Que é como quem diz, é para não dizerem que neste blog não se encontra nada que seja útil.
Imaginem que são como o Esquecido (que pode ser uma Esquecida, neste blog não se discrimina). O Esquecido nunca sabe onde deixou as coisas. De cada vez que está para sair de casa perde minutos infindos à procura das chaves. Ou da carteira. Ou do telemóvel. Num dia de sol, contem com uns minutos extra à procura dos óculos de sol. Normalmente consegue encontrar os sapatos, embora por vezes tenha dificuldade em encontar o casaco.
O Esquecido precisa de ajuda. Claro que mais ninguém sabe onde é que ele enfiou as coisas. Alguns de nós metem as chaves na carteira sistematicamente, ou guardam-nas numa taça, ou penduram-nas num prego, por exemplo. O Esquecido não tem método. Se não encontrar o telemóvel pode sempre mandar um toque de outro telefone, mas como fazer para encontrar as chaves. E quanto mais atrasado estiver, mais complicado é encontrar as coisas.
Se vivem com um esquecido, há esperança. Não estou a falar de hipnotismo, de cursos especiais, de nada que obrigue o Esquecido a alguma actividade fora do seu padrão habitual. Sabemos bem que o Esquecido nunca se irá habituar a pousar as chaves num recipiente apropriado quando chegar a casa, por muito que lhe chaguemos a paciência. Hoje em dia há soluções. Na verdade, esta solução existe há cerca de um ano, embora só recentemente tenha saído do estádio de crowdfunding.
Apresento-vos o tile. Na verdade o tile não é a única solução deste tipo, há pelo menos mais duas empresas que fazem algo parecido. Este quadradinho é o que experimentei. Coloca-se no porta-chaves, dentro da carteira ou junta-se ao que quer que seja que queremos encontrar - antes de perder o objecto - instala-se a app no telemóvel (de preferência não no telemóvel do Esquecido), et voilá. Quando não conseguir encontrar a carteira, tem duas opções. Uma é perguntar à app onde é que ela está. A outra é mandar o tile, que está dentro da carteira apitar - esta é a opção mais útil dentro de casa. A vossa vida nunca mais vai ser a mesma.
17 janeiro 2016
08 janeiro 2016
Não há resoluções. Nem listas.
Há momentos em que se vão alterando coisas. Em que se começam novos hábitos, novas tradições. Em que se decide, agora vou passar a fazer assim. E por vezes volta-se atrás, muda-se um hábito, troca-se por outro. E talvez, anos depois, se volte a trocar.
Mando um email de Natal. Não há postais para ninguém. Um email, a alguém que tenha mudado a minha vida para melhor ao longo do ano. Não importa se terá resposta ou não. Não vale a pena mandar postais. Este email é a coisa mais lamechas (mas muito curta, que não gosto de lamechices) que faço no ano inteiro.
Não decido passar a fazer desporto. Já faço. Às vezes farto-me por uns tempos, mas voto sempre. Posso é trocar um por outro. E voltar a trocar. Deixar o ginásio e passar a ir ao fitness, e vice-versa.
Não decido fazer dietas. As minhas dietas são forçadas, porque não gosto de muita coisa e recuso-me a comer - e tenho um fraquinho por doces e não tenciono abandoná-los. Recuso-me a comer beringela, courgete, e aipo, que infelizmente aparecem no meu prato frequentemente.
Não me lembro se li algum livro que pudesse recomendar. O último que acabei de ler foi uma enorme desilusão. Não me obrigou a consultar o dicionário uma única vez. Paupérrimo.
Converti-me ao instagram e descobri que a minha cor favorita afinal não é o vermelho, mas deve ser o azul e o amarelo.
O aquecimento central avariou. Esta terra, sem aquecimento, é um gelo que não se pode. Vou voltar para debaixo das mantas.
Mando um email de Natal. Não há postais para ninguém. Um email, a alguém que tenha mudado a minha vida para melhor ao longo do ano. Não importa se terá resposta ou não. Não vale a pena mandar postais. Este email é a coisa mais lamechas (mas muito curta, que não gosto de lamechices) que faço no ano inteiro.
Não decido passar a fazer desporto. Já faço. Às vezes farto-me por uns tempos, mas voto sempre. Posso é trocar um por outro. E voltar a trocar. Deixar o ginásio e passar a ir ao fitness, e vice-versa.
Não decido fazer dietas. As minhas dietas são forçadas, porque não gosto de muita coisa e recuso-me a comer - e tenho um fraquinho por doces e não tenciono abandoná-los. Recuso-me a comer beringela, courgete, e aipo, que infelizmente aparecem no meu prato frequentemente.
Não me lembro se li algum livro que pudesse recomendar. O último que acabei de ler foi uma enorme desilusão. Não me obrigou a consultar o dicionário uma única vez. Paupérrimo.
Converti-me ao instagram e descobri que a minha cor favorita afinal não é o vermelho, mas deve ser o azul e o amarelo.
O aquecimento central avariou. Esta terra, sem aquecimento, é um gelo que não se pode. Vou voltar para debaixo das mantas.
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