24 abril 2008

Coisas que se aprendem porque se tem um miúdo em idade escolar

Língua portuguesa. Antes da reforma (pelo menos para já). Covarde, com que eu ia implicar, é a mesma coisa que cobarde, segundo o dicionário. Pergunto-me se o dicionário é daqueles que trocam os bês pelos vês.

23 abril 2008

Coisas que tenho feito

Coisas.
Brincar às bonecas com a minha bonequinha. Dar-lhe de comer. Vesti-la e mudar-lhe a fralda. Com a minha sorte, só me calham os xixis, aquela bodega malcheirosa tem calhado ao pai eheheh. Dar-lhe banho. Comprar-lhe mais roupa, não porque ela precise, mas porque eu gosto de a ver com roupa diferente, e as coisas de bebé são tão giras. Mudá-la várias vezes ao dia. Adormecê-la ao colo, dar-lhe miminhos e maus hábitos. E bons hábitos, como dormir à fartazana, e aprender que é mais importante dormir do que estar sempre a comer (mas comer também é importante). Eu já disse que ela dorme muito bem? Tipo, a noite toda, acorda de manhã cedo (lá para as 7) e depois volta a dormir sem chatear ninguém.
Ter grandes conversas com a minha boneca, que já responde, e se ri para mim - e para o pai, e mais alguns privilegiados.
Levar a bonequinha a passear quando está bom tempo, e visitar alguns vizinhos (os mais simpáticos) que não se importam de ter visitantes inesperados.
E trabalho de escrava - lavar, passar, lavar... e outra vezes, trabalho de preguiçosa - dormir, descansar, dormir, ir à net, descansar...
Além disto, muita tv, muito mahjong, e um livro que guardo na casa de banho, mas que descobri que comprei repetido ou então sonhei com esta história ao pormenor. Raisparta a amazon, se não mo tivessem recomendado (eles deviam saber que já tenho o raio do livro, carago, foi a eles que o comprei) não o tinha comprado... é o que dá comprar livros sem os desfolhar primeiro. E acreditar num computador.
E ir às compras, sozinha, de vez em quando, só para estar sozinha e me lembrar que existo, e que há vida para além dos cinco quilos de gente fofinha e amorosa que num instante se pode transformar num monstrinho capaz de aterrorizar qualquer um (qualquer um que não saiba como calar a monstrinha, eheh).

18 abril 2008

Futebol

Sim, futebol. O eterno tema de todo e qualquer blogue. Para uns, a questão é de clube, Para outros, a selecção é que está a dar. Outros (outro) é mais uma viagem ao passado (quando os calções eram bem mais curtos). Hoje deu-me para roubar isto ao sniper:



Assim até dá gosto. Poderia perguntar porque é que eles não jogam assim, sem t-shirt (os com t-shirt contra os sem t-shirt, e ao intervalo mudavam de campo e os despidos vestiam-se e vice-versa). Mas como uma vez chutei a bola contra um guarda-redes descamisado e ele ficou vermelho (com as riscas da bola bem marcadas na barriga) por uns largos minutos, percebo que isso fosse um jogo demasiado violento. Mas era mais giro, isso era.

Coisas boas

Andar de baloiço. Dos zero anos até ao infinito (porquê impor limites?).

(Hoje andei sozinha e acompanhada. A miúda só tem dois meses mas adora andar de baloiço. Muito mais devagar do que quando ando sozinha, claro.)

Disléxica y5shtl

Sou só eu que tenho dificuldades em acertar nos caracteres daquelas caixinhas que verificam que não somos robots? às vezes é o caraças para acertar com o que lá está escrito...

13 abril 2008

Correntes...

...em resposta à Rita, e porque não tenho tido tempo para responder a nada (também estou em falta com a Cromossoma X, pelo menos). Mas esta é fácil (dodging the other ones*, eheh), é a pergunta em que toda a gente pensa várias vezes na vida e, como tal, de resposta pronta.

Se ganhasse a lotaria, pagava as minhas dívidas (e não ganhando pago na mesma), aquelas que quase toda a gente tem, a não ser que tenha pais mesmo muito ricos. De resto, não mudava nada. A minha vida é assim tão boa. Distribuía pela família. Deve ser por isso que não ganho. Além de que não jogo por princípio - precisamente porque não sei o que faria se ganhasse o prémio, e, conhecendo-me, isso era bem capaz de acontecer.


*isto faz-me lembrar uma que vi hoje: o Louçã a dizer oportunamente "I rest my case", e o seu interlocutor, outro político, a dizer "no, you do not rest your case". Teve graça, pelo ridículo da resposta. E confirmou que cada vez mais todos nos rendemos às boas expressões na única língua que funciona, a original.

08 abril 2008

Tempo...

Entre acalmar a pequena e certificar-me de que o grande não sofre de ciúmes disfarçados de outra coisa qualquer, às vezes é difícil fazer coisas tão simples, básicas, e urgentes, como ir à casa de banho. Uma gaja aguenta-se sem comer durante umas horas, pode não tomar banho durante uma semana, pode andar semanas a dormir mal, mas às vezes não se pode aguentar nem mais um segundo sem correr para a casa de banho.

Tempo...

que é isso?

03 abril 2008

Sabemos que estamos desactualizados quando...

-mãe, viste uma coisa igual a esta, que estava no meu porta-lápis?

- quê, uma coisa verde igual a essa, que parecia pastilha elástica, do tamanho de pastilha elástica, que ontem estava esmagada no teu porta-lápis?

- sim...

- deitei-a fora, pensava que era pastilha elástica e até pensei que era nojento andares a colar pastilha elástica no porta-lápis...

- mãe, isso era patex (?), é para colar coisas....

- deixa lá filho, se te faz falta, arranja-se isso amanhã... (e não é que aquela gosma verde não era pastilha elástica?! nem me lembrei de perguntar onde é que arranjou aquilo...)

01 abril 2008

Sete semanas

Depois de sete semanas de ausência, passei no trabalho para tratar de papeladas urgentes. Passado tanto tempo, é natural que me esquecesse de alguma coisa. Da chave. Do cartão de identificação. De vestir umas calças que não parecessem ser as de pintar a casa (é só fashion;), note-se que a palavra chave nesta frase é parecessem). Do caminho...
O segurança (novo) deixou-me entrar sem fazer perguntas. É o que dá ser uma gaja boa.*

* isto fez-me lembrar um episódio do Seinfeld, em que uma gaja boa tem um acidente e se safa descaradamente, e mais tarde, naquelas conversas à Seinfeld, ele ou o George diz, sobre as gajas boas, they could get away with murder... não digo tanto, mas...