27 novembro 2012

Perigoso é andar na rua

Umas aleijam-se a jogar futebol. (O joelho está quase normal, já consigo correr devagar e tudo, obrigada.) Outras é a sair do autocarro. Mal por mal, eu ao menos estava-me a divertir. :o)

26 novembro 2012

Trigonometria 3D

Já não pegava na minha calculadora cientifica, a seria, há uns 10 anos. Não consegui descobrir como por aquilo a calcular ângulos em graus. Felizmente ainda sei como se transformam radianos em graus.
Não sei se alguma vez soube o que e' um tetraedro, mas agora sei.  Ah, as maravilhas de calcular ângulos de sólidos...

23 novembro 2012

O desportomais perigoso

Há uns dias fui jogar futebol com as miúdas, como fazemos quase todas as semanas. O entusiasmo do costume, golos, corridas mais rápidas e outras mais lentas, agora troca que eu vou 'a baliza um bocado, a diversão de sempre.
Isto das miúdas e' uma figura de estilo, sou eu a esquecer-me que somos grandes e temos empregos sérios, e algumas de nos também têm filhos e tudo. Umas velhas, portanto, a jogar futebol como se tivessem 6 anos. 10 anos, vá.
Andava eu toda contente por ali e deixei o entusiasmo levar a melhor. Veio uma bola mais alta e eu achei que tinha que saltar para lhe dar uma cabeçada antes que a adversária mais perto la' chegasse, que ela ate' era mais alta que eu e tudo. Ao tentar saltar o mais alto possivel, algo no meu joelho estalou. Não bati em nada nem em ninguém, mas ao saltar algo, provavelmente um ligamento, achou que aquilo era esforço a mais e fez um barulho esquisito. Ao cair, coloquei todo o meu peso na outra perna, a ver se não piorava a coisa. Não doía, mas não consegui apoiar-me naquela perna durante meia hora. Entretanto o joelho inchou um bocadinho, e' como se tivesse algum liquido ao lado da rotula e também um pouco na parte de trás do joelho. Já não ando a coxear, mas ainda não consigo correr, que o joelho ainda não aguenta certo tipo de movimentos. 30 anos a jogar futebol e nunca tinha tido um acidente que fosse. Tirando aquela entorse há uns 12 anos.
E o pior e' que nem cheguei à bola.

19 novembro 2012

Dorie às Sextas

(sim, eu sei, mais uma pausa)

Isto aqui é só para não me esquecer, porque de futuro posso vir a precisar. Ora onde é que eu vi as pastilhas de chocolate amargo (e também havia de outros tipos)? Foi na Hussel. Quando me der para fazer a receita desta semana, porque eu gosto muito de doces, fazê-los e comê-los, já sei onde é que posso ir buscar este ingrediente. Merengue de chocolate e farinha de amêndoa, já estou a suspirar... :-)

[o meu eu futuro agradece]

10 anos...

Calhou ver uns excertos da sic notícias. No écran, o Pacheco Pereira. Depois, o Marcelo. Envelheceram 10 anos desde a última vez que os vi. É natural, provavelmente já não os via há 10 anos. Por outro lado, é surpreendente, como é que isto aconteceu tão depressa. Puxa, o pior ainda é que eu própria envelheci 10 anos nos últimos 10 anos. Ainda agora era uma miúda. A maior parte do tempo esqueço-me que já não sou.

O tempo é o que fazemos dele

Quanto mais coisas tenho para fazer, maior é a quantidade de pausas que faço. Quanto mais interrupções voluntárias e meio do que ando a fazer, mais coisas saem feitas ao fim do dia. Por esta ordem de ideias, devia fazer pausas de 5 em 5 minutos... O céu é o limite.

