14 dezembro 2007

Publicidade para quê

Entrei em três lojas H&M à procura de uma peça que tenho visto em cartazes por todas as ruas onde passo. Dava uma prenda gira, e não era cara. Ora eu raramente vou à H&M. Quer dizer, antes de engravidar rarissimamente ia à H&M porque não gosto de 95% das coisas que vendem, mas ia à H&M kids pois para miúdos até têm coisas giras. E nos últimos meses fui lá algumas vezes porque é das poucas lojas que têm secção de grávida (tive uns jeans de lá fabulosos, que infelizmente já não me servem - e o número a seguir fica-me a nadar portanto não o comprei). E também têm coisas giras de bebé - mas isso deve ser porque a maior parte das coisas de bebé são giras, seja onde for.
Entrei em 3 lojas, e nada de encontrar a tal peça. Desisti logo. Deve haver umas 50 lojas da H&M só em Munique, mas não tenho pachorra para andar à procura. Era um bom negócio, e eu adoro um bom negócio, mas não vale este tipo de esforço principalmente agora que me canso rapidamente de andar de um lado para o outro. E depois lembrei-me que estes gajos também vendem na net. E fui ver o site. Lá estava a tal peça. E o único tamanho disponível era o XL. Infelizmente (?) o XL não serve a ninguém da minha lista de presentes. O XL, em número mais "normais" é um 48-50. Sendo que a tal peça era uma camisa de dormir curtíssima (e sem bonecos) desconfio que ninguém que vista 48-50 a use. E uma vez que era uma camisa de dormir, e como tal o perigo de encontrar alguém a usar a mesma roupa em público muito reduzido, porque é que não fizeram o dobro ou o triplo das camisas nos tamanhos da maioria das gajas? Por muita obesidade que possa haver por aí, parece-me que o facto de os números grandes ficarem sempre nas prateleiras muito depois de todos os pequenos terem esgotado devia ser uma indicação clara que estão a fazer números grandes a mais e números pequenos a menos. Ou não?

5 comentários:

  1. 500 eur?
    Que sorte teria um operador de uma fábrica de calcado se apanhasse 500 eur :(
    Os salários são uma miséria e continuam a tentar competir com os chineses nos custos, quando a única coisa em que o nosso país se pode destacar, é na qualidade do produto.
    Não podemos produzir tanto e a tão baixo custo como os chineses, mas podemos produzir melhor.
    Essa é a chave que o tecido empresarial português parace não ligar.

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  2. Pois Tiago, a questão é mesmo essa - eles já produzem melhor. Já têm a melhor qualidade e é por isso que não têm que fechar as fábricas (pelo menos enquanto ainda tiverem funcionários que produzam). Vendem os seus produtos como sendo os melhores do mundo. No entanto recusam-se, eles próprios a pagar por essa qualidade. Assim não pode funcionar...

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  3. Engraçado, pusemos o comentário no post errado... não faz mal :)

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  4. Pois passou-se o mesmo aqui em Helsínquia... eles inundaram TUDO com os posters da mocinha em parcas vestes, mas quando foi para comprar o conjunto... népia! :(

    E a minha melhor metade ficaria täo bem com aquilo... :P

    Eu também estava a achar a fartura muita, e täo barato, mas sempre pensei "estes alimöes pensaräo em tudo, logo näo deve haver problema".

    'tá mal! Ah pois está! FINALMENTE há alguém que lança uma publicade *eficaz* (que provoca o efeito de comprar) e depois näo há aprovisionamento! Isto cria insatisafaçäo de cliente, que cria mau zumbido, que faz decrescer as vendas! O perito em marketing falou, e irá blogar!

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  5. Pois é, Super Pinga... à próxima nem me dou ao trabalho de procurar.

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