consegui acordar utilizando apenas o meu relógio interno, uns minutos antes do alarme tocar. Que o meu relógio interno funciona, mas nunca fiando.
Assim que deixei de precisar do relógio de pulso analógico, voltei a por o "algoritmo para saber as horas" na gaveta das coisas relativamente inúteis. Mal terminei essa tarefa, encontrei um. A funcionar. Com pilhas. Giro. A rir-se de mim, ao pé do telefone. Sacana.
Livre Livre!
Acabou a maratona. Uma daquelas em que se correm 42 quilómetros e depois ainda faltam duas centenas de metros? Não, uma daquelas em que se escrevem 42 quilómetro e no fim se falha por faltarem duas centenas de metros.
Tenho um calo no dedo. Mas estou contente. Já posso arrumar as resmas de papel.
Tenho um calo no dedo. Mas estou contente. Já posso arrumar as resmas de papel.
22 fevereiro 2014
19 fevereiro 2014
O rio mais famoso do Egipto
Enquanto crescia, nunca vi a minha mãe fazer dieta. Ou preocupar-se com o peso. Aos 18 anos as minhas amigas achavam-me uma sortuda porque não precisava de fazer dietas (pesava 52 kilos), e eu achava que elas eram extra-terrestres por sequer pensarem em dietas - eu sabia lá o que era isso.
Eu nunca me apercebi que a minha mãe se preocupasse com a linha. E se calhar é por isso que nem sequer penso em dietas, gosto do meu corpo e de mim. Se podia perder uns quilitos? Podia. Mas também os podia ganhar. E desde que possa continuar a jogar futebol, e não tenha problemas de saúde, o que como não será nunca uma obsessão. Vejo gente à minha volta a fazer dietas de todos os tipos e nem sequer parecem contentes. Perdem peso, mas não ganham felicidade. Eu era lá capaz de comer tanta verdura. Eu é que algum dia passava, um dia que fosse, sem hidratos de carbono. Eu podia lá ser feliz a passar fome.
Eu nunca me apercebi que a minha mãe se preocupasse com a linha. E se calhar é por isso que nem sequer penso em dietas, gosto do meu corpo e de mim. Se podia perder uns quilitos? Podia. Mas também os podia ganhar. E desde que possa continuar a jogar futebol, e não tenha problemas de saúde, o que como não será nunca uma obsessão. Vejo gente à minha volta a fazer dietas de todos os tipos e nem sequer parecem contentes. Perdem peso, mas não ganham felicidade. Eu era lá capaz de comer tanta verdura. Eu é que algum dia passava, um dia que fosse, sem hidratos de carbono. Eu podia lá ser feliz a passar fome.
18 fevereiro 2014
A coisa mais romântica de sempre
Não inclui corações, a não ser os que batem dentro do coração, não inclui chocolate, nem flores, nem luz das velas, nem cenas nenhumas à filme.
A coisa mais romântica de sempre, para a pessoa menos romântica do mundo, é perguntar, perguntar, perguntar sempre, até que um dia a pergunta é feita a sério. Sim, percebemos que dessa vez é que é, pelas borboletas no estômago e o arrepio na espinha. E pronto.
A coisa mais romântica de sempre, para a pessoa menos romântica do mundo, é perguntar, perguntar, perguntar sempre, até que um dia a pergunta é feita a sério. Sim, percebemos que dessa vez é que é, pelas borboletas no estômago e o arrepio na espinha. E pronto.
10 fevereiro 2014
O Inverno do meu contentamento
Para quem gosta de neve, tem sido terrível. Nem frio, nem neve, pouquíssimas ocorrências de temperaturas negativas. Até agora tivemos passeios com neve uma vez. Uma maravilha para quem não gosta de ter que os limpar. Um desgosto para a malta com máquinas XPTO que limpam a neve do passeio em menos de um ai. Pergunto-me como será para os limpa-neves profissionais, se recebem por contrato independentemente da quantidade de trabalho que vierem a ter, ou se, pelo contrário, são contratados ad-hoc conforme as necessidades. Suponho que haja dos dois.