12 novembro 2012

O velho e o burro

Isto de ir ao facebook tem consequências. No caso, tanta gente a falar do vídeo do professor Marcelo, que lá tive que ir ver do que se estava a falar. Não vou dizer nada em relação ao vídeo, que acho que fala por si. No entanto, as imagens recordaram-me de outra coisa. Há uns 8 ou 9 anos atrás, apareceu-me nas mãos um livro alemão que pretendia ensinar a língua de Camões neste país. Se bem me recordo era da Langenscheidt, uma das maiores editoras de cá. Na capa tinha uma imagem de um burro e um velho, com certeza tirada em Portugal quando ainda havia burros. Lembro-me de conversas por causa dessa imagem, pois muitos alemães associavam a Portugal um atraso que não tínhamos, porque pura e simplesmente não conheciam o país. Alguns pensavam que nem estradas decentes tínhamos (e nessa altura já o país tinha sido atravessado em todos os sentidos por autoestradas e IPs pagos em grande parte pela CEE).
Sinceramente, não me parece que factos (como os feriados, na Baviera 13) e imagens (como um dos meus sítios favoritos no meio dos "meus" montes em Portugal, pespegado em outdoors na cidade de Munique) façam alguma diferença. Não é por aí. Mas é triste que não haja uma cabeça capaz de desenvolver um argumento sólido, que não haja um governo capaz de por em primeiro lugar, sempre, o interesse da Nação. O que é que esta malta aprendeu, e onde, pergunto-me, que não tem capacidade para fazer melhor.

11 novembro 2012

To chocolate cake or not to chocolate cake...

Tenho andado a adiar escrever porque queria meter aqui uma foto, mas entretanto a foto não vem cá parar sozinha e eu tenho muita preguiça para ir buscar a maquina, tirar o cartão de memoria, copiar para o computador, dar um jeitinho na imagem, e postar, finalmente, a dita. E como já lá vai uma semana, concluo que isto e' uma das tarefas que vai ficar para dia de S. Nunca ao fim da tarde, que esse dia e' que vai ser o mais produtivo da vida inteira.
Entretanto a minha atencao virou-se para este bolo de chocolate (Chocolate blackout cake), e por muito que gostasse de poder adiar o teste, vai ter que ser hoje. Já so' penso em bolo de chocolate com creme de chocolate e po' de bolachas de chocolate por cima, e isso nao e' saudável (eheheh). A vantagem de hoje ser domingo e' que há tempo para o fazer (ontem certifiquei-me de que havia todos os ingredientes, que hoje não posso ir a correr ate' 'a loja, quer dizer, poder posso mas só se quiser bater com o nariz na porta), e, por outro lado, como amanha e' segunda posso sempre levar as sobras para os colegas de trabalho, que nao se cansam de se voluntariar para estas minhas experiencias. Posso sempre fingir que estou a celebrar 10 anos de Alemanha, 10 anos deste emprego, 10 anos a aturar alguns malucos e 10 anos em que fiz alguns bons amigos. A verdade e' que hoje só consigo pensar em fazer este bolo de chocolate, e as reflexoes dos tais 10 anos, que e' tanto, mas tanto tempo, ficarao para outro dia. Hoje e' um dia de outono chuvoso, cheio de nuvens, perfeito para bolo de chocolate e lareira. First things first.