Nas estâncias de ski há alguma neve, muito à conta das máquinas que produzem neve artificial (blhéc), é melhor que nada. Nos picos há sempre neve, nem que esteja congelada ao ponto de parecer gelo, o que não é para todos.
Mas na cidade, tem sido o melhor Inverno de sempre. Alguns dias cinzentos, sim, alguns, poucos, dias de chuva, muitos dias de sol. Temperaturas quase sempre nos graus positivos, quase Primavera para esta zona. Nada daquela porcaria castanha em que se transforma a neve depois do manto branco inicial. (Ainda) nem tirei as camisolas mais quentes do armário, tenho andado sempre de t-shirt e casaco. E os gorros também têm ficado esquecidos na gaveta.
A cereja em cima do bolo seria poder aproveitar este Inverno tão ameno passando o máximo tempo possível fora de quatro paredes. Não se pode ter tudo, parece-me, mas também não me queixo, mesmo do lado de dentro da janela gosto de ver o sol e saber que posso ir lá fora sem congelar o nariz. E, em podendo escolher, prefiro trabalhar com o sol a bater-me na cara.
Nas estâncias de ski há alguma neve, muito à conta das máquinas que produzem neve artificial (blhéc), é melhor que nada. Nos picos há sempre neve, nem que esteja congelada ao ponto de parecer gelo, o que não é para todos.
Mas na cidade, tem sido o melhor Inverno de sempre. Alguns dias cinzentos, sim, alguns, poucos, dias de chuva, muitos dias de sol. Temperaturas quase sempre nos graus positivos, quase Primavera para esta zona. Nada daquela porcaria castanha em que se transforma a neve depois do manto branco inicial. (Ainda) nem tirei as camisolas mais quentes do armário, tenho andado sempre de t-shirt e casaco. E os gorros também têm ficado esquecidos na gaveta.
A cereja em cima do bolo seria poder aproveitar este Inverno tão ameno passando o máximo tempo possível fora de quatro paredes. Não se pode ter tudo, parece-me, mas também não me queixo, mesmo do lado de dentro da janela gosto de ver o sol e saber que posso ir lá fora sem congelar o nariz. E, em podendo escolher, prefiro trabalhar com o sol a bater-me na cara.
01 fevereiro 2014
Era uma corrida, sff
Às vezes olho para os corredores do meu local de trabalho, penso nas cadeiras com rodinhas, e começo a planear mentalmente uma corrida de cadeiras de escritório. Qual o melhor percurso, versão contra-relógio ou várias pistas alinhadas, volta ao andar completo, ou ainda uma versão avançada incluindo utilização de elevadores para aumentar a distância total a percorrer. Pares - um sentado, outro a empurrar -, estafeta, individual (dar ao pé). E, claro, a que hora é se poderia fazer uma coisa destas. Depois a bolha faz pop, uma coisa destas só com autorização e não me parece que haja sentido de humor suficiente para deixar a malta descontrair desta maneira, tudo a voltar para as secretárias, cadeirinhas sossegaditas, podem girar mas não dêem muito uso às rodinhas para não gastar que o material é caro.
O meu vizinho entretanto anda a preparar uma partida relativamente inofensiva. Trocar o papel higiénico na casa de banho por um que não tem ponta e é impossível de rasgar (acho que é este aqui). Felizmente as casas de banho são antiquadas (homens para um lado, senhoras para outro), e como tal estou a salvo, mas agora que já pensei nisto melhor não sei se é uma partida engraçada ou de mau gosto. Alguém devia avisar a rapaziada para levar o jornal quando for usar a sanita.
O meu vizinho entretanto anda a preparar uma partida relativamente inofensiva. Trocar o papel higiénico na casa de banho por um que não tem ponta e é impossível de rasgar (acho que é este aqui). Felizmente as casas de banho são antiquadas (homens para um lado, senhoras para outro), e como tal estou a salvo, mas agora que já pensei nisto melhor não sei se é uma partida engraçada ou de mau gosto. Alguém devia avisar a rapaziada para levar o jornal quando for usar a sanita.
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