02 novembro 2012

Postal de Edimburgo

Os escoceses têm sobremesas geniais. Ainda não entrei num restaurante que não  tivesse pelo menos uma sobremesa de chocolate com chocolate e mais chocolate. Tipicamente bolo de chocolate com creme de chocolate e molho de chocolate,  por vezes acompanhado de gelado de baunilha ou outras coisas. E um morango para enfeitar.
A cidade  e' muito bonita. E' como de fosse feita de castelos e mais castelos, encostados uns aos outros. Há casas e mais casas com torreões e muitos outros detalhes arquitectónicos. Eu que nem ligo a estas coisas, acho delicioso.
Os edifícios, pelo menos no centro, têm todos ar de terem vários séculos. Por dentro podem ter sido modernizados ate' quase parecerem edifícios de outra cidade europeia qualquer, mas depois chega-se a um recanto e lá estão as escadas de madeira antigas, vitrais como já não se fazem, painéis de madeira nas paredes com reentrâncias tipo janelas, entalhes e outros elementos. E isto pode ser dentro de uma loja, um café ou um restaurante. A cidade foi construida em vários níveis/andares, e isso aparece em aspectos como pontes no meio de uma rua que de um lado têm um jardim dois níveis abaixo, e do outro a rua continua normalmente, mas uns metros à frente, do outro lado da rua onde deveria haver mais casas há um buraco onde se vê uma descida de outra rua diversos níveis abaixo. Estive num restaurante que funciona em quatro pisos, em que tanto o piso mais alto como o piso mais baixo têm acesso ao nível da rua... duas ruas diferentes, claro. Como a casa de banho era num andar intermédio, havia pessoas meias perdidas que já não sabiam para que andar voltar.



Na zona residencial, as casas são impressionantes. Um pé direito que nunca mais acaba, janelas imponentes, fachada de pedra. Lindas. Alinhadas nas ruas largas, a pedra clara ao sol ou 'a chuva, muito arrumadinhas, bonitas, limpinhas. Idílico.
Há autocarros de dois andares. Para os turistas servem um duplo propósito, enquanto nos levam de um lado para o outro aproveitamos para ver a cidade de um ponto mais elevado.
No centro há imensas lojas de kilts para turistas, com gaitas de foles eletrónicas a tocar 'a porta. Além de kilts baratos  vendem todo o tipo de souvenirs. O mais interessante e' que se conseguem encontrar coisas diferentes das lojas de recuerdos do resto do mundo (já alguem reparou que aqueles moinhos de porcelana que vendem na Madeira sao os mesmos que vendem na Holanda?).
Há whisky rooms (bares de whisky), restaurantes de todo o tipo de cozinha, pela rua vêem-se homens de kilt que andam na vida deles, para alem dos que o usam por necessidade profissional.
Ainda não me sentei no Elephant House, local famoso por ter sido onde pelo menos parte do Harry foi escrito, embora tenha passado 'a porta diversas vezes. Mas esta' sempre apinhado, e eu não tenho paciência para esperar. O italiano do outro lado da rua serve um café decente, e é ligeiramente mais fácil encontrar lugar para sentar.
A biblioteca publica (da cidade) e' um must. Madeira castanha escura, secretarias antigas e respectivas cadeiras, wi-fi, estantes de madeira escura cheias de livros de tudo e mais alguma coisa. Computadores, algumas cadeiras confortaveis, tectos muito altos. Do outro lado da rua, encontra-se a biblioteca nacional. Menos interessante se o que procuras e' wi-fi. ;)
Muitos museus. Um deles anuncia que a entrada e' grátis, bem como as visitas guiadas. O paraíso para turistas com pouco dinheiro.
Um grande cinema com ar de centro comercial colocou um anuncio gigante nos vidros exteriores. Não me recordo o que e' que estão a promover, embora tenha estado em frente diversas vezes, mas tem 4 rapazes da equipa de rugby escocesa em tronco nu em tamanho gigante. Seja o que for que estejam a publicitar, e' um belo anúncio. Podiam usa'-lo para promover o país pelo mundo inteiro.
O transito e' engraçado. As pessoas atravessam a rua quando o sinal para os peões esta' vermelho, e' as vezes parece que ficam perigosamente perto de serem atropeladas.
Os supermercados são muito grandes, e o modelo de vendas funciona muito 'a base do leve dois pague um, e coisas semelhantes. Ontem comprei duas coisas para oferecer, e tive que trazer uma terceira, pois o terceiro produto seria grátis. Não se preocupem, não se estraga nada :).



Amanha e' dia de danças escocesas. Vou a uma Kaylee (Ceilid).Vou tentar não me distrair muito com os kilts a esvoaçar enquanto aquela malta dança (hihihi).